Nunca parou de rimar...
Por muito que procure
Eu jà não te encontro em minhas pobres letras ou nas linhas dessas nossas encruzilhadas
Por muito que o tempo cure
A tinta?.. seca.., o papel?.. se desfaz...na ausência desse teu amor só me resta,estas minhas dececionantes palavras..
E tanto que tinha para te dizer
Doces e belas palavras
cultivadas por um coração sempre a sofrer
Mas vai,e não olhes sequer para trás
Teu beijo que um dia foi só meu
o levas para sempre contigo deixando-me a boca docemente salgada,dessas tuas làgrimas que não mais me dàs...
E uma vez mais nos iremos reencontrar?
Reconhecerei eu esses teus belos olhos,e tu este meu triste chorar?
Reconhecerei sim,esses teus lindos olhos cor de jasmim
E tu vendo-me chorar te lembraràs de um triste poeta que por amor a ti teve uma vida incerta
mas nunca parou de rimar...
Réu...
Hoje te vou despir de preconceitos
Vou lentamente beijando sua boca,seu pescoço e seus peitos
E não,não faço a mínima intenção de parar
Estou tomando para mim seu saboroso gosto
Apreciando o cheiro do seu amar
E corro com minhas mãos seu corpo
Nuns momentos tão firme e hirto
Noutros deliciosamente quase morto
E sinto suas coxas me chamar
Seus roucos gemidos me impelem
A seu doce néctar com minha boca também provar
E provo sim
Seu néctar,sua beleza,seu corpo com perfume de jasmim
E afinal sempre és mais do que eu estava a imaginar
Teu corpo é minha doce sentença
onde eu fico com a firme certeza de não querer que me pares de julgar
E podes me julgar enquanto fazemos amor
Os dois encaixados nesse banco de réu
E que minha pena seja ela dura e perpétua
Só tendo como liberdade
Teu êxtase,teu corpo e esse doce mel teu..
Que eu a uma mulher fiz...
E se durante o meu último suspiro
eu finalmente te diga
o que de vivo te andei sempre a negar?
Afinal eu sempre te amei..
Será que na tristeza da minha eminente morte
irás sorrir
Ou chorarás de alegria
por finalmente saberes
que afinal eu sempre te estive a amar.
E não chores mais por favor
Pois minha vida contigo
foi toda ela vivida na ausência da dor
E vive,mas vive muito e sempre feliz
Pois afinal na hora da minha morte
foste a derradeira dona
do único sorriso de amor
a que eu a uma mulher fiz..
Sabor a liberdade...
Todas as palavras que eu te dei...
meu beijo que sempre procurou sua boca
nas muitas outras que eu beijei
E esse teu sabor a mel?
minha lingua em tua boca
meu toque de pecado nessa tua inocente pele
E se sonho contigo?
meu amor,eu durmo ainda hoje na rua
fingindo que me cubro consigo toda nua
sendo você meu efêmero abrigo
E as estrelas são elas minha única companhia
pedindo a elas durante toda a noite
que me deixem te ver um dia
mas o silêncio??
dói como o mais vil açoite
E afinal tudo que eu te peço
é esse teu beijo que afinal eu nem mereço
é o sabor a liberdade... do qual eu não me quero libertar...
A vós todos agradeço ...
Me sinto tão diferente,não,não é por causa da idade ou os princípios dos meus cabelos brancos.É no escrever..Na falta de concentração,no esquecer -me no comentário ou pior ainda trocar,o nome da pessoa..é ser repetitivo em demasia,é o ler meus "poemas" antigos e ver a porcaria que faço agora..afinal ninguém me disse que era fácil viver com EM (esclerose múltipla) só nunca pensei que os danos viessem a afectar o que eu mais gostava de fazer..portanto deixo um beijinho e um abraço para todas as pessoas que me apoiaram lendo e também comentando o que a EM me deixou ainda escrever,para vocês meus amigos/as um muito obrigado/a do fundo do coração pois mesmo com fraca qualidade da minha parte vocês me leram,e muito mais que o simples coment na página do poema,deixaram lá escrito vossa amizade e pintaram um sorriso que me ajudou nesta adversidade..Amo todos vocês meus/minhas amigos/as pela vossa simpatia e amizade...um beijinho sincero:Cipriano André Oliveira Rebouço/Kripy.
Velhas linhas...
Só queria mesmo... Escrever..
Voltar ás tuas velhas linhas
E com meu velho lápis de novo sofrer
E como voltar a falar?
Minha boca fica muda
E muda meu triste sorriso
Quando calado te grito que de ti
jà não mais preciso
E estes meus olhos?
Com seu choro de saudade, são os únicos que me estão a atraiçoar..
E um dia.. Talvez..
Hoje não certamente, mas se calhar para outra vez
Quando meus olhos cegos voltarem a enxergar
Essas tuas velhas lágrimas quando sorrias com todas as letras, nessas mensagens quase analfabetas,que meu triste coração te escrevia para te animar...
Maldita inspiração...
Linhas tristes e linhas enfermas
desprovidas de inspiração e até de temas
vazias de paixão, mas enchendo mais um dos meus poemas
Sem qualidade ou algo mais
com palavras curtas e demasiado banais
e chego à já tardia conclusão
que escrever assim, não mais
E volta por favor
essa maldita inspiração
nem que junto tenhas que trazer-me a velha conhecida dor
pois afinal só escrevo bem com o coração
inspirado pelo teu amor
ou magoado por uma velha traição.....
cortam como vidro...
Vai,vai embora por favor
Leve é essa sua falsa alegria
E me deixe ficar com a minha pesada mas sempre verdadeira dor
E não olhe jamais para trás
Siga seu caminho cor de rosa sempre em frente
Que eu prefiro morrer em um qualquer canto escuro
Mas pelo menos ter a certeza que irei finalmente descansar em paz
E na sua partida,leve tambem meu velho coração por si partido
Mas proteja seus finos e delgados dedos
Pois meus estilhaços cortam como vidro...
Eu sou....
Chegou hoje a hora de finalmente revelar quem eu sou
Eu sou ..
Um negativo resgatado
de um rolo que nunca rolou
Eu sou..
Aquela velha foto que você ainda guarda
Desse mesmo álbum que para sempre você fora jogou
E sim,eu sou agora
Um poeta de poucas palavras
aquele livro por ler que você rasgou
Um silêncio de quem tudo te falou
E sim,afinal eu sou você
Teu triste reflexo
sem lógica nem nexo
um espelho no quarto
De um homem que já não vê
Mas sem me ver
Você me achou
Perdido em sua grande amizade
Amando o pouco que você me deixou
A saudade do seu cheiro
Eu te amando numa louca ilusão
De possuir seu meio coração
Quando eu lhe dizia: Meu amor eu sou. .seu por inteiro..
Com um copo meio cheio...
E chegou a hora de te dizer adeus
Meus beijos que nunca a beijaram
As lágrimas solitárias que nunca cairam aos pés teus
E não olhes nunca para trás por favor
Tu levarás junto meu coração
Deixando comigo apenas teu amor
E para quê chorar?
Sò porque eu sem seu amor não vivo
Afinal eu só nasci nesta vida
Porque em outra eu morri por tanto te amar??
E me deixe apenas te escrever
Meu coração será a minha pena
E o meu sangue convertido em tinta antes de falecer
E parta sim
Meu coração a meio
E brinde com um copo meio cheio
Na hora do nosso triste fim
...