Ócio do Negócio

há uma sombra uma árvore tão densa
que densamente me enreda
na rede
onde me embalo

e penso se penso
por que me deixo aqui balançando
nas fímbrias de um vento que é só meu

e o mondego ali rente aos pés do monte
que um dia baptizaram de esperança

e há um homem que pensa
num pensamento de seda
e na sua sede
abre o seu abalo

e no aroma de incenso
quase dançando
enfeita o histerismo que é seu

há o Tejo cuja fonte
é o arado que chamaram esperança.

garbo feitiço
pintado no bosque
ardido pela vela
caída

os corpos fogem
e voltam das águas do Tejo.

nas mortes choradas
choradas entre veladas
outrora pelas margens do Mondego
agora épica cantada

mudam-se os corpos
nas águas estendidas

antes a morte inês antes a morte
para que rainha sejas
e no ouro de santa clara
repouses

na eternidade que pedro algum
te furtará

e alcobaça ali

Boa resposta! Ou seja: "Ai Mondego" o maior rio de rede hidrográfica própria... "Ai Canoas" (coisa antiga)... "Ai cacilheiros" (coisa que implica transporte de pessoas - reduzo por conveniência argumentativa - para o trabalho); só há uma conclusão possível: mordam-se de inveja, lisboetas, que o primeiro rei de Portugal está aqui... e mais nada!
Tenho dito.
Aqui que ninguém nos ouve: obrigado António MR Martins pela cooperação.
Um abraço
Xavier Zarco


Ups!, ainda não respondi!