Luso-Poemas
 
Sonetos : 

Hoje, filho de ontem, pai de amanhã

 
Hoje, filho de ontem, pai de amanhã,
A noite é a mãe cadáver do dia,
Filho morto logo pela manhã,
Velado na hora que entardecia.

Hoje, filho de ontem, pai de amanhã,
Todos juntos numa necrologia,
Na madrugada atraída como um íman,
Ao abismo mais fundo da apatia.

Hoje, pai de ontem, filho de amanhã,
Numa inversão louca da rebeldia,
Britar o mundo como uma avelã…

Cantando desço a rua que subia,
Hoje, pai de ontem, filho de amanhã,
Num momento de imprecisa alegria.

11 de Abril de 2000

Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
Autor
Textos deste autorMais textos
Rss do autorRss do autor
EstatísticasEstatísticas
 
Texto
Data
Leituras
232
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
Enviar este texto a um amigoEnviar
Imprimir este textoImprimir
Salvar este texto como PDFCriar um pdf
5 pontos
3
1
0
Recentes
Nos portões do inferno uma placa reza
Era uma vez por tua voz cantada
Disse-me um mensageiro que adoeceste
Quando te impuserem quaisquer limites
Talvez sejam forças misteriosas
Aleatórios
Quem nas noites do assombro me tomou
Penso e todo o pensamento me escapa
Palavras perdidas, ditas, malditas
Agora que tudo parece vão
Dão-te voz os quatro nas escrituras
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
iLA
Publicado: 27/05/2025 19:21  Atualizado: 27/05/2025 19:21
Colaborador
Usuário desde: 25/11/2024
Localidade: Terra
Mensagens: 1110
 Re: Hoje, filho de ontem, pai de amanhã
.
.
.
.

.

Bastante lúgubre.

Links patrocinados

Páginas em

Páginas sobre