Poemas : 

Entre Orações e Queixas

 
 
“ Anjo da guarda,
minha doce companhia,
guardai a minha alma,
de noite e de dia.”


Eu ouvia esta oração
da boca da minha mãe,
quando os filhotes apareceram
pra eles a disse tambem.
Oração tão pequenina,
mas para mim que diz tanto
cheia de graça e divina
que até me faz encanto.
Aqueles quem a sabem
se calhar já não a dizem
quando lhes chega á cabeça
talvez até mesmo se riem.
Mas eu vou continuar a rezar-la
que é para não me esquecer
talvez um dia os meus netos
tambem a irão saber.

Numa madrugada tão cedinho
que o orvalho ainda estava deitado
levantei-me acordadinho
alerto e bem despertado.
Puz-me a ouvir o vento
a sussurar pelas telhas
o céu pintado de cinzento
e estas casinhas tão velhas.
A igreja da minha aldeia
tem ar de velha e cansada
a cor que tinha já está feia
e é muito mal frequentada.
quem hoje entra dentro dela
já não é para ir rezar
só por espreitar á janela
já sabe que vai fechar.
Com tão pouca freguesia
dá impressão que o padre até
fazia o que podería
para aumentar mais a fé.
Mas este pastor tão pequeno
não sabe guardar o seu gado
é arrogante e cheio de veneno
e deixa-me todo enraivado.
Parece impossível que esta
é a terra do Papa João Paulo segundo
Pois este padre é uma besta
bebado, dorminhoco e moribundo.
Não estou a exagerar
estou só a fazer uma queixa
quem quer pode acreditar
quem não quizer, não quer, então deixa.


se queres mais toma
 
Autor
Franknbea
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