Tu, se buscas o bom, o justo, o belo,
Em jeito de triste figura andante,
E travas em cada passo um duelo,
Com quem de ti preza ser ignorante…
Franqueio-te as portas do meu castelo,
Mais ao periclitante rocinante;
Tomas-me por louco? Deixa-me sê-lo,
O meu prazer está no teu instante.
Desde sempre te tenho procurado,
Na rima fácil de desencontrado,
A coisa simples é a mais verdadeira…
Onde estás tu, minha metade andeira?
De ti nenhuma pomba é mensageira,
Mas em ti recomeço e em ti me acabo.
22 de Setembro de 2009