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margens de solidão

 
vagens do meu olhar
pesado de não te ver
sonhando com imagens tuas
sonhando acordado,
acordado sem sonhar…

vagens de lágrima utópicas
pois é de um olhar vazio de não te ver
que se ergue um rosto seco
das noites acordado sem dormir
sem sonhar acordado.

bate no vidro porque em mim não bate
a última folha sem esperança
de sonhos vagos sem sonhar
qualquer desejo que me invade
despido de qualquer ser
porque em mim não resido!

Bruno Ribeiro
Lx. 17.Out.007

 
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baraujo
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Enviado por Tópico
cleo
Publicado: 15/12/2008 12:47  Atualizado: 15/12/2008 12:47
Usuário desde: 02/03/2007
Localidade: Queluz
Mensagens: 3731
 Re: margens de solidão
Bruno
Já tinha tido o prazer de ler este teu poema, lá no teu baú de lembranças e dores da alma.
Por isso, nada como deixar aqui o mesmo que te deixei lá quando o li pela primeira vez...

Sabes Bruno
Sei bem do que falas...
Conheço de cor cada palavra que usaste para construir este teu amargurado poema...
Vivi tempos inglórios em que me contentava com pequenas migalhas, sobras de outros banquetes que sabia existirem... e era com essas migalhas que construía os meus "sonhos" que não eram... chorava lágrimas que ninguém via e que me deixavam víncos no rosto e na alma...

Mas um dia tudo se cura, tudo passa e esfuma-se com o vento.

Beijo