Poemas : 

7º Solílóquio (Árvore)

 
Sempre que batem entre si
As folhas da árvore cantam
Em brincadeiras de miúdos
Lembram um olhar que sorri,
Daqueles que se alegram
Entre dois beijos mudos

O sol, que desponta pela manhã
E ilumina lentamente este dia,
Grita e abraça o mundo inteiro
Entrelaça no chão doutro amanhã
O chilrear dos pássaros que ouvia
Nas velhas carumas do pinheiro

A tua mão, que desabrocha nua
Na terra ainda húmida e folhada
Chora por não ter outra igual
Aperta pedaços do resto da lua
Gentil e sem força, quase nada
Como um doce toque sensual

Treme o corpo num dia infeliz
Com medo de ninguém, alguém,
Nem sabe, num estranho receio
Que o invade e nada lhe diz
Lentos passos, o amor não vem
Princípio e fim, sem seu meio





A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma

 
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Alemtagus
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