Perigosa Sedução
Numa noite aberta
O Bairro Alto estava cheio
Os meus olhos ficaram em alerta
Quando ela veio
Ali estava ela com o seu vestido vermelho
Dançava a enviar um olhar sedutor
Levantei-me e fui me ver ao espelho
Lavei a cara para apagar esse ardor
Ao ir para a minha mesa
Ela puxa-me para dançar
Senti-me a sua presa
E não queria abusar
No calor aguçado
Roça os seus lábios
Vivo o pecado
Em jogos sábios
A noite caiu
E já estamos na cama
Um desejo fluiu
E nasceu uma nova chama
Ela brincou comigo
E foi-se embora
Fiquei no castigo
E a minha alma chora
O grande Desabafo sincero
Estava mal
Uma semana inteira
Resolvi ir ao Hospital
Sentada, nervosa numa cadeira
Pensava... o que eu estou a fazer aqui afinal?
Finalmente chamaram-me nessa confusão
E perguntaram o que queixas?
Tonturas, fraqueza, e sem força estou com alguma infecção?
Vamos descobrir e ponha um sorriso nessas bochechas
Através desses pequenos sintomas
Disseram que era uma vertigem no ouvido
Senti-me aliviada a atingir os aromas
E o meu corpo estava agradecido
Espere Filipa afinal vai fazer um Tac
Obedeci, esperei e fiz
Um aperto já estava a entrar num remate
Esperando pelo os resultados abria-se uma cicatriz
Filipa vai ser duro ouvir mas tem um tumor cerebral benigno
As minhas lágrimas caíram ali
Senti-me dentro de um labirinto
Só queria fugir que escorreguei e caí
Internaram-me nessa noite fria
A minha alma não parava de chorar
Tudo a minha volta era uma agonia
Sem saber por onde iria acabar
Hoje já fiz vários exames e ainda não sorri
Vivo na angústia sem saber ainda que tipo de tumor benigno tenho
Mas de maus pensamentos abstraí
E nessa esperança eu mantenho
Lado a Lado
Deixo!
Os ventos levaram os verbos fechados
Tu!
Regas as minhas fontes de prazer
Contigo!
Sonho na terra dos poetas amados
Sempre!
Estarei a pintar o tempo a correr
Sonhei!
Alto cantos dos corações curados
Quero!
Batalhar nas tuas guerras e não me deixes perder
Puro!
Os desejos Ignorados
Sente!
O meu peito acender
Vamos!
Lado a lado num caminho cruzado
Para Sempre!
Neste amor vencer
DUETO Kolthar & Neve_campel
Kolthar
A tua cabeça não presta como a tua pequena bolota
A tua estupidez não veste nenhuma cachopa
Não sabes engatar minha bicha idiota
Quando vamos namorar não passas de uma anedota
Neve_campel
Cuidado minha moça com aquilo que apregoas,
Posso ser bronco, mas por ti ando a toa,
Gosto de te namorar, e sonhava casar,
Este teu bronco esta a se declarar
Kolthar
Comigo não vais casar
Não vou ser cornuda
Tu nem sabes mamar
Que outro reles me acuda
Neve_campel
E se esse outro fosse eu,
Disfarçado uma vez mais
De um parvo europeu
Ai comigo assim vais
Kolthar
Ai homem de deus
Comigo jamais
Alimenta o teu filho Mateus
Que esta conversa já foi demais
Meus amigos este trabalho foi feito de ambas as partes no sentido humorista espero que gostem.
Desleixos da alma
Desleixos da alma
Névoa recai e cai sobre os astros do meu ser
que eleva a minha imaginação sobre o mar
turbulento e indeciso que me faz sofrer
Adorando-te sem saber como te amar
Aprisionada sobre as rédeas das ilusões
que me dá a força sã e vasta
de agarrar a paixão e voar sobre soluções
E apunhalada por uma grande estaca
Que sangra cada membro do qual caminho
há busca da maresia desse teu olhar
descalça tentando ler as metáforas do pergaminho
Perplexa sobre o conceito de sonhar
Pequeno Teatro
( Joaquim Peneiras )
Aqui estou eu o Joaquim Peneiras
Desculpem lá as minhas maneiras
Vivo numa casa perto das bananeiras
Ricaço por dentro com grande amor de aço
Burlão e calão e por vezes palhaço
Vou desabafar e beber o meu bagaço
Estou apaixonado pela Maria Graça
Mulher bairrista loiraça
Vende frutas frescas no mercado de Alcobaça
Pecados meus quando lembro-me dela
Imagino-me eu a dar-lhe uma apertadela
Ainda sinto o seu cheiro de canela
( Maria Graça )
Raios partam o homem que me atormenta
Nem forças tem na ferramenta
Deveria pôr-lhe pimenta
Coitada de mim se casar
Não quero nem pensar
Que com ele vou ficar
Regresso á Infância
Saudades dos meus sonhos de menina
Correntes fortes que abraçam a minha inocência
Espreitava as andorinhas por detrás da cortina
Não sofria espinhos da penitência
Brincando com as fadas da imaginação
Sorria abertamente a luz das manhãs
Dormia nas letras de uma canção
E acordava com o cheiro das maçãs
Caminhava pela praça da alegria
Soltava borboletas vibrantes
Dançava a magia que sorria
Na ternura dos meus olhos brilhantes
Agora sou adulta
Só me resta a lembrança
Ganhei esta mente culta
Que trás consigo a criança
A nossa História
Chegamos á história
Onde há um castelo
Honras da nossa memória
E homens que lutam em duelo
Honradas terras conquistadas
El rei com grande bravura
As mulheres que são amadas
Nas intrigas e malícia aventura
Guerreiros que sangram nas batalhas
Pensando nas amadas eles gritam
Que morrem pela lâmina de uma navalha
E nesses campos abandonados eles ficam
Há uma festa dentro de uma aldeia
Cheia de comida e vinho
Cantam em lua cheia
E queimam o pergaminho
Os nobres jantam numa mesa elegante
Conversam ideias importantes
E quando vem um pato recheado gigante
Eles apagam as lembranças arrepiantes
Não podemos esquecer as nossas origens
Com elas temos cultura
Dentro das terras virgens
Temos Portugal na literatura
As palavras que não te disse
Conhecer-te foi a melhor coisa que aconteceu.
Essa noite levaste-me para um café bar indiano, e partilhamos a sensibilidade das palavras conjugadas naquele momento.
Meu deus… não conseguia parar de olhar para ti, aquele sorriso tímido que lançavas e cativavas o meu palpitar.
Conversamos acerca de enfermagem e ríamos de situações engraçadas, e a minha alma gargalhava a química intensa que estava a sentir.
Cansamos de estar no mesmo local, e andar sem rumo acabamos por ficar num parque infantil, e sentamos naquela casinha de madeira.
Com tanta sinceridade a meio, revelei de porta aberta o meu ser confuso, um bocado imprevisível mas de alma sensível.
Estava frio essa noite e mesmo sofrer de alergia aos componentes do frio, dei o meu casaco para acolher o teu corpo que estava tremendo.
No meio de uma conversa agradável e espontânea, viste a minha alergia, começava já a coçar as mãos e numa timidez relatava que não era nada.
Carinhosamente, levaste-me para a tua casa onde a magia aconteceu, aquela dança que o nosso corpo bailava e um beijo aconteceu.
Que lindo momento foi ao teu lado nesse espaço nostálgico e radiante, que levas-te contigo os meus sentimentos falantes.
A partir desse momento ficamos juntas, sem planos sem futuro e sem compromisso, apenas viver cada momento como se fosse único e especial.
Foi o melhor que podíamos ter feito, por vezes quem faz planos recentes de uma forte emoção, nunca corre bem como se planeava, e assim aos poucos criamos esta ligação forte e intensa como também a confiança, por isso é que nos damos tão bem.
Pouco tempo estamos juntas por causa da tua vida profissional como também eu vou ter daqui a dezoito meses pouco tempo, mas pelo menos estamos sempre presentes na comunicação e justificação.
Continuando a desabafar sentimentos, sei que sentes insegura por ser uma rapariga concorrida neste momento, sim existe pessoas bonitas que tentam abordar-me e aproximar, mas és tu meu amor a mais bela aparição que conquistaste o meu coração.
Sei que é recente, mas já não quero imaginar se um dia te perder, que já não queiras mais nada comigo, e nunca fui tão mais sincera na minha vida.
Desejaria ficar contigo e só contigo amor, o que nos resta desta ligação forte só o futuro falará por nós.
E nesse “ Nós “ ganho uma enorme felicidade que há muito não sentia.
A Despedida
Tocando neste solo de madeira
Recordo-me no dia em que te vi
Sorrindo abertamente sentada naquela cadeira
Só deus sabe aquilo que senti
O meu olhar derretia-se em lamúrias
Aquele vento dentro da barriga se abria
O palpitar salteava sem restrições e fúria
E naquele momento o quanto eu te queria
Falavas em tom sensual e carismático
E o meu corpo vulnerável tremia
Não havia erros no sistema linfático
Apenas um novo amor renascia
O sentimento caminhava surdo e cego no teu olhar
E o segredo se fechava cada vez mais e mais
Abrigava o teu viver e com ele abençoar
E no mês frio de Fevereiro tudo á volta apenas serão contos surreais
Tudo será uma mera recordação um adeus uma despedida
Levarás contigo o meu humilde coração
E no dia da partida eu guardarei aquela ferida
Pois no silêncio do adeus o que espera-me é a solidão