Tecla, tecla, teclado Dó-Ré-Mí!
Quero hoje lhes falar,
sobre algo especial para mim!
É minha amiga BelaRose
e seu teclado Dó-Ré-Mi...
Quando um dia me contou
que só se aquietava com o teclado,
fiquei muito interessado
no teclado Dó-Ré-Mi.
A ela fiz muitas perguntas,
indagações e questionamentos...
Não entendia como um simples teclado
soltando sons meio embriagados,
ter nas notas ditos talentos!
Perguntei-lhe se o teclado,
meio novo meio usado,
era capaz de me dobrar
com seus encantamentos.
Ela sorrindo me narrou
que o amigo Dó-Ré-Mi,
só si permite o Si, Lá, Sol
se o ouvinte for poeta,
um poeta “Sol, Lá, Si”.
Neste momento quanta tristeza!
Sem jeito e envergonhado,
pois meu coração poeta
era meio relaxado...
Disfarcei meio discreto
as anemias de meus talentos,
pois o som que escutava
não me tinha encantamento!
Eu tão tolo doutrinado
com o Dó, Ré, Mi do mundo,
que não ouvi o Sol, Fá, Mi,
que de lindo era absurdo!
Observei atentamente
tentando me concentrar,
mas só ouvia barulho...
Si, Ré, Mi, Dó...
Dó, Ré, Mi, Fá...
Olhei para BelaRose
e os olhos dela brilhavam,
os dedos dela cantavam
sobre as teclas do Dó-Ré-Mi.
Pareciam dançarinas
na dança dos quinze anos,
dançando avidamente
sem erros e sem enganos...
Foi aí que percebi
como ela viajava,
entregando-se ao Dó-Ré-Mi;
Como ele a inspirava!
Então meu coração poeta
ouviu misteriosamente,
o som da mais linda música
que ali se fez presente...
Foi então que deslumbrei
o famoso Dó-Ré-Mi...
Desde o início já tocava
os acordes Sol, Fá, Mi!
Minha amiga BelaRose,
com você eu aprendi,
que o poeta só é poeta
se desvendar o Dó-Ré-Mi...
Fala-lhes agora o poeta,
sem receio de errar!
Esse teclado tem um dom!
O dom de tudo acalmar...
Tecla, tecla vai teclando...
Tudo, tudo acalmando...
Dó, Ré, Mi...
Dó, Ré, Mi, Fá!