Ver-te é consumirmo-nos de mãos dadas,
Perder-me no sul do teu conversar,
Entregar-te a bússola ao teu chamar,
Com nenhumas carícias trocadas.
Vivemos em delongas apertadas,
Onde o povo passa sem abrandar,
E ali nada mais há, só o nosso olhar,
Como duas cordas entrelaçadas.
Não sei quem és, apenas retardaste,
Sorris, mas não impedes que me arraste,
Se não por mim, faço-o agora por ti…
Tínhamos partido quando chegaste,
Cruzámos anos e nunca te vi,
Mas um dia verás que estou aqui.
05 de Julho de 2011
Viriato Samora