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… rumo ao Desconhecido

 
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Julgo estar certo quando me engano,
Quando penso conhecer os outros,
Quando vejo reflectida a imagem,
O espelho líquido em que me revejo.

Somos imprevisíveis, sei-o tão bem,
Sentindo a deriva no mar da sorte,
Ou mudados de rumo pelo leme,
A tábua empurrada até à morte.

Sou imprevisível, sei-o também,
Quando aparento ser e não sou, sei-o,
Que não sou eu, que perdi o BI,
Que sou o que gosto… e o que odeio.

Imperfeitos também somos, é claro!
Nem se espera outra coisa de cópias.
De cópias de cópias até aos originais,
Cópias e mais cópias, fazendo a ponte.

A Ligação no tempo aos habitantes do Eden,
Paraíso cruel, povoado de feras e bestas.
Tanta reprodução gerou, de lá para cá,
Imperfeitas, imprecisas, … cópias, … nada mais!

Que somos então, senão reprodução?
Ansiamos Deus perpétuo e esquecemos
Ser simples Homens, destinados a rumo
Desconhecido, recalcado a giz, ... à mão livre!


Boa semana!


Garrido Carvalho

Outubro ‘08
 
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Garrido
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Enviado por Tópico
visitante
Publicado: 18/10/2008 21:16  Atualizado: 18/10/2008 21:16
 Re: … rumo ao Desconhecido
:escritos a giz
na poeira
das galáxias
ou à beira.

Gostei da reflexão poética.

DM