Sonetos : 

Penso e todo o pensamento me escapa

 
Penso e todo o pensamento me escapa,
Por entre os dedos da razão, seu freio,
Nada vem de bonito nem de feio,
Grudou-se-me o nada como uma lapa.

Busco-me na noite em que me passeio,
No céu olhos postos, soberbo mapa,
Ursa maior, menor, pérfida sapa,
Sinto o pulsar do infinito e bloqueio.

Tão desordenado, sem coordenadas,
Ainda ecoando palavras silabadas,
O amor ao ódio não mais se esquece…

Sob as estrelas, calcando as calçadas,
Roubo o grito e grito Desaparece!
E chamem loucura ao que chamo prece.

04 de Agosto de 2010

 
Autor
ViriatoSamora
 
Texto
Data
Leituras
18
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
0 pontos
0
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.