Sonetos : 

Deste-me luz naquela noite escura

 
Deste-me luz naquela noite escura,
Quando no silêncio foste voz,
Quando rasgaste as togas da censura,
E o tempo morreu súbito e veloz.

Abraço eterno e terno como a jura,
A força dos corpos dados a sós,
Em teu colo a astenia que se cura,
Foste Alfa e Ómega, o antes e o após.

Sorriste assim com trejeitos reais,
Deste o peito ao medo, como um arrais,
E na tua proa foste sereia…

Por ti sem esperar num qualquer cais,
Indiferente à gente que vagueia,
Reencontrei-te neste amor que pulseia.

06 de Fevereiro de 2023


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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