Luso-Poemas
Sonetos : 

A saudade que eu canto é desencanto

 
A saudade que eu canto é desencanto,
Vive comigo entalada no peito
Escancarado à alegria do pranto,
Mais do que feitio, sendo defeito.

Não passa a vida além dum entretanto,
Deserta margem dum rio sem leito,
Um querer que se quer sem saber quanto
Vale mais; se a causa, se o seu efeito…

Mas como pode a vida assim causar
Tamanha perda feita sentimento,
Incurável por qualquer sacramento?

Sabem os sábios que num momento
Pode-se viver mais que num milhar,
Basta o amor se erguer e nos cegar.

15 de Agosto de 2009

 
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ViriatoSamora
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Todas as noites lá vem ter comigo
A saudade que eu canto é desencanto
Dispersos pelos ventos invisíveis
A praia é dos amantes corrompidos
Um metro e noventa e três sem cartola
Aleatórios
Ao silêncio abrupto, indecifrável
Nesta mão que ora escreve o mundo pára
Ao crepúsculo da aurora nasci
Fui visitar-te no prado florido
Sim, li, nunca mo disseste por medo
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Enviado por Tópico
rosafogo
Publicado: 07/07/2025 16:48  Atualizado: 07/07/2025 16:48
Usuário desde: 28/07/2009
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Mensagens: 11138
 Re: A saudade que eu canto é desencanto
«Saudade entalada no peito»

Muito belo este soneto, os sentimentos vividos serão sempre recordados com saudade, que será infinita.

Boa semana para o Poeta.

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