Sonetos : 

Não temo tanto a morte quanto a vida

 
Não temo tanto a morte quanto a vida,
Quando a força tão forte me fraqueja,
Nos braços tão lassos de ti perdida,
Dadores do nada que me sobeja.

No momento em que o poeta mais deseja
A solidão única do suicida,
Procurada na nave duma igreja,
E em lugares de chegada e partida.

Nas casinhas preparam-se os manjares,
Recolhem-se os santos nos seus altares,
Aqueles porque riem, estes porque oram…

E sempre haverá os outros que choram,
Mais uns quantos que ignoram nos seus lares,
Que o poeta é suicida sem tu notares.

26 de Junho de 2009

 
Autor
ViriatoSamora
 
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