Jogo ou Imaginação
Tenho certeza, de que:
Vi teu rosto
teu corpo
Ali sentados
No alpendre da
Solidão!
teus olhos
teus lábios
ali jogados
numa íntima
imaginação!
O Rio e os Caminhos das Águas
A volta que o rio dá
envolve um rumo
de caminhos isocronos
junta-se a isso,
a tristeza facciosa das
terra mortas...
O rio leva consigo
idéias e sonhos
de homens...
que perderam a alegria,
mas não a bravura
de construir toda uma vida
consumida pelas
águas!
Em o tempo, o teu tempo
Para Deise
Brigo com o tempo agora Plantando acácias no meu jardim... Ensismemado pelas lembranças do teu sorriso, do teu olhar, as vezes perdido no além E as águas dos rios que transbordam Exaurindo amor, amor em cachoeiras infindáveis Destroçam o meu corpo, transformando-me em uma subparticula, em um nada do nada.... O amor até que insiste Mas o rosto, como um trem que já partiste-te Já choras, e a flor deflora a lua fora de hora Como diz Pessoa, da criança que choras e que ficou na estrada do outrora... Valerás quebraste-te - O Cristal de Acromo? Amar-te, meu amor na ilusão do desamor da sua ramagem juvenil! Fui e vou chamá-la de:
Amor!...
Edvaldo Albino
Você é uma Flor
Quando penso em você
Vejo uma flor
Quando vejo uma flor
Que, que, é, se não você?!..
Hai Kais
Tudo é poesia, quando o poeta
pare um verso.Pré ou pós verso
Menina dos olhos verdes
Vem fazer do meu peito, a tua rede
Eu,
tu,
Nús, fazendo sexo, anexo ao nós...
Canção a uma Poetisa
Toda a dor
que eu canto
Eu choro
Toda a lágrima
que eu derramo
È porque te amo...
É porque te amo, o âmago
È porque te amo, a poesia
È porque te amo, a melancolia
Haurida na minh'alma vazia
Na distância navegamos
Deleitamos no luar,
nas gotas d'águas
no último raio de sol
Todas as palavras
que tu leras
Serás prá cortar
o silêncio
E rebrotar
a nossa flor
A poesia
A paz
E
O
Amor
Canção do Cristal de Acromo
Nas cálidas areias da virgem ilha,
Os teus pés irão tocarem
Nas palmas das tuas mãos
Hás de sentir o frio das águas
Do anil quando olhares
Este invadirás teus olhos
E haverás de soluçares
Sonhando comigo, sozinha, cercada de águas
E eu! Onde estarei?...
Distante de ti, distante das águas
Sem ouvir, e sem dizer absolutamente nada
O amor que é bom...
Falarás mais alto, aos teus ouvidos
Ao olhares o cristal de acromo, verás escrito
o meu nome!
Edvaldo Albino