No início era a terra
Coberta com desejo
Semeada por almas
Essa gente que erra
Tem no olhar canejo
Ilusões por agalmas
O início de igual mar
Debuxado num amor
Ondulava qual vento
Que morre por amar
Nua sua cor sem dor
De bofe amarujento
Um beijo quase doce
Fugido de tuas mãos
Cativou-me a solidão
Iam-te onde eu fosse
Teus destinos irmãos
Que partiram em vão
O início vem sem fim
Que algum o escreve
Que não tu ou até eu
Tal vida que ia assim
Dia por dia mais leve
Tua a minha, morreu
A Poesia é o Bálsamo Harmonioso da Alma