Juro que havemos de lá ir um dia,
Dos mares aos céus, dos montes aos vales,
Rasgando a noite que te comprimia,
Em nome dos bens, por todos os males.
Tão grande e dura a odisseia, não fales,
Somente vê como se distancia,
A tua mão na minha, não resvales,
Que além do sonho vive a fantasia.
Onde chegarmos a dor inexiste,
Nunca ali a juventude envelhece,
O tempo da doença é mero mito…
Afinal morreste-me e já sorriste,
Ao mundo novo que não te merece,
A viagem foi saudade, um grito.
04 de Outubro de 2022
Viriato Samora