O erro como parte da aprendizagem
O erro faz parte do processo de aprendizagem.
Um dia nunca é igual ao outro.
O nosso estado de espírito é variável assim como o erro, que acompanha a nossa vida, dia após dia, hora após hora, pois este não escolhe o tempo, o momento - simplesmente surge quando tem que surgir, pois não somos máquinas perfeitas.
Tem dias que somos um desastre total, mas somos como somos ... seres humanos, falíveis!
Que ele sirva para aperfeiçoar e aprimorar o sorver dos ensinamentos da vida.
Nunca estar satisfeito, melhorando continuamente, aprendendo, é o caminho para sanear o erro, o lapso ... sem esquecer que errar é humano!
Fazer mea culpa é ser grande, humilde, homem ...
João Salvador - 10/02/2016
Rende-te ao amor
Os raios de sol iluminam-te, dançando em teu redor
Tua face irradia uma beleza que invejaria os deuses
Todo o céu faz uma vénia e se arrasta a teus pés
Acariciando-te o rosto com subtileza e ternura
Sentas-te no teu púlpito de mar
Onde as ondas amansam banhando teus pés
Teus cantos de sereia nutrem as almas
Sedentas de amor, adormecendo … saciadas!
O próprio vento rende-se a ti
Sussurra-te ao ouvido palavras doces
Acariciando-te a alma com a sua brisa!
Apesar de venerada pelos elementos sentes tristeza
Sentes falta do amor (puro, verdadeiro e arrasador)
Rende-te a ele. Ali sentir-te-ás completa … e desejada!
João Salvador - 26/12/2012
Estudo e não sei quem sou!
Por mais que me estude não me conheço.
Uns dias sério outras louco ... como me queres?
Dor da saudade
Porque fere a saudade?
Que tormentos afligem o pensar?
Nuvens pairam sobre ti,
Temendo o amanhecer!
Uma dor terrível aperta o peito,
Implacável, sem tréguas,
Persegue a alma,
atrofia o coração!
Vem mulher,
Vem depressa,
Afaga-me esta dor ...
de amor!
João Salvador – 22/10/2014
Vírus da ignorância
A ignorância espalha-se hoje como um vírus.
É recorrente ver-se os ignorantes a rirem-se daqueles que erram, porque estes trabalham, buscam metas, vivem e lutam!
Seguramente que aquele que faz, que labuta, que se esforça, saberá rir dos próprios erros, reconhecendo-os e corrigindo-os.
Não necessitará do riso malicioso, depreciativo daqueles que o pretendem derrubar ou denegrir-lhe a imagem!
Angústia
A mores renascidos
N o calor de noites escaldantes
G anham folego na paixão oculta
U rge juntar os corpos suados
S entir o prazer da luxúria
T irar proveito da vida, matar a angústia!
Í nfimos momentos de êxtase, idealizados!
A tingidos pelo limiar do prazer carnal.
Em que estou a pensar?
Em que estou a pensar?
Ora ai está uma questão de difícil resposta ...
ou talvez não.
Respiro os teus suspiros,
piso as tuas pegadas,
absorvo o teu perfume,
guardo os fios dos teus cabelos sedosos,
que o vento amavelmente transporta até mim.
Nada teu é perdido em mim,
um simples olhar,
ainda que não mo dirijas,
é para mim uma bênção,
um milagre da tua existência ...
e da minha!
A forma do teu corpo povoa a minha mente e alimenta a luxúria,
os pensamentos ... a paixão!...
Em que penso?
Será mais em quem penso ...
penso em ti mulher, em ti!
Desejo tanto que voltes para mim?
Não entendo os medos, a vida,
que importam as regras, as normas, a sociedade.
Que interesse tem a vida sem loucura,
sem te sentir, sem te ter?
Que importa mais um dia igual?
Quero pensar em ti ... quero-te se tu me quiseres! Dá-me um momento para recordar,
para ecoar na eternidade da minha curta vida!
Para que esperar o tempo passar?
Que razão temos para nos afastar?
Entende, ninguém te ama como te amo.
Perguntas-me como sabes que te amo,
não estarei iludido, cego,
pela perdição dos pensamentos?
Responder-te-ei que não sei definir o amar,
apenas o sentir.
Não será amar, o sentir saudade,
o viveres na mente deste ser,
o alimentares desejos, vontades, paixões,
perdições ... então se não é isso não sei o que é o amor.
Sei apenas que preciso de ti!
E tu que queres?
João Salvador - 05/02/2016
Amo-te, como se pode amar
Amo-te, como se pode amar.
Desejo-te como se pode desejar.
Quero-te como se pode querer.
Mas amo-te mais,
desejo-te mais...
quero-te mais,
muito mais que qualquer outro homem.
Que outro amará como eu te amo,
que outro vive respirando-te,
olhando-te, mesmo não te vendo?
Que outro vive sentindo o teu perfume,
mesmo que o não sinta presente?
Que outro vive imaginando-te?
Que outro vive sonhando-te?
Para que outro és o templo sagrado,
para a qual rezo todas as noites?
O tempo não me assusta, sou paciente,
aguardo ansiosamente o enlace dos corpos,
dos nossos templos sagrados, a fusão!
Acendo as velas do coração,
buscando nas profundezas desta alma rendida a ti,
a chama que alimenta este amor intemporal!
João Salvador - 01/03/2016
Caminhante da luz
Que pede a alma que caminha,
pelas brumas,
das suas próprias dúvidas?
Que almeja encontrar,
na meditação das próprias palavras?
Busca significado para as suas tormentas?
Encontrará na sua humilde existência, a luz?
A meta, não é a longevidade, nem o que o move!
Antes a intensidade, a vida errante, cigana, nómada, louca!
Não, ele não quer ser eterno, quer ser feliz.
Paz! Como a anseiam os homens ...
Paz! Como a anseiam os homens ...
Qual o segredo daqueles que respiram liberdade
Desejam ser eremitas, isolado dos tempos conturbados.
Afastados de uma sociedade gulosa, pela sanidade deteriorada,
dos cidadãos que vivem sem viver!
Gritai! Vivemos hoje enclausurados, numa aparente felicidade,
completamente castrados às exigências doentes!
Os fantasmas passam, olham, seguem sonâmbulos,
vendo homens aparentemente felizes, sorridentes, com uma paz invejada.
Oh! Estão tão enganados ...
O coração chora de tormento!
Paz, como és ansiada ...
Um momento apenas, um minuto
Uma almofada doce, tenra, um céu estrelado,
o ar puro, a compelação à natureza.
Abrem os braços, absorvem a luz,
sentem o sol a banhar-lhes a alma!
Mas, nem assim alcançam a paz!
O descanso das amarguras, das mágoas, da dor!
O limite ... é o limite, o acumular.
Dai a paz, a quem a suplica!
João Salvador - 01/09/2016