Sonetos : 

Poesio-te, acredita, sem saberes

 
Poesio-te, acredita, sem saberes,
Dou-me-te livre sem imaginares,
Sem me teres contigo, sem me veres,
Poesiando-te em todos os lugares.

Se poesia és tanta sem tu quereres,
És todas as terras, todos os mares,
És os universos onde couberes,
E és tu no infinito que transbordares.

Poesio-te lançando erros à sorte,
Esconjurando o aproximar da morte,
A cada verso do teu olhar doce…

Parvo, idiota, fraco ou talvez forte,
Poesiado sem saber o que te trouxe
A mim, ainda que por engano fosse.

31 de Outubro de 2017


Viriato Samora

 
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ViriatoSamora
 
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