Jaime, capitão do Abril inventado,
A cada colo que me dás, no gesto
que não vês do meu rito manifesto,
Existo e sou contigo lado a lado.
Dei-te o sangue na vida que te empresto,
Neste mundo ainda por ti inexplorado,
Que anseia e gira ao teu medrar ousado,
Vai! Desprende-te do meu simples resto!
Guarda em homem esse halo de petiz,
O riso, o choro de quem mais te amou,
Mesmo que eu possa não mais ter arranjo…
Se por teu pai te perguntarem, diz:
Foi quem metade da alma aqui gravou,
Num instante em que te viu como um anjo.
19 de Maio de 2010