Dançavam-se nuas as valquírias
Em chãos de aromas inebriantes
Com divino êxtase quase mortal
O rubro olhar do Sol nas lezírias
Deleitado com infinitas amantes
Adormece ali numa Lua desigual
O dia acorda nos braços da noite
Assim como estou em teu regaço
Olhos nos olhos de um dia depois
Onde breve a sua alma se acoite
E juntos se trocavam num abraço
Morreu ali um pouco de nós dois
Suspirava-me assim um caminho
De mão em mão caído das folhas
A segredar um último dia do ano
Se o amor da flor viesse sozinho
E esperasse o teu que desfolhas
Dava-lhe a este olhar mar ufano
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma