Sonetos : 

Sobre o seio desejado de ti

 
Sobre o seio desejado de ti,
Lascivo lábio que te desenha,
Embriagado te beija e sorri,
Dedicado no prazer que te emprenha.

O que então recebes não cabe aqui,
Nem em mais nenhum século que venha,
A vela, o cárcere, esperando ali,
Só o orgasmo ao estertor mais se assemelha.

Poupa o suor que te escorre na pele,
Já teve a sua cruzada fiel,
Azedada, tomou-se de acidez.

No amor, como em toda a guerra se fez,
Despidos os corpos, vestido o arnês,
Que a dor não mais se verte no papel.

09 de Junho de 2009

 
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ViriatoSamora
 
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