(de)canto-te
em lágrimas albumes de saudades
(embrionário alimento)
futuros ausentes
nas metáforas com que palmilho o verbo
embriagada
em quartetos de cordas, antíteses de membros,
de labiais afectos, siderotecnias laborais
de braços e de pernas,
de corpos afixos ao silêncio das madrugadas.
(de)canto-me
solitária, enrodilhada em macros desactivadas
- ligações que não consinto e são-no, entre o hoje
o ontem e o amanhã das horas prematuramente retalhadas.
vindimo-me.
um quase nada, dependuro-me em teu ombro
morosa e ternamente.
conduzo-te as mãos, guio-te ao epicentro da lava
onde, sem pudor, sem medo,
planas capitais instintos…
… uma tela imperfeita,
um decalque de tintas nos tons cogentes de um sol,
de um sal, salsugem espessada
na maleabilidade de asas. envergadura d’asas territoriais
no cio das sombras e das águas…
-u(i)vas em bagos
em lábios e cálices esvaídos
do canto (em)canto que se não extingue em pipas rotas.
soltas o branco da paz em copo roto
mago
mago que me amas na alma se és parte inveterada de meu corpo.
MT.ATENÇÃO:CÓPIAS TOTAIS OU PARCIAIS EM BLOGS OU AFINS SÓ C/AUTORIZAÇÃO EXPRESSA