Sobre o seio desejado de ti,
Lascivo lábio que te desenha,
Embriagado te beija e sorri,
Dedicado no prazer que te emprenha.
O que então recebes não cabe aqui,
Nem em mais nenhum século que venha,
A vela, o cárcere, esperando ali,
Só o orgasmo ao estertor mais se assemelha.
Poupa o suor que te escorre na pele,
Já teve a sua cruzada fiel,
Azedada, tomou-se de acidez.
No amor, como em toda a guerra se fez,
Despidos os corpos, vestido o arnês,
Que a dor não mais se verte no papel.
09 de Junho de 2009