Quando Abril se fina em pranto, sorrio,
Querida paz que sempre me esperaste,
Brandi-te o machado e tu me chamaste,
Ao teu corpo alvo e sereno de Estio.
Aceitei pródigo o teu desafio,
Tu, tal como eu, não te desesperaste,
Não me traíste, nunca me abandonaste,
Constância chama no meu corpo frio.
És a liberdade que amordacei,
O destino de que me arrependi,
Da loucura de trinta anos sem ti.
Com a tua bandeira ao vento aqui
Testemunho do que sinto ou não sei,
De espírito armado sempre estarei.
30 de Abril de 2009