Pedes-me um poema como se pedisses
Toda a banalidade da existência,
E te o criasse num passe de ciência,
E tu ao meu redor que tudo visses.
São teus desejos ordens, são tolices,
O mais em desafio à paciência,
Libertaste a musa da sonolência,
Saberias o que isto é, se o sentisses.
Ofereço-te em quadra popular,
Falsa todavia, que tu não sabes,
Não distingues a aurora do crepúsculo…
O improviso, a um passo de excomungar,
Põe-me nas asas de todas as aves,
Para ser um pouco maior minúsculo.
29 de Abril de 2011
Viriato Samora