Poemas, frases e mensagens de D.Sousa

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de D.Sousa

Gostava de poder iniciar já a mionha participação em poesia

Deaencontro

 
DESENCONTRO

Hoje te procurei pela cidade
Mas não te encontrei .Meu coração
Bateu...bateu sem resultado
Mas todo o meu esforço foi em vão.

Queria falar contigo ,dar-te beijos
Rever-me em teus olhos e abraçar-te
Mas em mim ruíram meus desejos
E terei que esperar outro dia para amar-te.

O amor gosta sempre de enganar
Sobretudo se sabe quando dois
Estão sempre com paixão de se encontrar.

Esse momento virá louco depois.
E com loucura voltaremos a amar.
E só saberá Deus e os lençóis.
 
Deaencontro

Esquecimento

 
ESQUECIMENTO

Enquanto eu viver, eu vou-te amar
Cantando-te em meus versos, meu amor.
Mas quando chegar a hora de partir
Eu sei que vou sentir imensa dor.

Durante o meu ocaso eu te amei
E foste única dona do meu ser.
Mas quando, por fim, atravessar o rio
Eu sei que tu por fim, vais me esquecer.

É isto que acontece a toda a gente.
Enquanto se vive, ama-se muito até à exaustão
Mas no fim só se mostra aos outros sentimento.

Tu querida, ainda tens muita vida pela frente.
Amei-te. Os meus versos o provam. Aí estão.
Serão nossa vida, ternura ,saudade. Não esquecimento.
 
Esquecimento

volúpia

 
«No divino impudor da mocidade,
Nesse êxtase pagão que vence a sorte,
Num frémito vibrante de ansiedade,
Dou-te o meu corpo prometido à morte!»

Inspiração: Florbela Espanca: Volúpia


VOLÙPIA

Num poema que há dias te escrevi e ofereci
Disse que tudo te tinha dado. É verdade.
Fomos então pagãos loucos, ansiosos, insensatos
E daquilo que fizemos, restou apenas dor, saudade.

Saudade daqueles beijos quentes, carregados,
Loucos, profundos, fogo, sôfregos, com paixão ,
Apertos de mão fortes, arrojados, suspiros, ais.
Explodiam em nossos corpos como lava dum vulcão

Fizeste com que meu corpo, junto ao teu
Ressuscitasse com impudor muito pagão
E a teus ouvidos te falasse bem baixinho:

Te quero amor. Teu corpo é o meu céu.
Vamos os dois viver com fúria esta ilusão.
Vamos amar-nos sempre. Bebendo o nosso vinho.
 
volúpia

Tormenta

 
TORMENTA

Agora o vento sopra e a chuva cai
As cortinas, como bandeiras, esvoaçam
Corro as fechar a porta e a janelas
Não quero que meus sentimentos se estilhaçam

Mas algo ouvi chamando-me a atenção
Quando estava a fechar uma janela
Que cavalgava montada sobre o vento.
Nem mais nem menos: Era mesmo a voz dela.

Servia o vento então de mensageiro
A uma mensagem que ela me mandava
Nessa noite de vento e tempestade:

- Que o vento forte era passageiro.
E que ao fogo da lareira triste estava
Pensando em mim, cheia de saudade
 
Tormenta

como posso ?

 
COMO POSSO ?

Eu queria deixar-te ,apagar-te de vez
Desta minha vida doida, de idiota
E lançar-me ,se pudesse a outra aventura
Livre e ai largo como uma gaivota.

Quem ama sofre E tu sabes muito b em
O que custa um não querer diário e de castigo
Um silêncio absurdo, horrível e de vontade
E eu só em em saudade, sem estar contigo.

Mas não posso apagar tua lembrança
Do teu corpo e rosto e do teu vinho
Dos teus sorrisos sonoros e teus ais

Pois soubestes transformar pequenas esperanças
Ao dar-me o teu corpo, beijos e carinho
Em grades momentos que não voltam mais

08/01/15
 
como posso ?

O papel

 
O PAPEL

Para quebrar um pouco esta amargura,
Escrevi-te um poema e fui à rua.
Pedi um café. E com minha alma triste
Pensando em ti, pois sabes que é só tua.

Estando em ti pensando, reparei
Que uma coisa do alto esvoaçava
E que em ziguezagues ia baixando
E que no negro asfalto repousava

Levantei-me rápido e curioso
Para ver esse pedaço de papel.
Li, pensei em ti, e logo, logo
Meu coração bateu, bateu como em tropel.

Nele estava escrito, ainda se lia
Iguais às minhas, confissões de mor,
Que um doido como eu, havia escrito
Com muita amargura e muita dor.

Entretanto saiu da estação do lixo urbano
Uma senhora com vassoura e apanhador.
De um lance curto apanhou o relicário
De uma grade paixão e grande amor

E o jogou num lance de repulsa
Num receptáculo grande, num caixote.
E eu pensei : Quem ama é um desgraçado
Que em vez de amar, merecia a morte.

Confesso-te, meu amor, que nisto vi
O final dos meus versos onde cantei
Tua beleza, meu amor louco , minha saudade
Tudo aquilo que me deste e eu te dei.

Só espero e rogo a Deus, se isto acontecer
E for deitado ao monturo do lixo da cidade,
Todos os anos germinem lindas flores
Rosas vermelhas de amor e de saudade

E se quiseres , puderes e tiveres tempo
Colhe uma e desfolha-a lento e com carinho,
Eu estou ali. Sorri-te, dá-me um beijo.
E lembra-te das tardes em que bebemos vinho.

Fonte: http://www.luso-poemas.net/modules/ne ... ryid=279288#ixzz3FHsGVhnx
 
O papel

Endeixas a Cátia Dinis

 
ENDEIXAS A CÁTIA DINIS

Catia querida, como sempre faço
Quando o sol se põe, lá longe, no mar,
Escrevo-te versos a dar-te um abraço
E com saudades fica minha alma a chorar

E v indo a manhã que se segue à noite
De novo me tens a cantar-te, amor,
E pelo dia fora tu sabes, meu bem,
Que de meu coração te dou o calor.

A vida não pode voltar para traz
E eu também voltar não consigo
Por isso te canto com saudade e dor
Pois dentro de mim estás sempre comigo.

Eu sonho contigo de noite e de dia
E sempre me despertas ao raiar da aurora
Acolhe-me ,linda, dá-me teus abraços
Fica sempre comigo, não te vás embora.

Eu sonho querida ,com aquele momento
Em que vamos trocar o nosso carinho
Sorrir e beijar e olhando nos olhos
Iremos brindar com o nosso vinho.

13/5/14
 
Endeixas a Cátia Dinis

Sem ti

 
SEM TI

Menina querida, estou triste mas nada te digo.
Andei solitário e por aí neste mundo louco
Vi gente correndo, vi gente chorando
Eu chorei também por não estar contigo.

E os dias lá vão. Quando te não vejo
A minha alma chora lágrimas de dor.
´É a sina dos tristes, o fado dos só
É chorar por ti, é chorar de amor..

E lá se vai o dia sem qualquer ternura,
Sem sorriso alegre ou um olhar terno
E o sol vai caindo lá longe no mar.

E eu sinto em mim tão grande amargura
E um fogo queimando como um inferno
Por não te ver hoje e poder amar.
 
Sem ti

À espera

 
À ESPERA

Levei hoje o dia inteiro a querer falar contigo.
Chama agora, chama logo Toca toca sem parar
Tenho os ouvidos em brasa por tamanho tilintar.
Mas tu, querida menina, não me queres ouvir falar

Não sei se estás zangada, com doença ou alegria
Eu estou ficando louco por não te ver e ouvir
E tenho cumprido à risca o tempo que me indicaste.
Mas este não é o tempo de me ficar a carpir.

Tenho que ficar esperando, para te ver outra vez
Mas sabes que como sempre estarei à tua espera
Entre sonhos e saudades eu suportarei meu só

Eu ficarei esperando com amor de embriaguez
Esperando a tua vinda ou chamada, como era
Igual à Samaritana junto ai poço de Jacob
 
À espera

Calor

 
CALOR

Eu não se o que tenho hoje em mim!
Não sei mesmo. Mas sinto que algo há.
Minha alma mexe, arrasa, quer sair
Mas eu não. Quero que fiques cá.

Ainda não sentiste nada em mim ?
Ainda não viste que se sais eu morro?
Não te deixo sair, não posso não, não posso
Ou que res que eu grite por socorro?

Eu sei que não tenho o sol em mim
Pois sinto em mim o fogo dum vulcão
E não preciso do sol para me aquecer.

Eu sinto-me com o nunca estive assim.
Sinto a lava a ferver no coração.
Esse enorme calor és tu, mulher
 
Calor

carta

 
CARTA

Amor.
Vou escrever-te
Esta carta em verso
Controverso
Pois não posso ver-te
Nem ter-te a meu lado
Contar-te o meu fado
Desgraçado
Neste ocaso da vida
Tão sofrida.

Gostava de estar a teu lado
Sonhando,
Descansando
Pousando
Em teu regaço
Minha cabeça
E, a espaço,
Beijar-te com ternura
Para transformares minha amargura.
E depois,
Nós os dois
No fim de nos banharmos no rio
Mesmo frio
Iríamos para o ninho
Bem juntinhos
Beber o nosso vinho.
 
carta

amor louc o

 
«Só o vento
E o mar
E as gaivotas
Falam desse amor»
José Cid in A Cabana



AMOR LOUCO

Quando ontem nos encontramos e amamos
Desfiando nossos segredos, e pouco a pouco
Nos beijamos, abraçamos e sorrimos,
Tu disseste ,bem ouvi :- que amor louco!

Na verdade somos dois loucos ,meu amor,
Nossa vida é toda feita de ternura,
De sorrisos, gemidos, bebedeiras,
De vinho, beijos e abraços. Que loucura!

Só nos vemos no silêncio do escuro,
Só nos damos, corpo e alma, entre gemidos
Só sorrisos e ais, mãos apertadas.

No escuro, em teu corpo junto ao meu, aí procuro
Teus seios de menina, firmes, atrevidos.
E assim ficam minhas saudades terminadas.

10/01/15
 
amor louc o

Agora?

 
«Como? se nos amamos feito dois pagãos
Teus seios ainda estão nas minhas mãos
Me explica, com que cara eu vou sair?

Não. Acho que estás te fazendo de tonta
Te dei meus olhos para tomares conta
Agora conta, como hei-de partir?
Chico Buarque em «Eu te amo» (fonte inspiradora)

AGORA ?

Agora ? O que vamos fazer ao tempo que vivemos?
Aos nossos beijos que trocamos noite fora?
Aos loucos troca-pernas que fizemos?
Agora? Porque desejas que eu vá embora?

Amei-te e amo-te com loucura, bem o sabes.
De dia, de noite e ao romper da aurora
Te confiei meus segredos, chorei, sei lá ! e tu agora
Porque razão me dizes:- anda, vai-te embora?

Foste minha luz, meu caminho e minha vida
Com teu corpo me mataste a ansiedade
Com abraços e beijos te dei o meu carinho.

Dei-te tudo. Até no meu coração te dei guarida
Pensas que cego vou partir? Fico só com a saudade ?
Anda cá.. Brindemos ao amor, com nosso vinho
 
Agora?

Fim de tarde

 
FIM DE TARDE

Obrigado Cátia, pelos dons de hoje
Que paz ainda sinto por estar contigo!
Olhei os teus olhos, beijei os teus lábios
Mas fica em segredo. A ninguém eu digo.

Tu sabes bem o que vales p’ra mim.
Tu és uma jóia de raro valor.
Por isso eu te canto e choro por ti
Para te mostrar o meu grande amor.

E quando eu partir para a outra cidade
E o fogo e o fumo me consumir sem dor
Encontrarão nas cinzas a nossa verdade.

Eu velarei por ti , com o mesmo amor.
Tu, manda um beijo ao vento e diz com saudade:
Fomos dois amantes. Bebíamos vinho ao cair da tarde.
 
Fim de tarde

A varanda

 
A VARANDA

Varanda da casa onde nasci
E donde ainda menino fui roubado,
Hoje, velho e triste volto a ti
Com o coração ferido e perturbado

No quintal que vejo à minha frente
Já as árvores são novas e pujantes
As velhas caíram como as gentes
E tudo já não é como era dantes

Apenas resta o sobreiro, alto e nobre
Que com coração grande e generoso
Em seus ramos acolhe a ave pobre.

Velha árvore, que me vês tão saudoso,
Meu coração triste acolhe e cobre
Guarda suas recordações. Sê lá bondoso.

Do meu livro Recordações
 
A varanda

Perdido

 
PERDIDO

Há dias que me encontro em abandono.
Tenho insónias e pensamentos maus…
Meu pensamento vai à toa pelo espaço
Como um vaga-lume perdido e até sem dono.

Com um pisca-pisca maluco e sem descanso
Procuro dar sinal de mim na escuridão
Mas ela nem vê , não sente, nem quer saber
Como está perdido buscando-a meu coração.

Meu coração por ela, é como o vaga lume
Constantemente a dizer onde eu estou
Para lhe entregar meus beijos e abraços.

Pisca e chama a ela da noite no negrume
Diz-lhe que venha porque louco ainda sou
E que a quero amar entre meus braços
 
Perdido

Prisão

 
PRISÃO

Amor meu, comecei, como sempre o dia
A pensar em ti pois dormes em meu peito
Mas de seguida tive o pressentimento
Que te queres afastar, de qualquer jeito.

Tu és livre, para mim querida, linda e és mulher.
Assim, se for esta a decisão que queres tomar,
Pensa também que por tudo o que te digo
Também tenho o direito de te amar.

Pensa também que quando alguém se enamora
Está sempre a viver um sonho lindo
Mais lindo ainda que o romper da aurora.

O meu amor por ti, não está nem será findo.
E por ti, querida, minha alma chora..
E vais continuar em mim sorrindo.
 
Prisão

Amor sofrido

 
AMOR SOFRIDO

Hoje ao despertar chamei-te. Não ouviste
Por isto mesmo minha alma ficou em amargura.
Meu coração bateu, bateu e ficou triste.
Porque recusas momentos de ternura?

Sei bem que tens de seguir a tua estrada.
É diferente da minha que ruma ao sol posto.
Já falamos disto. Mas tu deste-me a mão.
E quando não me ouves eu fico com desgosto.

Quantas vezes desejei matar esses momentos
Pelas poucas vezes me ouviste!
E muitas vezes ao dar-te o meu carinho

Agora, espero chegar ao fim em sofrimento.
Mas peço-te que não me deixes andar triste
Vamos com sorrisos beber o nosso vinho.
 
Amor sofrido

Dia 20

 
DIA 20

Que bom foi ontem! Palavra! É o que te digo
Estavas linda, meiga, alegre e faladora
Disseste tanta coisa que me enterneceu
E fiquei com pena de me vir embora.

Se eu já estava agarradinho a ti, sabes bem
As tuas palavras prenderam -me ainda mais.
Foram momentos lindos, de carinho
Foi vulcão, jorrando lava, até demais.

Sabemos bem que há um sonho impossível
Encontrar-te querida for pura sorte
Mas num instante nasceu uma ilusão

Mas os dois tornamos o sonho acessível:
Tu vais acompanhar-me até à morte
E nosso amor vai jorrará como a lava dum vulcão

21/12/14
 
Dia 20

A marcha do tempo

 
«Eu sei
Que o tempo não pára
O tempo é coisa rara
E a gente só repara
Quando ele já passou

Não sei se andei depressa demais
Mas sei, que algum sorriso eu perdi
Vou pedir ao tempo que me dê mais tempo
Para olhar para ti»
Da canção «O tempo não para» de Mariza


A MARCHA DO TEMPO

Agora estou só, apenas só. Tudo perdi.
Tudo me levaram com voracidade.
Agora ando à toa girando na rota da lua
Chorando sozinho, chorando saudade.

Para mim ,o tempo correu, depressa demais:
Muito à tua frente. A vida está no fim em estrada de pó.
Tu vais a meu lado dizendo-me adeus,
Eu sigo chorando .Sou digno de dó

Eu sei, meu amor, o quanto perdi
«O tempo passou depressa demais»
Mas ainda me resta esse teu olhar.

Dei a volta ao mundo e à vida, sem ti.
Agora carrego tristeza, solidão e ais
Mas peço mais tempo para te beijar.

13/01/15
 
A marcha do tempo