Poemas, frases e mensagens de johncooper

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de johncooper

Mar furioso de prazer

 
No caminho obscuro do prazer se faz vida
que entrelaça o pobre e tonteante apaixonado,
pelas entranhas nebulosas e proibidas
surge o tesão gritante e estático, sufocado.

De uma sina nunca antes vista, veem-se gritos
abafados pelos lábios vermelhos e molhados
que confundem com teus carinhosos gemidos
excitantes que o fazem ainda mais afortunados.

Pelos haveres tão perversos que te detêm
e atentam a não querer em outra coisa pensar,
te mostra o desejo impossível, muito além,
que te consome e provoca até, da vida, gozar.

E do amar que se faz amor alimenta-se o ser
naufragado nesse perigoso mar de fúria,
fulminando aos poucos afogado no mel do prazer
despertando em nós, sem medo, toda a luxúria.
 
Mar furioso de prazer

A boca que ama, a boca que fere

 
O que sinto, que sente, não tem explicação,
agunia, aperto, vivente, arde logo coração.
Desse jeito, sem apego, sem tu do meu lado,
vivo indeciso, triste, em correntes amarrado.

Mas cadê tu? Que vens nem aqui pra me salvar,
tirar desse ócio que por tua culpa permanceço,
teu beijo, carinho, meu deus, e teu olhar?
de tudo, ainda sim, é do teu riso que careço.

O que fazes? Que faces resolve, olha pra mim
macia, cheirosa, e com deleite, quero até o fim
esse jeitinho suave, para eu sentir a tua pele
você do meu lado, Ah! como eu queria, Gizelly.

Mas tua boca de paixão, que seduz, parte coração
também é a mesma que olha, prepara e diz: NÃO.
Logo penso em te esquecer, e me pergunto, então:
Não podia eu te merecer? Sem resposta, vive coração.
 
A boca que ama, a boca que fere

A nota ressoante da paixão

 
Não percebes, serenata, o soar das flautas cantadas?
Que soam, que dizem em surdina para tu, minha amada,
a mais estreita e tão hiperbólica frase de amor,
alçando de todo modo sentir a pureza do teu sabor;

O liberto cântico que ávido gorjeia o desejo em você,
sente o ímpeto difícil de contentar-se em poder te ver;
numa sinestesia entrelaçada impiedosa que destrói,
confunde-se teu beijo com a distância, que só corrói.

Se pudesse envolver-te nos meus cantos e encantos,
mostrar o bem além e o mal aquém, sedento de prazer,
sei que jamais irias retornar àquelas palavras, dizer.

Por raios não encontro na flauta a desejosa melodia,
em notas passei, mas nada causou o que gostaria; logo,
vivo assim: pela nota e por tu, a procurar com agonia.
 
A nota ressoante da paixão

Por um sentimento inexistente

 
És tão bela quando enxergo a luz do teu olhar,
me penetrando, me fascina, me deixando saciado,
mergulhado no prazer do teu gozo acalorado;
Logo então, nesse calor, ainda estive por um instante,
e percebi, em ti, um sussurrar arrepiante.

Quando olhas, desse jeito, assim distante,
desperta, em mim, uma paixão fulminante
que arde, queima e esbraveja
de raiva e mágoa por assim não tê-la.

Da paixão à ilusão do teu beijo, verdadeiro,
que o sabor do pavor não pude sentir,
ludibriado pelo tesão que da tua pele teimara em sair.

Queria eu de teus carinhos me alimentar
sem esse desdém, amargo, que insistes em me dar.
Mas, triste, não pode ser assim,
como disseram tuas palavras baixinhas para mim.
 
Por um sentimento inexistente

Conhecimento da irresistível gota

 
Vendo o futura, na janela do futuro, vejo inspiração
pra seguir em frente no irresistível mundo sem noção;
oceano do saber, conhecer, do buscar e questionar.
Mas o quê?! Ora, do mar, escolha a gota e tente a decifrar,
deleitando-se pelo prazer da busca incessante
por respostas, sedutoras, maravilhosas, provocantes.

Quem nunca teve a curiosidade de saber como funciona,
nunca irá saber também do gozo que é descobrir muito além
do que se pode ver, sentir, sensações limitadamente
humanas que se estendem sem sair da mente mundana;

Dessa extensão vira-se algo paralelo, mais metafísico
esboçando com perfeição a rede intrincada do conhecimento
materializada por neurais, blocos explosivos cerebrais.

Uma vez imerso no oceano, interrogações pairam pelo ar
içando-lhe, salvando você e seu pobre cérebro de afogar,
e sem perceber, no erguer do sinal vem a exclamação
que afronta como resposta acabando com toda a indagação.

Logo então, mais uma vez, no mar tende de novo a mergulhar
e reiterada, ação, não conseguirá mais pensar em parar
até o momento que vem à tona: Ah, então é assim que tudo
funciona?! Pronto, a partir daí a venda cairá e se tornará
acessível a concepção de que o Conhecimento é Irresistível.
 
Conhecimento da irresistível gota

Desnaturada e insensata tristeza

 
A medida da tamanha tristeza, não há como fazer,
o sentimento mais demente, triste, teima em padecer
tento expor nessas palavras, mas só vejo insucesso;
dentro de mim, martírio, sai logo pra esses versos!

Vejo, porém, que isso é muito difícil de acontecer,
ou então, teria eu, milhões de versos a escrever
para quem sabe mostrar parte de tudo, do que sinto
em letras negras, rebuscadas, tortas e desoladas;

Sei disso, me culpo por esse sentimento constrangido
e agora, fico a escrever, magoado, de coração partido;
com atitudes impensadas, fundei tudo que apareceu,
sem controle, não vi a ira, raiva quando tudo nasceu.

Sem volta, não vale mais nada, a partir desse instante;
sufocado, estarei até onde? Eu não sei, até adiante
do momento que conversar, colocar de vez tudo pra fora
e sonhar que tudo se renove e esteja diferente de agora.
 
Desnaturada e insensata tristeza

Brilho penetrante da paixão

 
Olho para a menina dos meus olhos, e me vem na imaginação
o doce dos teus lábios que faz pulsar meu coração;
acelerado, aceleradamente, como tua tez que disfarça
o perceber sutil e malicioso que em tu, deixa minha marca.

Conversas tão paralelas que teimam em não se tocar,
insisto na penitência com meus sentimentos te encantar;
mas teus olhos congelados, reluzentes e espelhados
volta de volta em mim, deixando-me ainda mais apaixonado.

Em instantes escuto, por vez, tão caóticas tuas palavras
e pergunto-me, sozinho: um dia conseguirei arranjá-las?
Quem sabe nunca, pois tu não me mostraste esperança
Com atitudes frias, não entendo, tamanha falta de confiança.

Apesar de ouvir de tua boca explicações e negativos,
não consigo entender, por estar longe de mim, tais motivos;
se não consigo, ou não quero, a culpa vem de teu encanto
que adentra meu coração, mas sem tu, o torna em pranto.

Bastava apenas me reger com teu brilho claro de estrela
inconfundível que se percebe, entre milhões, a tua beleza
sureal e mágica, mas, por fim, não tenho o que desejo.
Um abraço, um carinho, um amor, ou quem sabe somente beijo.
 
Brilho penetrante da paixão

Rosa rádio ativa de amor

 
Doce amor, suave flor que forte floresce em meu jardim,
desabrocha entrecortando essa paixão dentro de mim
com fúria que arde, o fogo, que adentra meu coração
sobe vida e arrepio de teu beijo molhadinho de tesão;

Perfazendo-me de carícias com pétalas, ah! como amo!
Mostra o norte da insanidade pura que tanto aclamo;
até tal sorte do estigma longínquo, tão audaciosa,
que me prende e alucina feito os lábios da bela rosa.

Um mar repleto de sedução que revira a irís do olhar,
surge da singela flor e te faz não mais querer parar;
por assim, desconfio: Será a rosa atômica, provocante?

Não, tal rosa que não de Hiroshima, explode é de malícia
com toque sutil e um gemido baixinho: ai que delícia!
Então alimente-se! Rosa gostosa-saborosa-e-misteriosa.
 
Rosa rádio ativa de amor

Desalento no cemitério

 
Não sei, sincero, como assim se faz a fama
tão fútil, meu deus, carajás; que entra
sem sequer bater, tomando teu encéfalo e o
deixando encolher; Disso o atual vive
preso e forte sem sair como num albergue
e criando-se deuses sem valor, para só assim,
te tranformar em pratos sem sabor.

Incolor, inodor, sem sabor, antes fosse a
clara água do ribeirão e não a triste
cultura do povão; Não os culpo pelo que
recebem, todavia que, infelizmente, digerem
na música, na leitura e ademais, veja só
que bravura é suportar tudo isso tão sagaz.

A infinda desilusão de tudo tão perspicaz
é saber que mentes, felizes, aqui estão.
Que custava ao invés de sim, falarem não?
Ou olhar para tudo muito sério, com critério,
vendo a agunia do sepulcro cérebro cemitério.
Enfim, não pode ser assim, vive-se então
a partir. A construção, que ningúem ouve,
e daí? Se temos para nós meteoros a cair?
 
Desalento no cemitério

Crítica ao voto e voto ao crítico

 
Ao acordar, de uma noite que quase nem durmi, me senti emocionado,
com esperança de mostrar o quanto, naquele dia, estava eufórico e animado;
e não era por menos, pois exerceria prazeroso a máxima como cidadão,
a atitude mais respeitosa que findava, logo, aquela eleição.
Nesta, percebi o quanto tentam, com falsas ideias e mais lhe subornar,
exigir o que é, nesse cenário, o mais expressivo ato, o de votar.

Estudados, portanto, os encarregados para comandar nosso país,
depois de buscas infindas pelos deveres políticos e civis,
pude encontrar aqueles com ideal apresentável e mais condizente,
merecendo, pós-análise crítica, meu voto tranquilo e conciente.
Confesso o tamanho prazer que tive ao ouvir o sinal que confirmava,
da urna branca e eletrônica, com um som harmonioso na qual soava.

A espera dos resultados conseguiu trazer ainda mais apreensão,
e divulgados os números, veio também outro sentimento: a decepção.
Como pode tantos impróbidos serem eleitos facilmente pelo povo?
Não passa em suas cabeças que toda a corrupção pode se repetir de novo?
Só posso acreditar numa banalização ou desconhecimento sobre o dever;
todos usufruem da campanha circense, e das propostas não há por que saber.

A ação de votar não deveria ser feita por interesse individual,
coisa recorrente, e sim pensando numa esfera muito além, a social.
Entretanto, se não sabemos o que é isso, não há como agir assim:
com primor de mentes decididas, interligadas entre elas, enfim;
mas, tristemente, a massa majoritária ainda é alienada, sufocada,
e, se não bastasse, num mar de prazeres idiotas, vive, ainda, mergulhada.
 
Crítica ao voto e voto ao crítico