Sonetos : 

Aconteça o que acontecer, não sou

 
Aconteça o que acontecer, não sou
O sábio que sempre procurei
Entre a justeza das coisas, na lei,
O anjo impoluto que sempre perdoou.

Carrego contudo as dores da grei,
Vergam-me ao chão que sempre me invejou,
Eu, suspiro que nunca suspirou,
Atlas da dor com que me transformei.

Fui acontecimento acontecido,
Naquele momento em que todos dormem,
E deus faz a ronda pelas tabernas…

Ou talvez acontecer repetido,
No corpo dos anos que se consomem,
Ansiando pelas coisas eternas.

24 de Janeiro de 2011


 
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ViriatoSamora
 
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