Deaencontro
DESENCONTRO
Hoje te procurei pela cidade
Mas não te encontrei .Meu coração
Bateu...bateu sem resultado
Mas todo o meu esforço foi em vão.
Queria falar contigo ,dar-te beijos
Rever-me em teus olhos e abraçar-te
Mas em mim ruíram meus desejos
E terei que esperar outro dia para amar-te.
O amor gosta sempre de enganar
Sobretudo se sabe quando dois
Estão sempre com paixão de se encontrar.
Esse momento virá louco depois.
E com loucura voltaremos a amar.
E só saberá Deus e os lençóis.
Esquecimento
ESQUECIMENTO
Enquanto eu viver, eu vou-te amar
Cantando-te em meus versos, meu amor.
Mas quando chegar a hora de partir
Eu sei que vou sentir imensa dor.
Durante o meu ocaso eu te amei
E foste única dona do meu ser.
Mas quando, por fim, atravessar o rio
Eu sei que tu por fim, vais me esquecer.
É isto que acontece a toda a gente.
Enquanto se vive, ama-se muito até à exaustão
Mas no fim só se mostra aos outros sentimento.
Tu querida, ainda tens muita vida pela frente.
Amei-te. Os meus versos o provam. Aí estão.
Serão nossa vida, ternura ,saudade. Não esquecimento.
volúpia
«No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!»
Inspiração: Florbela Espanca: Volúpia
VOLÙPIA
Num poema que há dias te escrevi e ofereci
Disse que tudo te tinha dado. É verdade.
Fomos então pagãos loucos, ansiosos, insensatos
E daquilo que fizemos, restou apenas dor, saudade.
Saudade daqueles beijos quentes, carregados,
Loucos, profundos, fogo, sôfregos, com paixão ,
Apertos de mão fortes, arrojados, suspiros, ais.
Explodiam em nossos corpos como lava dum vulcão
Fizeste com que meu corpo, junto ao teu
Ressuscitasse com impudor muito pagão
E a teus ouvidos te falasse bem baixinho:
Te quero amor. Teu corpo é o meu céu.
Vamos os dois viver com fúria esta ilusão.
Vamos amar-nos sempre. Bebendo o nosso vinho.
Tormenta
TORMENTA
Agora o vento sopra e a chuva cai
As cortinas, como bandeiras, esvoaçam
Corro as fechar a porta e a janelas
Não quero que meus sentimentos se estilhaçam
Mas algo ouvi chamando-me a atenção
Quando estava a fechar uma janela
Que cavalgava montada sobre o vento.
Nem mais nem menos: Era mesmo a voz dela.
Servia o vento então de mensageiro
A uma mensagem que ela me mandava
Nessa noite de vento e tempestade:
- Que o vento forte era passageiro.
E que ao fogo da lareira triste estava
Pensando em mim, cheia de saudade
como posso ?
COMO POSSO ?
Eu queria deixar-te ,apagar-te de vez
Desta minha vida doida, de idiota
E lançar-me ,se pudesse a outra aventura
Livre e ai largo como uma gaivota.
Quem ama sofre E tu sabes muito b em
O que custa um não querer diário e de castigo
Um silêncio absurdo, horrível e de vontade
E eu só em em saudade, sem estar contigo.
Mas não posso apagar tua lembrança
Do teu corpo e rosto e do teu vinho
Dos teus sorrisos sonoros e teus ais
Pois soubestes transformar pequenas esperanças
Ao dar-me o teu corpo, beijos e carinho
Em grades momentos que não voltam mais
08/01/15
O papel
O PAPEL
Para quebrar um pouco esta amargura,
Escrevi-te um poema e fui à rua.
Pedi um café. E com minha alma triste
Pensando em ti, pois sabes que é só tua.
Estando em ti pensando, reparei
Que uma coisa do alto esvoaçava
E que em ziguezagues ia baixando
E que no negro asfalto repousava
Levantei-me rápido e curioso
Para ver esse pedaço de papel.
Li, pensei em ti, e logo, logo
Meu coração bateu, bateu como em tropel.
Nele estava escrito, ainda se lia
Iguais às minhas, confissões de mor,
Que um doido como eu, havia escrito
Com muita amargura e muita dor.
Entretanto saiu da estação do lixo urbano
Uma senhora com vassoura e apanhador.
De um lance curto apanhou o relicário
De uma grade paixão e grande amor
E o jogou num lance de repulsa
Num receptáculo grande, num caixote.
E eu pensei : Quem ama é um desgraçado
Que em vez de amar, merecia a morte.
Confesso-te, meu amor, que nisto vi
O final dos meus versos onde cantei
Tua beleza, meu amor louco , minha saudade
Tudo aquilo que me deste e eu te dei.
Só espero e rogo a Deus, se isto acontecer
E for deitado ao monturo do lixo da cidade,
Todos os anos germinem lindas flores
Rosas vermelhas de amor e de saudade
E se quiseres , puderes e tiveres tempo
Colhe uma e desfolha-a lento e com carinho,
Eu estou ali. Sorri-te, dá-me um beijo.
E lembra-te das tardes em que bebemos vinho.
Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=279288#ixzz3FHsGVhnx
Endeixas a Cátia Dinis
ENDEIXAS A CÁTIA DINIS
Catia querida, como sempre faço
Quando o sol se põe, lá longe, no mar,
Escrevo-te versos a dar-te um abraço
E com saudades fica minha alma a chorar
E v indo a manhã que se segue à noite
De novo me tens a cantar-te, amor,
E pelo dia fora tu sabes, meu bem,
Que de meu coração te dou o calor.
A vida não pode voltar para traz
E eu também voltar não consigo
Por isso te canto com saudade e dor
Pois dentro de mim estás sempre comigo.
Eu sonho contigo de noite e de dia
E sempre me despertas ao raiar da aurora
Acolhe-me ,linda, dá-me teus abraços
Fica sempre comigo, não te vás embora.
Eu sonho querida ,com aquele momento
Em que vamos trocar o nosso carinho
Sorrir e beijar e olhando nos olhos
Iremos brindar com o nosso vinho.
13/5/14
Sem ti
SEM TI
Menina querida, estou triste mas nada te digo.
Andei solitário e por aí neste mundo louco
Vi gente correndo, vi gente chorando
Eu chorei também por não estar contigo.
E os dias lá vão. Quando te não vejo
A minha alma chora lágrimas de dor.
´É a sina dos tristes, o fado dos só
É chorar por ti, é chorar de amor..
E lá se vai o dia sem qualquer ternura,
Sem sorriso alegre ou um olhar terno
E o sol vai caindo lá longe no mar.
E eu sinto em mim tão grande amargura
E um fogo queimando como um inferno
Por não te ver hoje e poder amar.
À espera
À ESPERA
Levei hoje o dia inteiro a querer falar contigo.
Chama agora, chama logo Toca toca sem parar
Tenho os ouvidos em brasa por tamanho tilintar.
Mas tu, querida menina, não me queres ouvir falar
Não sei se estás zangada, com doença ou alegria
Eu estou ficando louco por não te ver e ouvir
E tenho cumprido à risca o tempo que me indicaste.
Mas este não é o tempo de me ficar a carpir.
Tenho que ficar esperando, para te ver outra vez
Mas sabes que como sempre estarei à tua espera
Entre sonhos e saudades eu suportarei meu só
Eu ficarei esperando com amor de embriaguez
Esperando a tua vinda ou chamada, como era
Igual à Samaritana junto ai poço de Jacob
Calor
CALOR
Eu não se o que tenho hoje em mim!
Não sei mesmo. Mas sinto que algo há.
Minha alma mexe, arrasa, quer sair
Mas eu não. Quero que fiques cá.
Ainda não sentiste nada em mim ?
Ainda não viste que se sais eu morro?
Não te deixo sair, não posso não, não posso
Ou que res que eu grite por socorro?
Eu sei que não tenho o sol em mim
Pois sinto em mim o fogo dum vulcão
E não preciso do sol para me aquecer.
Eu sinto-me com o nunca estive assim.
Sinto a lava a ferver no coração.
Esse enorme calor és tu, mulher