Sonetos : 

A cabra mais reles das insolentes

 
A cabra mais reles das insolentes,
Esgarça-se nas camas dos alheios,
E imagina nos tectos deprimentes,
Quão valem em ouro vis gorjeios.

Desregra-se às escancaras da gente,
Pendem tetas dos mais suados seios,
Crente num prazer que ali já não sente,
O pão trocado por tostões e arreios.

Tanto oferece as carnes a retalho,
Assassina da sua dignidade,
Em cada fornicação estouvada…

Que só mesmo votando ao abandalho,
A ela, parida já sem virgindade,
E a esta triste e exímia cegada.

08 de Abril de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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