Sonetos : 

Esquina do Adeus*

 
Tags:  saudades    arrependimento    tédio  
 



Navegando vida afora, pelo mar da esperança
Aprendi desde criança, sobre as ondas me manter
Ao raiar da juventude, vi passar despressa os anos
Na maré dos desenganos, consegui sobreviver

Eu venci nesta jornada furacões e tempestades
Com mentiras e verdades, que na vida todos têm
Mas perdi a grande luta, para um dor constante
Da saudade alucinante, que eu sinto de alguém

Guardião dos navegante, esse mar misterioso
Que destino caprichoso, eu pergunto é o meu
Se o passado está morto, nos confins da mocidade
Por que vivo de saudade de uma amor que morreu

Olhos lindos sonhadores, que me amavam com ternura
Quando eu era a criatura mais feliz que pode haver
Mas por falta de juizo, procurei nova aventura

Tu me amaste na idade da paixão mais comovida
Mas saí de sua vida sem pensar no que eu perdi
Na esquina do adeus, foi a última despedida.

JMD/Maringá, 01.08.09


verde


*Poema ispirado na música do mesmo nome do COMPOSITOR GOIÁ
 
Autor
João Marino Delize
 
Texto
Data
Leituras
834
Favoritos
0
Licença
Esta obra está protegida pela licença Creative Commons
1 pontos
1
0
0
Os comentários são de propriedade de seus respectivos autores. Não somos responsáveis pelo seu conteúdo.

Enviado por Tópico
Betha Mendonça
Publicado: 01/08/2009 17:41  Atualizado: 01/08/2009 17:41
Colaborador
Usuário desde: 30/06/2009
Localidade:
Mensagens: 6699
 Re: Esquina do Adeus
Bacanérrimo soneto de versos bárbaros, João!
Bjins, Betha.