Palavras perdidas, ditas, malditas,
Escritas pela alma sem convenções,
Ressoam em homilias, benditas,
Ou ferem e dizimam como arpões.
Lê-as bem nesses olhos que não fitas,
Ouve-as como o ribombar de canhões,
Delas tudo tomaste e tudo evitas,
Arrasta-las por fim como grilhões.
Para que as queres tu, se não as usas?
Caem-te no chão dos braços que descruzas,
E esvaem-se em versos de amor e saudade…
Irias conhecer palavras lusas,
Das que te trariam a eternidade,
Se uma só conhecesses de verdade.
15 de Setembro de 2010