Poemas, frases e mensagens de Samukas

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Samukas

Passaro alegre

 
Voei, voei
sobre nuvens estranhas
nos ares caminhei
nos ares de desconfianças.

Meu destino é incerto
sigo o meu sortudo pensamento
batendo as asas a todo momento
rumo ao renascimento.

O céu é vasto
pequeno sou
para o infinito da alma vou.

Não existe caçador que me abata
sou pensamento livre e estatico
rumo ao mundo magico.
 
Passaro alegre

Firmeza

 
Vento sopra
o mar morto se agita
o sol brilhará.
 
Firmeza

Derradeirismo

 
Nada mais que duas;
noites tudo passou;
nas horas frias;
tudo desabou.
 
Derradeirismo

Umunthu

 
Dentres cais do coração
nasce a resplandecência
elendadas na âmplitude do sertão
capando toda a discrepância.

Somos imperfeitos
para sentimentos não há peritos
em cada peito frio
plantados em sacrilegio.

É humanizado todo
que autenticamente aspira
para a vivência todo tempo.

É estar em sintonia
com a vida sem profias
vivendo uma em varias vidas.

Umunthu-dialecto falado em Tete/Moçambique. Umunthu= humanismo.
 
Umunthu

Janete

 
Lá fora
o luar bate com força,
as estrelas quase se perdem
e o vento sopra baixinho.

Cá dentro
a solidão impera
e o desespero me afoga devagarinho
tudo por te amar, Janete.
 
Janete

Decisão

 
Estado selectivo
amargurado e necessario
pois embalado em bom animo
ao manter-se vivo.

Desde os ribeiroês
que nascem no coração
traz-me a convicção
de contrariar multidoës.

O que Deus deu-nos
o guia pra humanos
nas horas onduladas
pra sermos inderubados.

Dor doce, alivio amargo
em nossa mente faz algo
embetumando nos de fé
ao fazer a escolha
em cada gota que molha.
 
Decisão

Deslize da balconista

 
Lá no guiché da tarde
vem atendendo com verdade
o paladar de som gordo
é ele todo aprumado.

Por voses ressonantes
gratinando no grasnar
no seu fazer
gratificantes acçoës por amar
e por amor viver.

Olhares invasores
palavras passageiras
motivos desapontadores
sorindo por inquietidão
emocionante do sertão friorento...
Temperado pela solidão.
 
Deslize da balconista

Rugas do garimpeiro

 
O sol vem abrasando-me quando relembro do que aprendi nas matas ensavanadas de Moçambique; lá onde o galo prende o cacarejo, onde a cascavél não descasca-se, onde o camaleão perdeu a fútil metaformose. Lá onde é tudo e nada... No lugarejo de curta metragem, lugar populoso maís sem dialógo. É lá onde lutadores de vida ao fim do dia regressam. Alguns condecorados por bravura e outros covardeados... Más que será?
Poderá ser pela força divina! Que não disponibiliza o nosso imaturo e inatado desejo encantado por falsas afirmaçoês que se dilatam na boca imunda de dizeres aguçados? De que reclama o garimpo? Quando o solo com sua cara não viajou, a natureza seguira o seu percurso, sendo justa com todos, por mais que a dor refrigere, temos que pensar no melhor e com o divino não se opor. Todos somos iguais... Pois não adianta chorar sobre o leite que ao pó fluiu, melhor é apagarmos as vãs recordaçoës do sofrimento alheio e da vergonha que verte do insucesso e das nossas malignas ambiçoês.
 
Rugas do garimpeiro