Poemas, frases e mensagens de LucasWillian

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de LucasWillian

O Mundo

 
O mundo já não é como antes,
As manhãs eram iluminadas,
Com paisagens deslumbrantes,
Nossas vidas encantadas.

Lembra o sol nascente,
Que nas manhãs nos acordava?
O arco-íris confidente,
Que bons olhares despertava.

O verde da floresta,
O azul pulcro do mar.
Nossa vida era uma festa
Banhada da luz do luar.

Lembra o sol poente,
Que nos enchia de amor?
Dele fomos dependentes
Pois nos unia ao seu favor.

“Nossa união nunca desaba,
É nossa amizade quem diz!”
Mas tudo que é bom um dia acaba,
Essa história não termina feliz.

Hoje eu acordo com o cheiro da fumaça
O meu despertador de todo dia.
Agora eu sei que tudo passa,
E, contudo, se foi minh’alegria.

Hoje o sol nasce tossindo
Com o negro da poluição
O arco-íris não está mais surgindo
Nessa imensa escuridão.

Antes as árvores simbolizavam nosso decreto
Que exigia o puro amor.
Hoje virou a natureza de concreto
Onde o ódio é motivo de pavor.

Tudo já não é como era,
O ar era mais puro.
Nossa amizade mais sincera,
Hoje nada é mais seguro.

Hoje tudo é tão rude,
Parece que a paz não se estuda.
Até o mundo que antes esbanjava saúde,
Hoje grita por ajuda.
 
O Mundo

Por Onde Anda o Sabiá (Uma Outra Canção)

 
Por onde anda o sabiá?
Para onde é que foi, onde está?
E as canções que se ouvia por cá
Eram canções derradeiras?

Por onde anda, onde andará?
Será que o viram ou que virá?
Ou que não volte mais, será?
Cismo eu, noites inteiras.

Pois minha terra tem palmeiras,
Tem coqueiros, tem cedreiras,
Tem ipês e laranjeiras
Que melhor e igual não há.

Tem campos de folhas rasteiras
Tem flores nas oliveiras,
Minha terra tem palmeiras
Mas onde anda o sabiá?

Alguma razão para que se vá?
Cantando em algum lugar estará?
A canção que certamente faltará
Nessas terras de coisas passageiras.

Pois percebo um vazio que aqui há.
Mas reparo que aos redores de cá
Não sumiu somente o sabiá...
Por onde andam as palmeiras?
 
Por Onde Anda o Sabiá (Uma Outra Canção)

Poema Sujo

 
Ó homens,

Esperavam mesmo ver algo bonito,
Ver a ternura de um poema bem escrito?
Sem que jamais delineasse a tua cobiça
Do poder que desde sempre te enfeitiça?

Desejam mesmo ofuscar toda a tristeza
Insistindo em tanta coisa que entristece?
E ainda estranha este poema sem beleza
Que tanto insiste em retratar o que acontece?

Pois enquanto o mundo estiver em meio
Da feiura, da sujeira de todos os seus atos
Muitos dos versos fugirão da beleza, ingratos
A descrever-te em um poema sujo, um poema feio.
 
Poema Sujo

Concentração nos Campos Mortos

 
Concentração nos Campos Mortos
 
Repudiam as flores de ali brotar,
Campos mortos vastos de mais nada.
Que para a vida ali não há lugar
Concentrando somente a foice içada.

Concentração nos campos mortos.
Do mar de gente a vida vai embora
Trazida pelos trens em trilhos tortos
E que agora a leva portão afora.

Concentram-se agora sobre a terra vazia
Milhões de mártires da vida em liberdade
Na esperança que os tristes campos um dia
'Floresçam no brilho da tua felicidade.*

*Trecho do Hino Nacional Alemão

Às vítimas do Holocausto nos campos de concentração e toda Segunda Guerra Mundial
 
Concentração nos Campos Mortos

A Rua da Saudade

 
Numa cidade chamada Vida,
Em cada rua que se invade
Entre alamedas e avenidas,
Me vejo em pesar da realidade.

Caminhando nas vindas e idas
Me desespera a posteridade
Por me deixares na Rua da Despedida
Me levando pra essa Rua da Saudade.

Uma rua mórbida e entristecida
Onde a tristeza é de naturalidade,
Mais parece um beco sem saída
Distante das ruas de tranqüilidade.

E com a Rua Nostalgia é divida
Até a Rua das Lembranças na extremidade,
Cruza com a Rua da Amargura na descida
Que parece não ter mais finalidade.

Pois quando a pessoa é tão querida,
É difícil se conformar com a verdade
De caminhar por essa rua tão sofrida
E não mais te encontrar nessa cidade.

Porque cada um partirá um dia dessa Vida
E levará alguém para triste Rua da Saudade,
A esperar na Rua dos Encontros sua partida
Para caminhar juntos até a Rua da Felicidade.
 
A Rua da Saudade

Momentos

 
 
Muitas vezes eu já me entristeci por querer estar sempre feliz,
Já sorri sem ter motivos, já chorei só por vontade de chorar.
Muitas vezes eu já insisti quando tudo parecia estar perdido,
E já quis desistir quando as coisas estavam só para começar.

Já me arrependi por muitas coisas, mas já fiz tudo novamente,
Já tentei esquecer algo com a certeza que não iria conseguir,
Já senti o gosto da tristeza ao chorar sentindo falta de alguém,
E por ter alguém para sentir falta, já provei a alegria ao sorrir.

Por muitas vezes eu já quis trocar o amor por uma incerteza
E já amei acreditando que eu também estava sendo amado.
Já fui amado quando eu não sabia corresponder um amor,
Já confiei em alguém e já me decepcionei por eu ter confiado.

Já fiz amigos que o tempo não vai impedir de eles serem eternos,
Já conheci pessoas que para sempre farão parte de minha história,
Já tive momentos de choros e risos que me ensinaram a viver,
Por pessoas, lugares e emoções guardadas em minha memória.

Já tive medo de sonhar e já arrisquei tudo em busca de um sonho,
Já acreditei no para sempre sem saber que sou eu quem o faço acontecer.
Já me dei conta que é pior ficar feliz sozinho do que triste com alguém,
E que a felicidade não é se deixar por existir e sim arriscar-se a viver.

E é por isso que estou aqui, vivendo para que muitos outros ´jás’ aconteçam,
Sentindo que nunca é hora de parar no tempo por coisas que ficaram para trás,
Sabendo que não há nada de mais belo vivermos em busca de nossa felicidade,
E tendo esses momentos que me fazem viver cada minuto como nunca mais.
 
Momentos

The Falling Couple

 
- E hoje que era para ser como qualquer outro dia,
Num fim de verão de um céu ainda claro e puro.
Mas olha você agora, quem é que imaginaria,
Nos ver o desespero neste céu que parecia seguro.

- Vê que num lugar de tanto ódio a gente só queria um amor,
E como dói a aflição de te ver nessas lágrimas que derrama.
Como é que eles conseguem vir espalhar todo esse rancor,
Sem pensar que no mundo ainda existe gente que se ama?

- Vem que não existe mais lugar que a gente possa fugir,
Que meio a todo pavor, da tua mão não me desconcentro.
A gente já não tem pra onde correr e esta gêmea vai cair.
Vem que não é de mentira o avião que está aqui dentro.

- Salte dessa janela, feche os olhos para o mundo e me dê à mão,
Já não existe calma para ficarmos aqui como se nos acedesse.
O amor, tão forte quanto o segurar da sua mão, não nos levará ao chão
Mas nos fará subir ainda mais para um lugar muito melhor que esse.

Inspirado em uma imagem do ataque ao World Trade Center em que duas pessoas saltam de mãos dadas de uma das torres.
 
The Falling Couple

A Rua da Saudade

 
 
Numa cidade chamada Vida,
Em cada rua que se invade
Entre alamedas e avenidas,
Me vejo em pesar da realidade.

Caminhando nas vindas e idas
Me desespera a posteridade
Por me deixares na Rua da Despedida
Me levando pra essa Rua da Saudade.

Uma rua mórbida e entristecida
Onde a tristeza é de naturalidade,
Mais parece um beco sem saída
Distante das ruas de tranqüilidade.

E com a Rua Nostalgia é divida
Até a Rua das Lembranças na extremidade,
Cruza com a Rua da Amargura na descida
Que parece não ter mais finalidade.

Pois quando a pessoa é tão querida,
É difícil se conformar com a verdade
De caminhar por essa rua tão sofrida
E não mais te encontrar nessa cidade.

Porque cada um partirá um dia dessa Vida
E levará alguém para triste Rua da Saudade,
A esperar na Rua dos Encontros sua partida
Para caminhar juntos até a Rua da Felicidade.
 
A Rua da Saudade

Poesia de Bolso

 
Poesia de Bolso
 
É tarde,
Os poetas devem saber bem como é.
Enquanto a noite calmamente passa a água ferve.
Bem, você sabe, para fazer um café.

De bolso, sim!
É o que me move a caneta, é essa mesmo a ideia
Para que as pessoas a leve como a anarquia as levam.
Um lugar para uma simples inquietada epopeia.

Esperançosa,
Desejando preenche-los como os vazios do papel
Ornando-se, tomando sua voz entre o silêncio da noite
A fazer-lhes entoá-los a vida como um menestrel.

Pronta!
Insiste, agora, o mais precioso dessas pessoas corriqueiras
Mas não, engana-se em procurá-lo lá em seu coração
Quando, para eles, está ali no mesmo bolso, dentro de suas carteiras.
 
Poesia de Bolso

O amor que não é mais correspondido

 
Ainda sim é fogo que arde como dizem
Em que o alento de sua lenha é perdido,
E passa a viver só da força do seu ardor
O amor que não é mais correspondido.

Que busca forças não se deixando apagar
E vai queimando, ele sozinho persistente.
Que não encontra o que o mantinha aceso
E vai teimando por sua lenha inexistente.

Mas como todo fogo precisa de sua lenha
Também o amor de um ao outro se sentir,
Ninguém pode evitar que o tempo venha

E que um sem o outro conseguiria resistir
Pois sem amor não há amor que se mantenha
Que com o tempo também deixará de existir.

Referência a Luís Vaz Camões
 
O amor que não é mais correspondido