Que aparição erra pelos pinhais,
E onírica me seduz nos penedos,
Onde se mostra em formas nunca iguais,
Transformando tempos secos em ledos?
Urra e salta com ganas bestiais,
Assombrando os meus momentos mais quedos,
Sustado o susto é evidente demais,
Ser minha a verdade e meus os segredos.
Temente contudo nos cirros que vê,
Trazer-lhe o gris ao prado tão cerúleo,
Pede ao bosque qualquer tipo de abrigo…
Não sei se há razões para o seu porquê,
Nem tão pouco as sei para o meu ecúleo,
Mas todo o espectro uma alma traz consigo.
16 de Junho de 2010