não paro de olhar para seus... olhos
são dois faróis que, mais que me guiar
mandam-me até a sua boca
para me devorar
o gosto da comida
eu juro, será o mais doce
com notas de carne
e um pouco de vida
sua língua me corta
ei, me usa e me retalha
por favor, poderia deglutir
toda a minha gentalha?
posso até ter certeza que
tudo em ti é arte
acaricia e me bate
então, torno-me um doce tamborim
é meu museu predileto
desde o chão até o teto
todo quadro, único
mesmo que um tanto fúnebre
fico imaginando a gente se afiando
e aperta se vejo o seu coque
acompanhado do toque
mágico
É o ferrão quem perturba a abelha.
Já que seu nome é divino, venha cá, me destrua e me namore. | Escrito por mim no dia 28/11/2025 em Brasília-DF.