Sonetos : 

Ignoro com que palavras tu rimas

 
Ignoro com que palavras tu rimas,
Eis-me cansado de vós, verbo e nome,
Benditos, malditos em vãs surdinas,
Afagos de brisa que ataca e some.

Amigos não somos, bem imaginas,
Tu és gelo e fogo que me consome;
Se me deste alegrias pequeninas,
Também me deste o pranto, a dor, a fome.

Se soubesse a tua doçura métrica,
E ela valesse a minha forma ascética,
Adeus meus versos, adormeceria…

Para qualquer vã coisa, talvez poética,
Suando da cruz imponente e fria,
Te achar na escuridão dum simples dia.

16 de Março de 2013


Viriato Samora

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
18
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
2 pontos
0
1
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.