Poemas, frases e mensagens de Franknbea

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Franknbea

Paz Na Vida

 
Na infancia da madrugada,
Quando a barra roxa do céu do leste
Se despega do resto da escuridão
E se torna em violeta e laranja,
Quando as nódoas negras das nuvems
Se descolam e tornam-se outra vez
Em almofadas de algodão...
Nas horas minúsculas quando o mundo dorme
E até o ressonar ainda ressona,
Quando a preguiça é rainha
E só quem está de pé é por preciso ó por amor,
Quando o silencio anda de mãos dadas com o sono
E sonhos de outros mundos atingem o apogeu,
Quando jardineiros acordam e se prepaparam
Para ver outra vez os seus jardins em flor....
Naquela fase em que as almas mais acreditam em fantasia
Em que pesadelos já perderam o poder,
E enquanto combatentes de guerra ainda dormem,
Para dormir até a guerra é interronpida,
Naquelas pequenas horas da manhã,
Na infancia da madrugada,
Então aí, ás vezes existe mesmo,
Por poucos instantes, paz na vida.

O que?????
 
Paz Na Vida

Mãe

 
Mãe,
Será que existe outra palavra
Tão pequena e com um significado tão grande?
Acho que não...
Mãe,
Esta palavra fala-me dos tempos,
Já tão distantes
Em que tu a certos instantes,
Eras uma mulher tão pura,
Cheia de amor e ternura,
Que me seguravas ao teu peito,
Eras o sargento que castigava,
Ou a santa que perdoava,
O mal que eu tinha feito.
Mãe,
Lembra-me de quando
Olhar para teu rosto
Era o mesmo do que olhar
Para um espelho,
E agora já depois de velho
Passo as horas a recordar,
Ás vezes a rir, outras a chorar,
Quando tu cantavas e dançavas,
Ao som da tua própria voz,

Dias passados ao sol
Da minha infancia,
Dias sem stress nem ancia,
Tempos embrulhados num manto
De inocencia, que trazem lagrimas
À cara da saudade,
Embalado nos teus braços,
Coberto de carícias e abraços
Conheci a felicidade.
Será que existe outra palavra como esta?
Ou é esta a palavra mais importante
Que o nosso mundo tem?
Olha, eu não sei, só sei que adoro dize-la
Esta linda palavra
Mãe.

achas? ................
 
Mãe

"A luta"

 
E a luta continua
complicada e mascarada
desmanchada e assaltada
e já praticamente nua
como a velha noite
ao amanhecer
vai dizendo adeus á lua.
Pois a luta continua
maldita forma de vida
de aparencia perdida
sofocada e enforcada
de esprença nascida
e crescendo desmorcida
pra sempre amaldiçoada.
É assim que a luta continua
pobre, triste e mendiga
não há niguem que lhe diga
que a verdade tambem dói
não é só mentir que causa dor
pois a verdade dura se for
tambem vai causar intrigua.
E a luta continua
a luta cabe a todos nós
velhinhos, roucos, sem voz
e pela luta vencidos
sem caminho, loucos perdidos
esmaga-nos e deixa-nos sós,
mas há quem nos quer convencer
que a luta não é invencível
mesmo que pareça incrível
e que nós podemos vencer,
pois a luta continua,
porque viver é lutar
e lutar é viver...

luta luta luta
 
"A luta"

"A Minha Terra"

 
Terra antiga, terra quente
aquecida pelo sol do verão
terra da minha gente
trabalhada pela sua mão.

Terra doce, terra amiga
bem velha e medieval
que a minha gente abriga
é este o meu Portugal.

Praias grandes de areia dourada
mar bravo salgado e quente
campos de centeio e cevada
que deram origem á minha gente.

terra de descrobridores
marinheiros, campinos, pescadores,
terra de maravilhas e flores,
de amizades e amores,
dos tempos que já lá vão
terra bem original
terra de início e de final
É este o meu Portugal
terra linda sem igual
rasgada da minha mão.

terra de chouriço e vinho verde
terra dos pastéis de nata
terra que não mata a sede
mesmo que a sede nos mata.

terra de Afonso Henriques
e Geraldo sem pavor
mesmo que lá longe fiques
sempre a olhas com amor

terra com agua é só lama...
 
"A Minha Terra"

Lições da História

 
Para que serve a história
se não para nos ensinar
que nunca é boa a ideia
para o passado voltar
não me tragas ideologias
que eu não as vou aceitar
os direitos humanos são para todos
e ninguem os pode tirar
se não aprendes a lição
que a história te ensinou
vais parar ao mesmo sítio
que o tempo já levou
a liberdade é preciosa
e mais para quem não a tem
ser livre não custa nada
o que custa é viver bem
estes versos que eu faço
não são para ofender
são mesmo só pra recordar
porque recordar é viver
não olhes pra trás assim tão triste
e com outro sistema a desejar
porque as vítimas desse sistema
já cá não estão pra te avisar
aprende e segue sempre em frente
vai seguindo o teu destino
ajuda a melhorar o mundo
que já é tão pequenino
não te faças egoísta
e não te cobras só em glória
vai seguindo sempre em frente
mas aprende as lições da história

brrrrrr
 
Lições da História

Quadras Engraçadas

 
Ai se eu fosse um poeta,
não me fazia pateta,
faría era só dinheiro,
mas por querer fazer melhor,
tornei-me em professor,
agora nem sequer o cheiro.

Ai se eu fosse bébé,
vou-te dizer o que é,
uma coisa diabólica,
faría uma demonstração,
montava uma organização,
para acabar com a cólica.

Ai se eu fosse um moço novo,
punha-me a falar ao povo,
para mostrar o meu ponto de vista,
começava outra vez a vida,
casava com uma mulher querida,
mas que não fosse uma fadista.

Ai se eu fosse uma mulher,
não queria nem se quer,
um tipo assim como eu,
muito amigo do computador,
com ordenado de professor,
e nada nesta vida é seu.

Ai se eu fosse um palhaço,
punha-me a rir um pedaço,
e não chateava ninguem,
com a minha cara pintada,
não quereria saber de nada,
e assim viveria bem.

Ai se eu fosse um deus Grego,
havia de dar paz e sossego,
ao pobre do coitado Chico,
não liguem a estes versos,
que são estúpidos e perversos,
e eu mais alegre fico.

booo
 
Quadras Engraçadas

Amigos da solidão

 
Amigos da solidão,
mas dão-se muito bem juntos,
tratam-se com dignidade
sem meiguíces e carícias,
são amigos da solidão,
mas dão-se muito bem juntos.
De rostos parecidos,
Irmãos queridos,
por qualquer razão,
amigos da solidão,
mas sempre juntos.
Com a mesma natureza,
e diferentes ideias,
não gostam de coisas feias,
não gostam não,
amigos da solidão,
mas sempre juntos.
Ricos, mas sempre sem sorte,
quando o nosso amor é forte,
até á hora da morte,
vou cantar esta canção,
amigos da solidão,
mas dão-se muito bem juntos.
tornam-se velhinhos,
já cansados coitadinhos,
mulheres e homens trespassam,
os tempos passam,
mas não deixam de ser irmãos,
filhos do mesmo chão,
dão-se muito bem juntos,
mas são amigos da solidão.

olha que levas
 
Amigos da solidão

As bruxas de Moscavide

 
Eram feias cegas e moucas
As vozes praticamente roucas
De tantas pragas rogar
Velhas maciças e loucas
Sem cabelos debaixo das toucas
As irmãs de Baltazar.
Sem dentes e de cara bem feia
Davam graxa á lua cheia
Para poderem embruxar
Algum inocente que passava
Sempre com a caldeira meia
Assim conseguiam alcançar
O destino que o diabo lhes dava.
Eram bem malvadas e tortas
Mesmo já quase mortas
Ainda só diziam palavrões
logo depois de enterradas
Suas barracas foram roubadas
Por uma quadrilha de ladrões.
Mas a sorte não estava com eles
Porque lhe enrugavam as peles
Quem ler isto que não duvide
A ultima praga sem cura
Veio mesmo da sepultura
Das bruxas de Moscavide.
Os pobres ladrões coitados
Ficaram admirados,
Mas não disseram a ninguem
Assim que recuperaram
Ali nunca mais voltaram
E fugiram para Sacavem.

O bruxedo existe em toda a parte
 
As bruxas de Moscavide

Entre Orações e Queixas

 
“ Anjo da guarda,
minha doce companhia,
guardai a minha alma,
de noite e de dia.”

Eu ouvia esta oração
da boca da minha mãe,
quando os filhotes apareceram
pra eles a disse tambem.
Oração tão pequenina,
mas para mim que diz tanto
cheia de graça e divina
que até me faz encanto.
Aqueles quem a sabem
se calhar já não a dizem
quando lhes chega á cabeça
talvez até mesmo se riem.
Mas eu vou continuar a rezar-la
que é para não me esquecer
talvez um dia os meus netos
tambem a irão saber.

Numa madrugada tão cedinho
que o orvalho ainda estava deitado
levantei-me acordadinho
alerto e bem despertado.
Puz-me a ouvir o vento
a sussurar pelas telhas
o céu pintado de cinzento
e estas casinhas tão velhas.
A igreja da minha aldeia
tem ar de velha e cansada
a cor que tinha já está feia
e é muito mal frequentada.
quem hoje entra dentro dela
já não é para ir rezar
só por espreitar á janela
já sabe que vai fechar.
Com tão pouca freguesia
dá impressão que o padre até
fazia o que podería
para aumentar mais a fé.
Mas este pastor tão pequeno
não sabe guardar o seu gado
é arrogante e cheio de veneno
e deixa-me todo enraivado.
Parece impossível que esta
é a terra do Papa João Paulo segundo
Pois este padre é uma besta
bebado, dorminhoco e moribundo.
Não estou a exagerar
estou só a fazer uma queixa
quem quer pode acreditar
quem não quizer, não quer, então deixa.

se queres mais toma
 
Entre Orações e Queixas

“ O Céu Do Meu Portugal”

 
No céu do meu Portugal
Vejo uma estranha beleza
Vejo o meu estado final
Cheio de esperança e tristeza

Nesse azul tão profundo
Que é o céu do meu país
Sinto saudades sem fundo
Onde deixei minha raíz

Quando sonho sempre espero
Ver esse encanto sem igual
Pois hoje é só o que eu quero
É ver o céu do meu Portugal

Este poema só está certo
Se eu chegar ainda afinal
A deixar este deserto
Pra ver o céu do meu Portugal

Eu sei que isto é só um desejo
Mas desejar não fáz mal
Eu só quero ver o rio Tejo
Sobe o céu do meu Portugal

Deixem me acabar esta poisia
Antes do meu suspiro final
Antes de morrer só o que queria
Éra ver o céu do meu Portugal.
 
“ O Céu Do Meu Portugal”

"Meu rico Portugal"

 
Debaixo da minha bandeira
debaixo do verde e vermelho
Não deixo que niguem me pise
não aceito o seu conselho.

Debaixo das minhas ricas cores
sinto um orgulho bem forte
posso andar por todo o mundo
mas sou um Tuga até á morte.

Já provei o vinho verde
e o meu sangue é encarnado
Sou Portugues de nascença
mas pelo o mundo espalhado.

Benfiquista de preferencia
Poeta por vocação
Não tenho voz pra cantar
mas sou fadista no coração.

Já pisei o cabo de Sines
e dei passadas em Alfama
já vi Évora, Beja e Coimbra
e a ponte Vasco da Gama.

Já estive na Nazaré
Fatima, Batalha e Porto
queria correr Portugal a pé
antes de estar quase morto.

Em Grandola fraternizei
fui grande no Campo Pequeno
já fiquei mal em Benfica
na vila fiquei moreno.

Em Moura já fui Cristão
e já chiei no Chiado
Já ouvi Castro em Cuba
a Ada a cantar o fado.

Já fui Franco em Vila Franca
e comi Sardinhas no Pombal
estive triste em Portalegre
No meu rico Portugal.

1...2....3
 
"Meu rico Portugal"

“Dois Passarinhos Prateados”

 
Dois passarinhos prateados que voavão
Num céu azul e deslumbrado
Tornaram-se cor-de-laranja, amarelos e vermelhos
Num acto horroroso e esmigalhado
Para encher as nossas almas de terror
E deixar o nosso espírito queimado
A inocencia e o valor foi raptado
Democracia uma coisa do passado,
Uma década de guerra e sofrimento
Foi o inevitável resultado.
Duas torres que significavam liberdade
Que se esticavam como agulhas para o céu
Eram símbolos daquela linda cidade
Eram espelhos de tudo quanto era meu
Aço forte e ardente a derreter
Tantos pobres inocentes a morrer
Tantas lágrimas choradas sem querer
Tantas histórias tristes de sofrer
Tantas saudades que quero matar e sem poder
Esse dia mesmo já distante... Não vou mais esquecer
Os dois passarinhos prateados que voavão
Nesse céu azul do dia onze de setembro
Ainda hoje tremo de terror, porque me lembro... Porque me lembro...

maldita a hora...
 
“Dois Passarinhos Prateados”

Verão Indiano

 
Setembro já entra cansado,
ansioso, triste e assombrado,
sabe que o verão já está passado,
e sol voltou-lhe as costas, malcriado.
Ahh! mas quando o sol vem ainda é quente,
dá soriso a muita gente,
apesar do outono estar já em frente,
faz com que o pessoal se sente,
outra vez no meio do verão,
o publico vem para fora em multidão,
abandona tudo, deita tudo ao chão,
e sai como brincalhão,
para cortir um bocadinho de calor,
e dar espressão ao humor,
e alguns matar saudades do amor,
da vida vivída ao ar fesco,
no parque fazem outra vez, piquenique de cesto,
para reviver as paixões,
da liberdade das multidões,
fazerem tudo o que quiserem,
é isto a que alguns se referem,
como um verão Indiano,
poeirento como um cigano,
com orgulho e força de vontade,
para dizer agora a verdade,
é coisa que máta a saudade.

espera que já levas
 
Verão Indiano

Pelos olhos de uma criança

 
A ver tudo pela primeira vez
Com a claridade nítida de criança
Compreendendo pouco mas percebendo tudo,
Com os olhos em focus e um toque muito delicado
A única arma que tems é a verdade
E a inocencia parece ser o teu drime.

Para ver o mundo pelos olhos de uma criança
Para ver um universo num parque lá do bairro da cidade
Para sentir a passagen do tempo muito mais devagar
Para aceitar o teu estado social mesmo que seja muito baixo
E quando brincadeiras e gargalhadas são facil de achar
Quando sonhos são fantasías e as fantasías são loucas.

Para ter o ímpeto e a energia de um rapaz
Para ter o mundo inteiro estendido a sua frente
Para ser mestre de um futuro que não podes ver
Para ter a fortaleza de espírito e a coragem para apenas ser
E não se importar de ter que esperar nas bichas
E por usar esse tempo perdido a reconquistar outro brinquedo.

Para escrever uma aventura e depois ir vive-la
Por ver um filme e sempre ver um fim feliz
Por ter uma leveza incrível de ser
Por dormir o sono dos mortos sem mesmo ver
Todos os horrores do mundo, sem ofender ou ficar ofendido
Para sentir o ar frio da madrugada e depois ainda o respirar.

Por achar comforto nas palavras de uma pessoa desconhecida
Mesmo que tenhas sido aconcelhado a não faze-lo
Por aceitar que há coisas que não vais poder controlar
Para viver a vida louca de um poeta sempre a rolar
Mesmo que tenhas sido avisado para não caír nessa
E avisado para não te pores em perigo.

Para brisar ao longo da vida em paz e tranquilidade
Enquanto tudo mais é selvagem e com esperança
Por ver o mundo pelos olhos de uma criança

sim, fui eu
 
Pelos olhos de uma criança

O Mar de Sangue

 
Durante a formação do reino de Portugal
Que se passou há já quase novecentos anos
Ouve lendas e ditados que ficaram na história
E outros que nunca passaram de enganos.
Um dos que eu mais gosto de contar
É o do milagre dos campos de Ourique
Que sucedeu ao nosso primeiro rei
E que sempre na história fique.
Passou-se assim como vou contar
Esta lenda tão linda
Que apesar de ser tão antiga
Niguem a esqueceu ainda.
Afonso Henriques que era
Conde Portucalense e cavaleiro
Resolveu dar batalha em Ourique
Aonde chegou primeiro.
Os adversários eram bastantes
Ricos, fortes e poderosos
As famílias dos Almoravids
Bem bravos e corajosos.
Mas Dom Afonso não tinha medo
Este era o fidalgo que desafiava
O líder dos seus inimígos
Para ver se o encravava.
Ele punha-se em frente das suas tropas
E chamava o seu oponente para duelo
Para evitar derramar o sangue dos seus homens
E tambem assim para bate-lo.
Ao chegar aos campos de Ourique
A notícia chegou aos seus ouvidos
Que as forças dos mouros eram muito superiores
E que os cristãos já estavam vencidos.
Na noite anterior á batalha
O Conde teve uma visão
Em que lhe apareceu São Tiago
E Jesus Cristo de espada na mão.
De ver tão altas divindades
Muito emocionado ficou
E durante a aparição
Foi Jesus que lhe falou:
“Senhor Conde o senhor vai
Ganhar uma batalha gloriosa
Que vai ficar gravada na história
E será para sempre famosa.
Escute o que Eu lhe vou dizer
E não quero que o senhor se zangue
Pois amanhã vou lhe mostrar
Um mar pintado a sangue.”
Dom Afonso ficou convencido
Que a vitória ia ser sua
Mesmo sem ter bem percebido
Ajoelhou-se á luz da lua.
Ainda de noite deu ordens
Que as notícias fossem espalhadas
Pelos exércitos dos mouros
E para serem bem trabalhadas.
De manhãzinha bem cedo
Ainda o céu do leste estava lilaz
Formou os seus soldados em fila
E po-los a marchar para trás.
Os Emirs dos mouros confusos
Decidiram em perseguir
Aquele cristão meio maluco
Que agora tentava fugir.
Com metade do seu exército
Ficaram brancos de exangue
Quando de um monte avistaram
Os Portugueses a atravessar um mar de sangue.
Supersticiosos e cheios de medo
Os mouros retiraram-se em grande algazarra
A fugirem dos Portugueses
E daquela visão tão bizarra.
O Conde virou os seus homens
Naquele sanguíneo mar
Naquele campo de papoilas
Que a briza estava a ondular.
Com os inmígos em fuga
Foram facimente derrotados
Mortos de várias maneiras
Estripados e decapitados.
A morte dos principes mouros
Foi uma coisa exemplar
Degolados em frente aos seus homens
Para na memória ficar.
Os cinco principes foram homenageados
Com uma honra imortal
Ficaram para sempre as cinco quinas
Da bandeira de Portugal.
Foi assim que o Conde ordenou
E a palvra dele era lei
Depois que a batalha ganhou
Logo aí se declarou Rei.

[i]Esta lenda é ficção, desde que não existe nehum documento histórico que descreva a batalha de Ourique, e até há historiadores que digam que a própria batalha foi lenda. Não há acordo, entre os sabedores e comentadores da nossa história, do local exato aonde a famosa batalha tenha sido contestada, e por isso foi relegada a lenda. Por minha parte, eu desejei dar-lhe um toque romantico para que o passado seja um pouco mais alegre. Francisco Letras

[/i]

É bom conhecer o passado, mesmo que não seja verdade
 
O Mar de Sangue

Sou e Serei Sempre a Saudade

 
Se me procuras, não me encontras
eu nunca estou á tua mão
sou como a neve derretida
e espézinhada no chão.
Eu sou como o vento que passa
sem nunca querer parar
por mais ou menos que eu faça
nunca chego ao teu olhar.
Sou como a névoa que cobre
os campos ao amanhecer
sou como a geada que cai
no inverno ao anoitecer.
Sou como o fumo que escapa
do lábios de um fumador
sou como a angústia forte
na alma de um sonhador.
Sou o sol da madrugada
sou o bater da chuva no mar
agua ençonsa, agua salgada
mas quem é que vai notar?
Sou uma flor em botão
mergulhada em nitrogênio puro
não há enxaqueca que,
se eu não quiser não curo.
Sou o respiro de uma sereia
sentada á beira do mar
o bater das asas de uma fada
pela floresta a voar.
Sou uma orquídea raríssima
uma lágrima claríssima
uma joia bem caríssima
sou tudo isto e não sou nada,
sou o suspiro da morte
sou a alegria da sorte
sou a ausência do amor
sou o sofrimento e a dor
sou a saudade de tudo
de ser homen ou miúdo
sou a vida solitária
que o ermita tem diária
sou a vida ofuscada
sou e serei sempre a saudade,
sou tudo e tambem não sou nada.

atchooooo
 
Sou e Serei Sempre a Saudade

Palhaço

 
Olhos grandes, castanhos,
Cara redonda,
Feições de palhaço,
Ó sería a desposição dele,
Que o fazia parecer assim,
Sempre alegre, brincalhão,
Espírito de aço.
Cabelo branquinho, cor de neve,
Um pai de natal sem barba, e sem capucho,
Cozinheiro para cozinheiros
Que passava dias inteiros
A fazer pratos espetaculares
Saborosos, bonitos mas sem luxo.
Mãos de trabalhador,
Sempre a querer fazer,
E quando já pouco podia...
Sem esmorecer.
Homem pobre, de coração rico,
Ei de ficar sempre contigo,
E se eu falhei, a culpa não foi tua,
Meu palhaço, meu Pai, meu Amigo

eu não quero
 
Palhaço

Nevão

 
A neve cai em flocos
Sobre um mundo branco e silencioso,
A temperatura baixa
Até se ter de cobrir
Todas as extremidades do corpo,
Faz-me menos orgulhoso.
A neve tapa tudo,
Um cobertor branco de pureza,
A respiração torna-se
Em nuvenzinhas de vapor,
O vento sussurra pelas árvores nuas,
Uma sena que dá saudade á tristeza.
Quando para de nevar não leva muito
Para se ouvir os primeiros gritos,
Crianças com corações a palpitar
A ver quem faz bonecos de neve e gelo
E depois decidir quais são os maiores e mais bonitos.
Uma manta de neve já caída,
Aonde as pegadas não pertencem a ninguem,
O mundo todo espreita pelos cortinados, a natureza,
Para se admirar e elogiar esta beleza,
Que recem caída, branca e gelada, a neve tem.

avalancheeeeeeeeeeeeeeeeeeee
 
Nevão

Escreve, escreve meu poeta

 
Escreve, escreve meu poeta,
dá voz ás tuas emoções,
esmigalha as palavras secas,
e mata a sede aos corações.
Cala-te se não tens nada pra dizer,
mas grita até teres a voz rouca,
espalha a tua arte pelo mundo,
com esse sentir tão profundo,
não o deixes morrer na bouca.
Venham artistas grandes e pequenos,
venham grandes trovadores,
saltimbancos em barrancos,
aldrabões, canalhas e francos,
provocar outros amores,
e beber outros venenos.
Venha a magía e a fantasía,
venha a porca da poesía,
que nunca nos fala a verdade,
porque o que o poeta sinte,
não sabe escrever e minte,
sem nunca revelar a idade.
Escreve, escreve meu poeta,
não te armes em pateta,
como o bobo da aldeia,
vem descrever a lua cheia,
para amaciar a dor,
vá lá escreve esses versos,
muito estranhos e diversos,
tão soltos, sem aliceços,
mas que vão dar á história cor.
Escreve e descreve bem,
toda a dor que o mundo tem,
e porque anda tão magoado,
cheio de nódoas negras e rasgado,
já tão velhinho, coitado,
destruído e amaldiçoado,
protegido por ninguem.
Escreve, escreve meu poeta,
nunca pares de escrever,
escreve bem e descreve,
cenas da fome e da greve,
mas não pintes cores falsas á neve,
escreve, escreve meu poeta,
escreve e deixa viver.

mashhhhhh
 
Escreve, escreve meu poeta

Quadras ainda mais soltas

 
Sorrir não custa nada,
nada pode custar tudo,
tudo pode custar nada,
não custa nada sorrir.

Lutar contra o vento é lutar em vão,
como tentar apagar um incendio
com uma gota de orvalho,
não adianta nada o trabalho,
é mesmo lutar em vão.

Se a rugas são feitas pelo sol,
e a saudade feita pelo desgosto,
que será feito do pobre,
que perde alguem querido em agosto?

Se amanhã nunca cá chega,
e ontem já se foi embora,
hoje é que é para viver mesmo,
pois nós só temos o agora.

Eu quero rasgar o tempo,
por ele ser tão traiçoeiro,
pois não me dá nem mais um minuto,
por mais que eu lhe ofereça dinheiro.

Gostava de voltar atrás,
e desfazer o que já fiz,
viver a vida sem rancor,
rir, amar e ser feliz.

Não custa nada sorrir,
tudo pode custar nada,
nada pode custar tudo,
sorrir não custa... nada.

É ó não é?
 
Quadras ainda mais soltas