Basta saber-me viva
BASTA SABER-ME VIVA
Meu coração é uma gaiola dourada
Nela se solta o Amor e a Amizade
Branca, como o branco desta folha intocada
Nela um pássaro vai chilreando saudade.
Hoje lhe abri as portas
E a felicidade andou pertinho
E as lembranças já mortas?!
Fui deixando p'lo caminho.
Mas na verdade me doeu
E na garganta um nó ficou
Nas lembranças,também habitava eu
Se por lá fiquei, agora quem sou?
Apago-me como flor sem sol, tanta vida lá atrás
Já pouca coisa resta, o silêncio sobre mim se deita
Nesta descida entre a saudade e o frio, tanto faz!
Mastigo incertezas, já que a Vida não é perfeita.
Deixo-me a pensar com meus botões
Enquanto cai uma chuva enfadonha
Basta saber-me viva de ilusões
Minha alma malferida, ainda assim,sonha
Insistem os chilreios em meu coração
E há largueza por onde entra a claridade
Mas quando já não restar emoção?!
Serei como raiz sem apego, sem lugar
Morrerei de saudade...
Levada p'lo tempo, deixando-me por ele apanhar.
rosafogo
O Inverno da Vida
O INVERNO DA VIDA
Hoje não vou à fonte
Deixo-me ficar neste entretém
Fico a olhar o horizonte
No silêncio eu e ele, mais ninguém.
Mais logo as estrelas vão surgir
Vou agarrar uma se puder
Para quando a solidão vier
Iluminar o meu existir.
Escondo-a num abrigo do coração
Bem ao pôr-do-sol da minha Vida
Ao anoitecer deste meu céu escuro!?
E assim a Vida não terei ainda perdida.
Pode o Mundo parecer-me duro.
Ser até meu caminho feito pó
Colherei ainda o que semeei
E assim não me sentirei,
Nunca só.
Deixo a fonte lá bem distante
Ouço-lhe apenas o rumor!
Que a Vida é um só instante
Nesta hora, como o sol, perde calor.
A Vida é uma migalha
Não penso que é eterna!?
A morte chega não falha.
A noite é fria, e a vida já inverna.
rosafogo
Perdoe-me, porque te fiz chorar!
Às vezes caminhamos
por caminhos errados,
porque lá trás não pensamos
– dessa forma a vida se encarrega
dos dissabores acabando
que, um erro leva a outro,
quando percebemos
já estamos envolvido
mesmo sem querer...
Procurando sobreviver!
No entanto alguém se fere.
De repente despertamos
refazendo um novo caminho.
Partindo de onde começamos
Já centrado – pausamos
Entendemos que a trilha é outra;
mas a melhor forma de amar
é reconhecer que errou
pedindo perdão para poder
continuar a caminhada...
Por um caminho certo
– sem culpa, sem medo, livre...
Solidão, desprezo, medo...
Geralmente te leva para qualquer
caminho, pedir perdão ainda é a solução.
Perdoe-me, porque te fiz chorar!
Março/2017
Imagem Google
http://1.bp.blogspot.com/-aVrd2d7RczU ... rd%C3%A3o-perd%C3%A3o.jpg
sexto sentido...
Embaciaram os vidros
ficou a memória confusa
e o caminho mais pálido
já não me arrancam sorrisos
andei léguas com passos indecisos
até chegar ao horizonte tão meu
onde a infância é já só uma fábula
onde os verdes já são pardos
turvo o azul do firmamento
e na penumbra o pensamento.
A manhã me oprime, o sol me ignora
a tarde me cega, logo a escuridão
e logo a aurora a urdir novo dia
e é mais um sonho que se abrevia
caminho já sem meus passos
fora de mim, distante,
amor já não é anseio
já não abraçam meus braços.
Ah...mas o sonho sempre germina!
E o coração envelhece mas não pára de amar
o amor a vida domina
e é sempre ele que ergue do silêncio
e nos vem embriagar...
natalia nuno
rosafogo
Jeito de ver
Tenho arestas
quem não as tem?
(Tenho um olho na testa
que vê além)
E assim sigo a vida
perseguindo
quimera perdida
de visão
(inverossímel)
vida que é vivida
Em tudo que me é impossível.
E sigo assim
vivendo a vida
além...
(as vezes aquém)
de mim, rumando ao fim.
Nessas calhas de roda
que vivemos sem razão
esmagando os dias
vivendo as noites
em lúbrica ilusão.
Porque?
Porque sim!
(e porque não?)
Que caminho? Qual direção? ...
Que caminho?
Qual direção? ...
Pensei: Caminhei, os passos lentos!
Ponderei, conversei com meus botões...
Tudo, tudo num silêncio profundo
Ali – frente ao mar permaneci solitário.
Ao som das águas, forte marulhar
Ora emergia ora submergia ...
Deus quanta agonia junto ao olor da maresia
Muito longe avistei uma gaivota tão solitária
Senti-me como ela que planava alçava voo
Mas, sem direção qual decisão - itinerário?
Assentei-me na areia e pus-me a escrever
Nessa hora lembrei-me do SENHOR Jesus
Quando escrevia com o dedo na areia:
Quem não tiver pecado...???
Foi como se eu estivesse despertado de um sonho
Abri os olhos, sorri meu sorriso contemplei tudo
De belo ao meu redor, e continuei a escrever...
Dessa vez: Jesus eu te amo! Obrigado, Jesus!
Levantei-me, respirei fundo e corri de baraços abertos
Rodopiei ao vento, abracei o vento, cantei,
Cantei como nunca havia cantado e em cada verso
Encontrei o caminho, a direção...
25/1/2017
Mary Jun,
Barreiros,Pe
Às 17:05
Tanto passado
Tenho tanto
De passado...e
Nada de futuro
Tanto caminho
Andado....e
Na minha frente
Um muro
Caminho
Não importa em que distância do caminho
Você encontra – se, se existir obstáculo, evite.
Pondere, caminhe mesmo que tenha espinho!
Decerto que encontrarás a chegada o limite.
Mary Jun
06/01/2017
se amor houvesse
se amor houvesse, bastar-me-ia isto para desaprender o meu caminho, para vagar da praça mauá à cinelândia sem direcção, quieto e calado, pequeno, leve, para me perder nas curvas e becos da cidade nua, para que me diluísse na multidão? seria suficiente para tocar os teus cabelos, para guiar os meus dedos por sob a tua saia até o teu húmido reduto, para desejar ouvir de ti um gemido? se amor houvesse, bastar-me-ia isto para admirar o céu do aterro, insano e vasto, amplo, alto, para criar asas que me levariam até ao sol repetindo o voo de ícaro? bastar-me-ia que nos encontrássemos num horizonte de eventos, que a tua respiração se fundisse à minha, que eu tornasse a crer em sonhos? se amor houvesse será que tu entenderias que por tua causa desaprendi o caminho, por tua causa vagueei sem direcção, por tua causa perdi-me, por tua causa parei para olhar o céu, por tua causa tornei a sonhar?
POema do livro Crónicas do Amor Impossível, Ed. Perse. à venda em http://sergioprof.wordpress.com
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Fecha-se um ciclo
Visto-me desta inconstância
Rejeito a monotonia
O que antes me dava prazer
É agora gerador de uma forte agonia
Na vida nada é estanque
A mudança é positiva
Há que saber dizer basta
Àquilo que te faz sofrer
E dar a volta por cima
Na hora de decidir
É preciso ter coragem
Não há nada a temer
Fechado um ciclo
Inicia-se nova viagem
Com destino à felicidade
Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
Natural: Setúbal
nandaesteves@sapo.pt