Sonetos : 

Em nenhum outro lado se sentiu

 
Em nenhum outro lado se sentiu
O abalo sísmico da nostalgia,
Epicentrado em mim, por mim subiu,
O coração à boca que o mordia.

No peito fendido que se esvazia,
Na mente oca que da razão fugiu,
Um tédio ficou e só crescia,
E esse é o meu único poderio.

Tão grande que em Sansão já transformado,
Sem ver o mundo e às colunas firmado,
Fui eu e mais um céu que desabou…

Ali fiquei sob pedras descansado,
Com o gozo de tudo terminado;
O pó foi o vento que o arrastou.

29 de Abril de 2011


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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