Sonetos : 

Meu amor que regressa, aventureiro

 
Meu amor que regressa, aventureiro,
Nos bicos das gaivotas, mau presságio,
Em terra ou no mar, tão certo é o adágio,
Chegou-me em farrapos, como o nevoeiro.

Bem a mim viu, insone faroleiro,
De guarda à noite e a todo o seu contágio,
À única dama do meu naufrágio,
Fiel amante desse amor primeiro.

Por nós a madrugada emudeceu,
As ondas lamberam a bruta rocha,
E nem a nortada apagou a chama…

Tudo ali se encontrou e se perdeu,
E, apontada ao longe, a supina tocha
Selava o segredo de como se ama.

12 de Outubro de 2010

 
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ViriatoSamora
 
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