Sonetos : 

Se a esperança, pois, me morre, que sei

 
Se a esperança, pois, me morre, que sei
Do sono letárgico em que me sonho?
De cada passo que para ti dei,
Do meu esgar mais custoso, o risonho?

Resta o dorso do poema em que me ponho,
A terra ainda bravia onde sou rei;
Do indistinto sulco, alegre ou tristonho,
Pouco resta, enfim, mas não te chamei.

Vinda nas proas das calendas gregas,
Mais enlutada do que as belas pegas,
Ressurges por vezes bem à noitinha…

Nos meus infinitos onde não chegas,
És dos antípodas minha vizinha,
Passaste a não ser e agora és ladainha.

28 de Junho de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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