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Poemas, frases e mensagens de Jdcc1

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Jdcc1

Dos meus versos pra ela

 
Tua insegurança sempre chega sem aviso prévio
Mas se quiser meus braços podem ser teu porto seguro
Só quero que saiba que te chamar de linda é constatar o óbvio
E que meu amor é louco, mas hoje em dia só amores loucos tem futuro

Quando digo futuro eu não estou rotulando a forma de amor, nem a forma de amar
Só estou deixando claro que independente de tudo eu quero sua presença comigo
E essas suas 24 horas de sofrimento me afetam, como eu nunca pensei que fossem afetar
Em não te fazer sofrer reside todo o dilema e em saber que falhei reside todo o castigo

Quando fazemos do Carpe diem um carma, fazemos da complicação o mais simples
E quando fazemos da confiança algo tão grande, fazemos ainda mais pequenos os tormentos
Nunca fui bom com declarações de amor, como poeta esse é meu calcanhar de Aquiles
Mas a fraqueza de minhas palavras não se comparam com a força dos meus sentimentos

Eu sempre achei que nosso lema fosse a loucura, mas eu sempre estive enganado
Nosso lema é a intensidade, foi graças a ela que tudo isso começou
E se começou é porque tem um propósito, então jamais darei por terminado
Só peço que nunca se esqueça que eu pedi pra ficar. E você deixou.
 
Dos meus versos pra ela

Há em meus versos

 
Há em meus versos um certo tipo de melancolia
Que inúmeras vezes se recorre ao colo da saudade
Como se todo amor existente em mim fosse poesia
E a falta dele minha única lamúria na posteridade

Amar é verdadeiramente um tipo de esforço
Ou se busca a plenitude naquilo que nos é incerto?
Desenha-se na alma o que na vida se faz esboço
Ou ama-se pelo simples gosto de se sentir completo?

De que me adianta buscar por respostas inatas
Se meu coração vela a tristeza que se transmuta?
De que sou feito senão de conjecturas insensatas
Se a voz impiedosa do meu silêncio não se refuta?

Há em meus versos um certo tipo de posteridade
Como se a eternidade me fosse dada em poesia
Não há no infinito o que possa aconchegar a saudade
Nem um amor que possa fazer cessar a melancolia
 
Há em meus versos

Proeminência

 
"Eu fui a nocaute
A lona é tão quente
Tudo é confuso
E quem nos confunde é quem tá contente"
(Froid)

As vezes no labirinto das minhas percepções
Surge sorrateiro o calabouço das tuas inseguranças
Pois além das minhas vagas divagações
Existe em tua alma fatídicas lembranças

Sois tuas memórias como uma armadura
A defender-se copiosamente da desilusão
Mas esqueces que nosso amor é candura
E meu anseio por ti beira insanamente a rendição

Como se cada uma de minhas falhas e desacertos
Fosse para ti metódica comprovação
De que seus amores sobrevoam o céu dos imperfeitos
E pior, tua tristeza respira insubordinação

Sinta-me com a mesma necessidade egoísta de outrora
Não me limite ao cruel hábito de suas comparações
Pois o espelho passado não reflete amores de agora
E nem permite a simples menção das inexistentes ilusões
 
Proeminência

Que me faça amar

 
Aquele olhar que cê me trouxe
Naquela tarde de dezembro azul
Ainda tá aqui comigo

E eu não deixo de lembrar
Não deixo de lembrar

Aquele beijo que calou nós dois
Ainda tá guardado na memória
Algum dia eu quero repetir

Pra nunca mais parar
Nunca mais parar

E as mil razões que você tinha
Pra me rever um dia desses
É meu motivo pra ligar agora

E eu peço que me faça amar
Só peço que me faça amar
 
Que me faça amar

Poema dos mil versos

 
Eu que nunca acreditei em destino
Vi ele me tomar por inteiro
Sempre fui carpe diem
Então, bendito seja 28 de fevereiro

Começou com um poema
E a tal afinidade completa
Hoje somos bem mais
Que a poetisa e seu poeta

A priori foram desejos subjetivos
Agregando devagar, timidez e discrição
Mas fomos deixando rolar
Brincando de brincar com a sedução

Ela até tentou me expulsar
Falando de suas imperfeições
Só que minhas vontades vão além
Vivo por experiências e sensações

Ela foi me ganhando aos poucos
Mergulhando fundo em mim
Chegando à minha alma de um jeito
Que eu não podia querer um fim

Ela me suporta
Sempre me suportou
Eu até pedi pra ficar
E ela deixou

Ah, pela primeira vez teu corpo
Como quer que eu resista?
Você tão linda assim
Fui presa fácil, caí na rede da conquista

Sei que no princípio foi só prazer
Não era paixão
Mas o tempo passou
E 'só prazer' virou contradição

Te escrevi poemas
Com a inspiração que tua alma me traz
Te rendi poemas também
Te dei alento e um pouco de paz

Você me pediu poesia
E em 5 atos me rendi a ti
Acho que ali me apaixonei
Mas não quis admitir

Sempre fui peito fechado
E você sempre soube disso
Só me abria com você
E nem eu sabia o porque de tudo isso

Fui confiando de um jeito
Que não lembrava que podia confiar
Te entreguei minha alma
E só escrevendo agora que fui notar

Continuamos deixando rolar
Na esperança de fazer acontecer
Até meus sumiços desconfortavam
Quis ficar pra não te fazer sofrer

Seu "sentir" me atormentava
Minhas deduções eram inconclusivas
Então, finalmente você abriu sua alma
Eram recíprocas as expectativas

Aos poucos construímos algo maior
Não nos atrevíamos a dar um nome
Lembrei do verso:
"Nós evoluindo além do pronome"

Senti saudade de te conhecer
Rasgando minha alma ou o coração
E se o mundo acabar hoje
Quero morrer dançando nossa canção

Um milhão de referências insuficientes
Sem razão, deixo só a emoção gritar:
O que seu primeiro 'te amo' fez comigo
Com palavras eu não consigo explicar

De corpo e alma entregues
Tira meu juízo e bagunça minha mente
Se rende inteira ao moleque
Sua confiança agora se faz presente

Quis ser teu porto seguro
Cessar tuas 24 horas de sofrimento
Dei meus versos pra ti
E junto com eles meu sentimento

Você já viu de perto meu pior lado
Sabe que eu ouço vozes
Me amou de toda forma
Enfrentou de frente minhas neuroses

Sabe da minha ironia
Experimentou de toda minha frieza
Nossa velha montanha russa
Entre a insensibilidade e a delicadeza

Ama meus defeitos
Da mesma forma que ama cada virtude
Talvez porque entende e respeita
Que as vezes preciso amar a solitude

Já te fiz chorar eu sei
E literalmente coleciono tuas risadas
Ah, mineira eu te amo
Somos o casal perfeito, duas almas debochadas

Entre a loucura e a intensidade
Existe um lugar pra nós dois
Tô me fudendo pras utopias
Vivendo o agora e planejando o depois

Vem planejar comigo
Fazer real nossa maior vontade
Vem colar teu corpo no meu
Tira meu juízo que eu tiro tua sanidade

Sei que as vezes
Sou a pessoa mais difícil do mundo
Só que com seu amor
Você passa por cima de tudo

Agradeço sinceramente por me amar
Acima de tudo por ser um amor paciente
Quando minha grosseria nos afasta
Seu perdão nos é envolvente

Muitas vezes teu altruísmo demasiado
Foi o que manteve nosso amor de pé
Sempre acreditou em nós
Linda, eu admiro a sua fé

Suportou minhas crises
Nas minhas perdas você estava do lado
Foi no silêncio de um sorriso seu
Que curei meu peito machucado

Não somos santos
Nem eu, nem você
Até já quis me afastar
Pra tentar te esquecer

Foda, eu não consegui
Necessitava da sua presença
Você chegou invadindo minha alma
Não se preocupando em pedir licença

Foi calando minha imaturidade
Dando voz pra sua experiência
Foi fazendo morada em meu peito
Tomando espaço na minha existência

Me falou dos seus dramas reais
Das cicatrizes que a vida te deu
De como escrever libertava
Me contou como Any nasceu

Se dividiu em partes iguais
Fez dos versos sua maior companhia
Versou sua alma inteira
Se completou em poesia

Foi se abrindo aos poucos comigo
Desabafando os problemas
Falou da corda bamba onde estava
Me contou quase todos os dilemas

A gente pesou circunstâncias
Calculou os estigmas
Mas só dava você e eu
Somos além paradigmas

Acho que estava ensaiando minha vida
Só subi no palco depois de te conhecer
É o teatro mágico das madrugadas
As cenas que só nós dois sabemos fazer

Longe de nós buscarmos a perfeição
Somos perfeitamente imperfeitos
Me espelhei no seu jeito de amar
E estou amando até seus defeitos

Todos os casais tem problemas
Os nossos giram em torno da contradição
A gente até briga e se ama com raiva
Mas sempre alcançamos a solução

Ganhando sua confiança aos poucos
Percebi a máscara do "sempre bem"
Nós dois sabemos que soava falso
Tão falso como um ateu gritando: "amém"

É foda te ver vivendo por todos
Sua alma se fazendo de fortaleza
Não precisa fingir comigo
Não é pecado demonstrar fraqueza

Sei que meu orgulho é auto indulgente
Mas é essencial saber o que você pensa
Amar é um gesto de humildade
Isso independe da minha crença

Não quero te afetar com a minha estupidez
Nem ser a causa da tua insegurança
Só quero te amar "almáximo"
Sem espaço pra desconfiança

Eu te ouço e te vejo em tudo
Até nossas dr's nos sons do L.L
Mas só guardo as boas lembranças
As ruins minha alma repele

Aquele som do Coruja também fez sentido
Hoje em dia é aquela nova do Chris
Vamos fazer um herdeiro
E terminar aquele conto com um final feliz

Vem ser meu mundo que eu te quero comigo
Vem pro meu mundo que eu te mostro quem sou
Só quero deixar bem avisado
Se você não vier me espera que eu vou

Só quero calar essa distância
Enquanto calo tua boca na minha
Quase plagiando o Projota:
"Porra, por que cê não é minha vizinha?"

A saudade me apertando o peito
Quase tão forte como teu corpo no meu
Eu fico louco te imaginando aqui
Te vendo gozar me chamando de 'seu'

Ah, eu te sinto tão minha
Que é até difícil de acreditar
Eu te tenho te deixando livre
Sabendo que cê vai voltar

Ainda me lembro do término
Da transa selvagem daquela noite
Depois disso nossos peitos rasgando
E o desespero fazendo açoite

Também me lembro do arrependimento
Meu maldito orgulho mais uma vez
Só agi por impulso
O senhor razão também alimenta insensatez

E você?
Você ainda me amando com paciência
Sofrendo sozinha
Fingindo resiliência

Tentei trancar meu peito
Lidando com a frustração
Mas logo pedi pra voltar
E você me abraçou com o perdão

Não foi fácil superar
Mas o tempo nos foi solidário
Te pedi perdão mil vezes
Pois sei que meu orgulho foi desnecessário

Mil vezes me perdoou
Com a mesma paixão do começo
Longe de mim medir seu valor
Seu amor não tem preço

Só espero que possamos superar as discórdias
E que nosso amor prevaleça
Mais uma vez eu te amo
Não quero que você se esqueça

E se você se esquecer
Estarei aqui pra lembrar
Porque mesmo que chegue ao fim
Jamais deixarei te amar

Você conhece meu conceito de amor
Sabe que a estrofe acima é verdade
Eu te amo a vida inteira
Porque não posso amar na eternidade

Eu amo teu cabelo cacheado
E teu sorriso me acalma
Tem os olhos negros mais lindos
É dopamina pra alma

Diz que adora minha voz
E que sou o amor da sua raiva
É que você me faz bem
É tudo que eu procurava

Teu corpo tem curvas
Por onde o meu quer dirigir
Mas as vezes perco o rumo
E nem sei por onde ir

Nesses momentos meu desejo me guia
Nem me importo em perder a direção
Conheço essas curvas de olhos fechados
O destino fervoroso da nossa paixão

E nossa paixão me alimenta
O corpo ferve só de pensar
Puta que pariu que tesão
Mineira, vem comigo gozar

Tira logo essa roupa
Que eu te quero nua
Não importa o lugar
Na cama, no chão, no carro ou na rua

Vem fazer amor com o moleque
Tornar meu desejo real
Fica de ladinho mineira
Meu corpo tá dando sinal

E não falha é intenso
O encaixe é perfeito
Depois que a gente começa
Parar não tem jeito

Você tira meu sono
Uma madrugada é pouco pra nós
Eu baguncei tua vida
E juntos bagunçamos os lençóis

Depois do amor fico agarrado em você
Fazendo carinho até te irritar
Admirando sua paz
E vendo você sonhar

Eu sou seu retardado
Sou seu doente mental
Você é a lerda da minha vida
Quase noventa com muito potencial

Você toca teclado
Sabe cantar quando bebe
Ignora minhas indiscrições
E finge que não percebe

Eu percebo que você percebe
E perceberia se não percebesse
Você também sabe o meu jeito de ser
Psicologia reversa, eu finjo desinteresse

Estou sempre tentando te ler
Na ilusão de que tô compreendendo
Mas você fode meu psicológico
Vive me surpreendendo

Mesmo você odiando surpresas
Minha espontaneidade vai surpreender
Sei que pode parecer estranho
Mas é pra sentir e não pra entender

Linda, eu me preocupo contigo
Sua maldita anemia sempre te deixa mal
Você não se alimenta direito
Porra! Laranjas e manga verde com sal

Você é louca
Num nível Coca cola ao amanhecer
Sempre me dei bem com os loucos
Isso até antes de te conhecer

Depois que te conheci foi mais intenso
Entre nós dois a loucura é normal
Mantém nosso equilíbrio
Sem razão, moramos no emocional

Tão louca a ponto de me fazer lembrar
O fogão, o sofá e a porta da geladeira
Essa rima é subliminar
Você entende, faz parte da brincadeira

E a gente brinca a madrugada inteira
O nosso playground em qualquer lugar
A brincadeira é tão boa
Que eu nem paro pra descansar

Ah linda, esse risinho debochado
Me fazendo perder o chão
Mal consigo me controlar
Nota-se pela ofegante respiração

Eu posso morrer sem ar
Não ligo, tá tudo bem
Eu até morro feliz
Enquanto te faço morrer também

Viu! De novo!
Esse tesão que não passa
Somos só nós dois
Amando, transando e fazendo graça

Sem mais pesar o clima
Discutimos somente o necessário
Não quero te ver na fossa
Ouvindo o 'Rap do solitário'

Foda-se tudo
A estrofe acima é hipocrisia
Vamos cagar com tudo
E depois restabelecer a paz com poesia

Rindo enquanto escrevo esse verso
Lembrando que toda mentira me irrita
Moça, para de dizer que sou o culpado
Por você ter queimado a batata frita

Rindo do travesseiro de plumas
Suas faxinas fora de hora
Os memes repetidos que mando
Você fingindo que adora

Quero escrever junto contigo
A nossa história a cada dia
Fazendo da poesia a verdade
E da verdade a poesia

Ah, tua marca de nascença
Eu amo tua tatuagem
Quero ser a marca da sua vida
Não só passar de passagem

Sei que rock pesado te acalma
E você não é amante de flores
Mas meu corpo te acalma em dobro
Te faz bem e ameniza suas dores

Sob o efeito do desespero
Me droguei pra esquecer a distância
Mas essa abstinência de você
Não me deixa na ignorância

Me faz te lembrar todo dia
Toda hora e em qualquer lugar
Como pode um amor assim?
Sem distâncias para amar

Quando acho que tô melhorando
Vem a saudade me fazer flagelo
É foda doer tanto assim
Mas nenhum sentimento é paralelo

Oh linda, vem cá
Deixa minha alma pra sua fazer abrigo
Não tenha medo de incomodar
Vem desabafar comigo

Vem desarmar minha marra
Vem ser minha luz
Quando a estrada é turva
Só teu amor me conduz

E eu me deixo conduzir
Seu amor me levando além
É um sentimento recíproco
Meu amor te conduzindo também

Liberdade é lei entre a gente
Respeito sempre na lembrança
Sem cárcere das almas
É o que mantém viva a confiança

Influência direta na minha playlist
Referência concreta da minha vida
Já faz parte do meu eu
Não tem mais contrapartida

Quero falar das crises
Deixa eu falar do ciúme
Sem evitar as pendências
Seu choro não pode virar costume

Já me fez ciúme uma vez
Vai ser difícil repetir a dose
Já sentiu ciúme um milhão de vezes
Tudo fruto da sua neurose

Eu já disse é insegurança
Meu amor não divide atenção
Posso até dividir meu tempo
Mas não divido meu coração

Eu não divido meu amor
Pois amores rasos não são pra gente
Só quero compartilhar contigo o futuro
Assim como eu compartilho o presente

Você é o sentido que faltava
Aquele que a minha vida não tinha
Você é o que me faz acreditar
Que minha alma não está sozinha

Você diz que eu sou cristal
Mesmo eu sendo caco de vidro no muro
Diz que ama quando sou carinhoso
Mas minha frieza as vezes te deixa no escuro

Sei que não sou perfeito
Mas você não busca a perfeição
É que antes de te conhecer
Eu nem amava com o coração

Comecei a acreditar em promessas
Aos poucos fui aprendendo a amar
Fomos nos adaptando a tudo
Metamorfoses sem limiar

"Sem limites" é nosso mantra
Literalmente instiga o fulgor
"SMJ" e "SMR"
São siglas do nosso amor

Você inventava neologismos
Enquanto eu inventava problemas
Você aproveitava os momentos
Enquanto eu vivia os dilemas

Era tudo tão foda
Consequências inimagináveis
Discussões duradouras
Como seus banhos intermináveis

Ah, os teus banhos
Como é bom me fazer presente
Que as discussões terminem logo
E durem só as coisas boas daqui pra frente

Você adora solos de guitarra
Não é amante do mar
Prefere dar rolê nos barzinhos
E não gosta de incomodar

Você se culpa por tudo
Mesmo não tendo culpa de nada
Linda, já são problemas demais
Sua alma é sobrecarregada

E quando seu pensamento embola
É melhor sair de perto
Você explode num desabafo
Depois chora de peito aberto

Seu temperamento é forte
Mas mais forte que você não é
Mulher de personalidade
Sempre corre atrás do que quer

É amiga de todo mundo
E nem todo mundo retribui sua amizade
Ela se doa de corpo e alma
Não se importa com a falsidade

Mas não a faça se sentir usada em excesso
Isso pra ela não tem perdão
Se esse erro for cometido
Qualquer acerto é em vão

Ei mineira, vem comigo, vem?
Aquela proposta antiga é real
Vamos conhecer um deserto
Ver uma aurora boreal

Só quero que venha logo
São tantas possibilidades
Vem ser minha fé na vida
A deusa das minhas vontades

Oh linda, nosso amor está nos detalhes
Nas pequenas coisas do dia a dia
Tudo me lembra você
Lembranças que transformo em poesia

Ah morena, eu sei que te desconcerto
Age feito adolescente
Desperto sua versão imatura
Sem sombra da experiente

E quando isso acontece é tão bom
Desperta em nós um desejo selvagem
São duas almas apaixonadas
Prontas pra libertinagem

Seus gemidos me causando arrepios
Ah, o meu prazer em explosões
É tão gostoso ser o motivo
Dos seus orgasmos em forma de erupções

Mas nem tudo é transa
É nesse teu sorriso que eu busco a paz
Vivo dizendo que sou seu porto seguro
Mas é no seu olhar que encontro meu cais

Não me esqueço da piada dos patos
Seguida dessa gargalhada maravilhosa
Seu senso de humor me anima
Mas sua TPM é perigosa

Você me enche de orgulho
Além de linda é inteligente
Mulher em todo o sentido da palavra
Mãe, amante, amiga e independente

Ligando o foda-se pra vida
Aproveitando os pequenos grandes momentos
Só dá valor ao que tem valor de verdade
Desde sempre prioriza os sentimentos

Não abre mão da felicidade
Seu riso fácil é sua marca registrada
Cagando e andando pro mundo
É essencialmente debochada

As vezes me vejo em você
Um reflexo perfeito do meu eu
Nosso amor é simples como chuva
Mas em alto relevo como camafeu

É precioso demais amar você
E saber que eu também sou amado
Nosso amor em poucas palavras
Sería louco, intenso e apaixonado

Você disse uma vez que eu cheguei
De um jeito que parecia estar voltando
Como se eu morasse aí
E você só estava me esperando

Ah, quantas textos me escreveu chorando?
Quantas vezes sonhou com nosso amor concreto?
Quantas vezes me quis no meio da sua loucura?
Quantas vezes sorriu ao me imaginar por perto?

São perguntas retóricas
A minha curiosidade é infante
Eu sei o tamanho do seu amor
E que pensa em mim a todo instante

Eu também penso muito em você
Em tudo que somos e podemos ser
São sentimentos misturados
Amor e saudade que chegam a doer

Você até já disse que nosso amor é macumba
Outras vezes disse que é doença
Mas o importante é te amar
O motivo não faz diferença

Suas manias combinam com meu jeito
O meu jeito combina com nossas vidas
Nossas vidas combinam com nosso amor
E nosso amor não combina com despedidas

Mesmo com raiva você nunca gritou comigo
Te conhecer diminuiu minhas crises existenciais
Eu conheci o amor verdadeiro com você
Antes foram só sentimentos superficiais

Com você faço um mergulho profundo
Nas águas límpidas das nossas almas
Nosso amor é tempestade boa
Não nos damos bem com águas calmas

Nós somos o próprio caos
Eu vim furacão, você veio tsunami
A rima é boba, mas em amor dobradura
O nosso é mestre de origami

Ah, teus brincos lindamente extravagantes
Vem deles o seu lado mais organizada
Sou seu moleque orgulhosamente estranho
Vem de mim seu lado mais apaixonada

Eu não cheguei te cantando
Acho que por isso me deixou ficar
Deve ser a tal originalidade que você falou
Será que foi isso que te fez se apaixonar?

A distância sempre machuca, faz doer
Mas me liberto da dor em poemas
Me acalma aquela foto sua de blusa branca
Você sempre me faz esquecer os problemas

Sua sofrência é com whisky e pagode
É porre! Sua ressaca vem na forma de tesão
Ah mineira, põe aquela camisola
Vamos curar sua ressaca com paixão

Quebrando recordes todas as noites
Sem modéstia, na cama a gente se garante
Nossos clímax são múltiplos e variados
O quarto treme e o prazer é constante

Você me faz querer ficar e eu fico
Suspirando enquanto imagino o seu beijo
Você me faz querer amar e eu amo
Sendo gostosa assim só faz aumentar meu desejo

Só quero que logo eu te encontre
Vou te amar e te irritar com carinho
Nosso amor será inteiro
Um amor assim não fica no meio do caminho

A gente nem gosta de dar rolê
Prefere o aconchego de casa
O friozinho debaixo do edredom
Bate a vontade e os corpos em brasa

Ela gosta de stand up
Ri das bobagens que faço
Sensitivo, sempre sinto seu amor
Enquanto sua alma me dá um abraço

Logo eu que nem gostava de rede social
Agora fico com você, sem pressa de ir embora
Eu já disse, você fode o meu psicológico
Nem meu niilismo faz sentido agora

Eu tô amando sua companhia
Muito mais do que já amei a solidão
E meus melhores poemas de amor
Tem você de inspiração

Linda, quando cê mexe essa bunda
Tira o meu juízo inteiro
Nossos corpos se misturando
Enquanto me embriago no teu cheiro

Você é calmaria em meio a guerra
Saudade boa que faz a alma sonhar
Um sonho que acalma e traz esperança
Esperança que faz o amor se eternizar

Que seja eterno enquanto dure
E que dure tempo suficiente
Eu só quero formar família
E seguir contigo daqui pra frente

Adoro seus pedidos
Mesmo não atendendo de imediato
Oh linda minha,
Quero reescrever o quinto ato

Quero que dure mais
A história do moleque e da mineira
Eu nem estou querendo um absurdo
Só quero que dure minha vida inteira

A gente combina em tudo
Mesmo as vezes descombinando
Você me amou complicado
Juro, tô descomplicando

Minhas mudanças positivas são por nós
Minha evolução, chame de maturidade
É que quando te conheci eu não era ninguém
Só depois de você me tornei alguém de verdade

Lembrei daquela canção
Te escrevo o poema mais verdadeiro do ano
Falando do quanto te quero
Meu desejo cotidiano

A melhor parte do meu dia eu passo contigo
São horas, mas parece tão pouco
É que somos exagerados
E nosso sentimento é tão louco

Te amo em raps, em rocks, em MPB
Te amo quando dança pra mim
É que adoro te ouvir nas canções
E ver você rebolando assim

Você é linda demais
Do tipo que não se ilude em salão
Fica pronta em cinco minutos
Não perde tempo com chateação

É minha mulher por inteiro
Não é de se entregar em pedaços
Fica comigo até seu sono vencer
Queria te ver cochilar em meus braços

Seu "anem viu" sempre me arranca um sorriso
Seu "aiai" mexe com as minhas entranhas
Adoro seu ciúme bobo
Mesmo não tendo 'vacas,' 'putianes' e nem 'piranhas'

Só existe você na minha vida
Sabe que me orgulho da minha fidelidade
É que sempre acreditei no amor
E só existe amor onde existe liberdade

"Sutilmente" me define bem
"Ela só quer paz" é sua canção
Entre Skank e Projota
Somos parte da inspiração

Muitas vezes me inspirei em você
Poemas que só nós dois entendemos
Parecem ser anos de amor
Mas só fazem seis meses que nos conhecemos

É a velha tecla da intensidade
A vida não deixa de me surpreender
É que eu sonhava com alguém assim
Antes mesmo de te conhecer

Foi quando você chegou
Ainda melhor do que eu esperava
Não posso reclamar da vida
Já disse: você é tudo que eu procurava

Eu cheguei de mansinho em você
Conquistando meu espaço e ficando
Sou o homem que você queria
E nem estava me procurando

Sou parte das suas orações engraçadas
Para um deus estranho e só seu
Não sabe o quanto me sinto honrado
E o verso acima não é ironia de ateu

Te contei coisas que mais ninguém sabe
Eu falo mesmo você não sendo de perguntar
É que a minha vida é sua
E não me canso de compartilhar

Lembro da primeira ligação
Sua voz demonstrando timidez
Era só seu medo de incomodar
Mas pensar que me incomoda é insensatez

Você foi me transformando
Sou outro, mas com a mesma essência
Foi buscando o melhor de mim
Me amando com persistência

Você não é do tipo que pede favores
Não gosta de depender de ninguém
As vezes reclama do meu orgulho
Mas tem vezes que é orgulhosa também

Me ensina?
Quero aprender a dançar
E dançaremos juntos
Quando o mundo acabar

É a tal ligação de almas que você falou
É um sonho se tornando realidade
É o desespero de querer, de precisar
É o fulgor de um amor de verdade

Minha consciência é contraditória
São paranoias do seu moleque retardado
Aprenda a conviver com isso
Que eu prometo sempre falar rasgado

Linda me explica
Por que confio em você dessa maneira?
Logo eu, o rei dos desconfiados
Te entreguei minha alma inteira

Lembro quando me pediu duas coisas
Meu amor e minha paciência
Você tem isso e tudo que sou é seu
Você é a dona da minha existência

Merece tanto tudo de mim
É o mínimo que posso fazer por ela
Me inspiro a cada dia na alma
E no jeito de amar dela

Você me ama mesmo eu sendo um jacu
E tendo os joelhos em pó
Mas te amo com suas roupas de mendiga
E com o lenço da sua avó

Se fosse pra te apontar um defeito
Seria sua ideologia de direita
Mas talvez seja apenas minha anarquia
Afinal, não existe mulher perfeita

Eu nunca quis tua perfeição
Me contento com o que você é
E é perfeita mesmo sendo imperfeita
Já é suficiente ser minha mulher

Eu adoro te desarmar
Trazer teu lado toda sensível
Chorando de emoção
Sua alma o mais transparente possível

E quando sua raiva chega
Desarmo ela com meu desejo
É que seu tesão não resiste
Ao simples toque do meu beijo

Então põe aquela calcinha vermelha
Só pra eu ter o prazer de tirar
É que sua bunda é perfeita
E não quero roupa nenhuma pra atrapalhar

O sexo insano começa
Adoro seu gemido quando me encaixo
Vamos até perdermos as forças
Você de quatro, de lado, por cima, por baixo

Nossos orgasmos inexplicáveis
Tomando conta de nossos lençóis
Se deus existe ele te fez pra mim
E fez o mundo pra ficarmos a sós

A sós é quando tudo acontece
Não queira nos interromper
É que não paramos nunca
A noite toda até amanhecer

É foda esse desespero de ter que esperar
Mas nossas almas serão recompensadas
A distância é só um detalhe que separa os corpos
Mas é incapaz de separar almas apaixonadas

E estamos juntos
Enfrentando limites, problemas, barreiras
Cara e coragem
De duas almas amantes e verdadeiras

Mesmo nossas mentiras
Soam ao natural
É que somos contraditórios
Beirando o paradoxal

Somos o assunto sério
Também somos a conversa fiada
Estamos entre os acertos
Mas tem vezes que damos mancada

Só que até quando erramos
Não deixamos o amor de lado
Nossos erros fazem parte de nós
E errar não tem nada de errado

Hoje podemos chamar de namoro
O que um dia foi um caso virtual
Usando uma referência nossa
Hoje é sério, mas já foi piadazal

Eu amo correr, você adora caminhar
E nós dois odiamos café
Sonho com nossa convivência
Onde seu amor compensa minha falta de fé

Eu que não ligo pra ninguém
Tô amando te ligar
Uma, duas, três horas no telefone
E muita vontade de continuar

É que você me faz bem
Mesmo as vezes que preciso fugir
Você fica no pensamento
E dele não pode sumir

As vezes temos conversas pesadas
Daquelas que beiram a discussão
Mas logo ficamos de boas
Você conforta o meu coração

Tem vezes que me desmorono
Sou o tal cristal que você falou
Me reconheço em meio aos cacos
Sem sombras do gelo que sou

Sei que esse meu jeito pode decepcionar
Mas é que tudo isso faz parte de mim
Só espero poder contar com sua compreensão
E que isso nunca seja o motivo de um fim

Desculpa eu ser tão complicado
As últimas estrofes nem fizeram sentido
Mas você sabia desde o começo
Que seu moleque tem o espírito perdido

Por isso digo que busco no seu amor a direção
É clichê, mas é verdade
Você é a única boa história que tenho pra contar
Uma história de amor, desejo e saudade

E não quero dar um fim pra essa história
Pelo contrário, quero uma continuação
Onde todas as nossas vontades sejam reais
Sem espaço algum pra ilusão

O meu desejo se edifica em nós
Num tempo onde só existe o agora
Só nós sabemos o que se passa aqui dentro
Por isso ignoramos o mundo lá fora

Quem diria?
Aquele capítulo 13 me fez mudar
Eu finalmente entendi o amor
Enfim, contigo aprendi amar

Meu orgulho displicente machuca
Mas minha humildade também se faz presente
Assumo e me arrependo dos erros
E prometo não repetí-los daqui pra frente

É que sou todo errado
Mas as vezes posso acertar
Sou um ser humano
Por mais que eu tente negar

Me encontrei nesses últimos versos
No meu poema das confissões
É que você merece todo o meu eu
Incluindo o limbo das minhas decepções

ETADFDMB e ETADFDMP
São outras siglas que só nós entendemos
Siglas que também fazem parte de nós
Cada detalhe do que vivemos

Ela tem segredos
Que só revela com a convivência
Não entra em competição
Prefere a desistência

E não basta olhá-la
Tem que estar disposto a enxergar
A alma dela é transparente
Mas eu consigo ver brilhar

Ela é profundamente sensível
E as vezes se encontra perdida
Mas mesmo sem direção
Ela consegue guiar minha vida

Vive de bem com tudo
Quase sempre bem humorada
Mas não provoque minha mineira
Não queira vê-la irritada

Tua carência é foda
Eu quase sempre me sinto impotente
Por mais que eu faça por ti
Nunca me parece suficiente

Sei que você não reclama
E que me ama de um jeito egoísta
Não se considere um monstro por isso
O amor nem sempre é altruísta

Quando você chora eu fico mal
Mas me silencio e te deixo chorar
Sempre repito o mantra:
"Deixe sua alma lavar"

Ah, linda minha
Teu choro silencioso tem poder de cura
E enquanto sua carência se vai
Se restabelece na tua alma a candura

Quero você inteira, do iceberg à geleira
Me afogar em sua profundidade
Pois de alma leve é ainda mais translúcida
Dando a nós a forma mais profunda de intimidade

Eu não fugi
De mergulhos profundos é que a vida é feita
Eu te escolhi
Desde o começo eu não esperava uma mulher perfeita

Sou um reflexo, me espelhei
Vejo tanto de mim em você
A semelhança entre nós é tanta
Que não cansa de me surpreender

Mesmo tão parecidos
As diferenças também são notáveis
Mais que contraditórias
Nossas almas são instáveis

E a instabilidade marca
Cicatrizes que fortalecem a relação
Por mais paradoxal que seja
Nos faz bem a contradição

Não tente nos entender
Isso é completamente impossível
Nosso amor é tão grande
Que as vezes o sinto tangível

Ah, o toque eu anseio demais
Te olhar nos olhos, sentir seu cheiro
Teu beijo, o abraço, o carinho
Nem sei o que quero primeiro

Mas não importa
Tudo vai ser real
O toque pelo toque
Naturalmente bilateral

Amor, as vezes me pego pensando
No tanto que podia dar errado
É o frenesi de nós dois
O sentimento mais complicado

Por quê descomplicar?
Tá dando tão certo
Se for pra melhorar
Só te tendo por perto

Não somos de planejar
Deixamos a vida ir acontecendo
Mas dessa vez não tem jeito
Sete de dezembro tá prometendo

Três Corações
E o ápice da nossa história
Será inesquecível
Guardarei pra sempre na memória

Voltando a falar de presente
Me emociono lendo suas declarações
Fico bobo, sem saber o que dizer
Quando você aflora minhas emoções

Logo eu, quase sempre de ego gelado
Jurando ser a mais fria das almas viventes
Me desmancho inteiro com seu amor
Distribuído em pequenos gestos surpreendentes

Cada surpresa é uma emoção diferente
Você sabe, adoro ser surpreendido
Preciso confessar:
Amor como esse eu nunca tinha vivido

Me apaixonei por seus detalhes
Suas qualidades, seus trejeitos
Eu amo te amar
Com todas suas manias e seus defeitos

Namoro virtual pra ela é frustrante
Não devemos cair nessa redundância
Demoramos a dar um nome
Hoje é relacionamento à distância

É tão gostoso ser dela
Ela é tão gostosa e é minha
Puta que pariu, não consigo segurar
Tira pro lado essa calcinha

Teu gemido denuncia o encaixe
Ao primeiro toque te sinto molhadinha
Com força, bem fundo e sem parar
Sempre prontos para uma rapidinha

É que nosso desejo é insano
Nos entendemos num simples olhar
Tudo que quero é te olhar nos olhos
Enquanto gozo e te faço gozar

Uma linda mulher
Meiga, mas pronta pra safadeza
Amor, vem fazer amor comigo
Eu já deixei a luz acesa

As vezes tudo embola
Quando embola também é perfeito
É que sabemos lidar com o orgulho
E não precisamos lidar com o preconceito

É que a gente se respeita
A gente se conhece
P. S. Eu te amo
Vê se não esquece

É sim montanha russa
Mas nem sempre é parque de diversão
Foi com muitos altos e baixos que escrevemos
O diário da nossa paixão

Construímos nosso amor dia a dia
Surpotando dramas, birra e pirraça
Conversando, desconversando
Falando sério e fazendo graça

No mundo da lua tipo Froid
Sem essa de pés no chão
Eu tenho urgência de nós dois
Sem tempo pra abstração

Meu jeito idiota de ser
É o par perfeito pra sua alma estranha
Vive dizendo que não me merece
Entenda, reciprocidade não significa barganha

Tem o "Carpe diem" eternizado na pele
Desde sempre ela só vive o agora
E ela é mulher mitológica
Mistura de Diana, Afrodite, Medusa e Pandora

Esse poema é mais seu do que meu
Fiz ele pra te declarar meu sentimento
Tem muito de você, um pouco de mim
E tudo é sobre nosso relacionamento

Me sinto honrado quando se declara
E diz que sou seu melhor amigo
É que eu te amo demais
Linda, casa comigo?

Verdadeiramente me fudendo pras utopias
Vivendo o agora e planejando o depois
Acima de tudo esse é o poema da verdade
Cada verso dele tem um pouco de nós dois

Minha intenção foi transcrever tua alma
Com a humilde leitura que eu fiz de você
Tentei ao máximo não ser redundante
E nem cair na tentação do clichê

Esse é o poema dos mil versos
Grandiosamente sensível
Não são os versos mais requintados
Mas é sentimentalmente inesquecível

É minha poesia mais sincera
Que busca pelo íntimo da sua essência
Um poema escrito com a alma
Fruto da convivência

Ainda ficou muita coisa por falar
Milhares de assuntos pendentes
Mas pra dizer o quanto eu te amo
Nem um infinito de versos seriam suficientes
 
Poema dos mil versos

Reflexão

 
Mesmo os filósofos
Não têm que te fazer pensar
Por quê então os poetas
Têm que te fazer amar?
 
Reflexão

Um soneto pro tempo

 
Só em ti encontro a transmutável precisão
De sorrisos na chegada e lágrimas na partida
Só em ti encontro o cerne da perfeição
Na relatividade de tudo e na finitude da vida

Seja o que for, faça o que fizer
Continuará sendo infinito em breve instante
Me aposse e faça de mim o que quiser
Pois sou refém da tênue paz do teu semblante

Habita em ti o segredo mais oculto e o sonho mais disperso
Se alinha em ti toda a imensidão do universo
És a alma da loucura e a razão da liberdade

És inefável, autossuficiente, indestrutível e forte
És o tempo—dono de si, da vida e da morte
E é tua, só tua a solidão da eternidade
 
Um soneto pro tempo

Da eternidade necessária

 
Há a hesitação
de acreditar no impossível.
Meu caos.
Íntima existência
de limitações parábolas
ilusão marcada
desmascarada...

Sob o sol maldito
d'um inferno singelo
sensível as pequenas lembranças
que desatinam
em sobras de salvação
ajuizado final
em que o futuro é simplesmente
o pó...
 
Da eternidade necessária

Epigrama da liberdade

 
Mesmo enclausurado, refém do tempo e indefeso
Mesmo minha vida em centelhas ínfimas
Só estarei verdadeiramente preso
Se o for num cárcere das almas

Pois a liberdade é a origem
Da verdade,
Do sonho e da ilusão

Ora a liberdade é a vertigem
Da vaidade,
Do orgulho e ambição

“Então, queimo eu no fogo da clausura
Sucumbindo as chamas e a liberdade tão perto
Será miragem ou em minha alma principia a loucura?
--ó liberdade, sou sempre em tuas águas liberto
 
Epigrama da liberdade

Soneto da discordância

 
Com a alma seca o peito gela
Estou entre a cicatriz e a sequela
De ego autoimune e razão doentia
Psicografando versos, eu nunca fiz poesia

Colocando meu desgosto em pauta
Lógica inofensiva em mente incauta
Depressão como artifício, resistência
Filosofar hoje em dia é teste de sobrevivência

Minha coragem é estoica e deficiente
Onde a dor é uma variante invariável
O medo em suma é auto manipulável

Somos dilacerados pelo próprio inconsciente
Onde a consciência é comunismo isento
E o perdão não admite arrependimento
 
Soneto da discordância

Integridade

 
Eu
Pronome pessoal
Em transição
Intransitável

Nós
Pluralidade inofensível
Em colisão
Circunstancial

Eu
Oposição aos fatos
Em tédio
Subliminar

Nós
Subsistência volúvel
Em cordas frouxas
Arrebentação
 
Integridade

Adrenalina

 
Eu moro em mim
Mas as vezes sinto saudade de casa
Me transformei em Odin
Jurei, igual fez o Fábio Brazza

Minha alma é negra igual Zumbi
Melanina transcendental
Minha aura sempre foi tons de rubi
Preciosidade num corpo de cristal

Minha consciência é rosa dos ventos
No meio do nada apontando direções
Sou Mandela perdoando os tormentos
O ódio não constrói edificações

Carrego todos os sonhos do mundo
Salve Pessoa, eu também sou assim
Não sou tudo, não posso querer ser tudo
Mas o nada não deve fazer parte de mim

Sou Santos Dumont em cada verso
Pioneiro nos voos tipo o 14 Bis
Mas eu quero o céu do universo
Não me contento com o céu de Paris

A vida não faz sentido, a vida se faz sentindo
Crente duvidando, ateu fazendo prece
Tragédia amarga, a amargura sorrindo
Tô escrevendo Macbeth, me chame de W.S

São racistas de época igual o Lobato
Polemizando igual o Lobão
Fazem festa abrindo o primeiro ato
Mas sou Nelson Rodrigues trazendo a conclusão

Eu sou o Senhor Coelho
Mas tô tipo Alice perdendo a lucidez
Jesus me dando conselho
Mas eu sempre fui judeu com surdez

Diz quem não conhece o Ip Man:
"Mano, o Bruce Lee é tão foda"
Cita o simpatizante da Ku Klux Klan:
"Preto tem que tomar banho de soda"

(Hipocrisia
Revolução de caneta
Rebeldia
De um ego batendo punheta)

É sobre o muro de Berlim
Não sobre as muralhas de Jericó
O que mais querem de mim?
Revolução de um homem só?

Eu sou mesmo não querendo ser
Ser é um verbo transitivo indiscreto
Não fazem mesmo querendo fazer
Que fé é essa nesse deus de concreto?

Não vou parar por aqui
Não posso parar agora
Ainda vão me levar daqui
A morte não perde a hora

Me jogar é a única alternativa
Mas bung jump sem corda é suicídio
Eu sempre quis evitar a oitiva
Então morrer agora é subsídio?

Só Rogério Ceni é mito
Seu presidente é cusão
Ouve só, mais um grito
Jair com o pau no cu da nação

Um Caravaggio vale milhões
Um J.D.C.C vale centavos
Não valorizam emoções
Só dão valor pros conchavos

Estão citando a obra de Assis:
"Bem vindo a igreja do diabo"
Faz carinha de anjo feliz
Sentando em cima do próprio rabo

O tempo joga xadrez comigo
E só um xeque-mate resolve
Ainda não sei o nome do inimigo:
Chamo de Deep Blue ou chamo de Kasparov?

O tempo não é inimigo
O tempo é adversário
Esse jogo que ele joga comigo
Só põe em xeque o necessário

Tá todo mundo se fazendo de Orfeu
Caminham pra frente olhando pra trás
Foi pisando em serpente que Eurídice morreu
Depois tem que descer ao inferno em busca de paz

Estão com a mente em casulo tipo borboleta em pupa
A diferença é que vocês não vão voar
Usando o destino como desculpa
Pedra no caminho não derruba, só faz tropeçar

"Você não sabe amar"
Eu sinto o amor escorregar pela mão
Como se eu pudesse segurar
Mas deixasse cair no chão

O que é o Partenon
Se Atenas habita o Olimpo?
Ela era Yoko, eu era Lennon
Distância homicida não faz jogo limpo

Só vou escrever meu ódio
Não quero falar de amor
Minha poesia lutando por pódio
Só quero que cure minha dor

Escrevo esse poema com raiva
Enquanto a raiva escreve em mim
Minhas palavras fazendo gaiva
Reles esgoto do meu fim

Sem filme do Hitchcock, eu não faço suspense
Sou mais drama, biografia e documentário
Dadaísta, minha arte é nonsense
Mas o absurdo beira o extraordinário

A poesia faz o resgate
Soldado Ryan é leitor
Sou um poeta pronto pro abate
Querendo o Nobel do amor

População indiferente ao sistema
Tipo Grenouille, não fede nem cheira
Na verdade nem enxergam o problema
Se fazem de Bird Box, só pode ser brincadeira

"O que você quer ser quando crescer?"
Pergunta isso pra uma criança no Rio de Janeiro
"Eu só quero crescer, não importa o que eu vou ser."
Essa resposta é cerol, me corta o peito inteiro

Revolução ainda é um sonho distante
Tendo em vista o que fizeram com a nossa nação
Olha que ideia brilhante:
"Legalizo as armas e corto verba da educação"

Columbine é aqui, olha o que fizeram em Suzano
Almas na solidão e o celibato não foi escolha
Facilitando a vida de miliciano
Cidadão de bem vivendo na encolha

Velocidade O'Conner
Dominic te deixando ganhar
Quem nasce Will Traynor
O amor de Clark não vai salvar

Fazem cara de miss perdendo concurso
Frustração canalizada
É como a Dilma fazendo discurso:
Não canso de dar risada

A mão que bate também faz carinho
Igual Projota cantando AMADMOL
Ninguém faz merda sozinho:
"Olha a intimidade do Moro com o Dallagnol"

Me sinto Vivien Thomas
Com Blalock levando a fama
O desapego e seus sintomas:
"Eu também" pra dizer que me ama

Eu sinto frio, minha alma gelada
Mas o inferno é quente demais
Eu tenho medo, minha consciência pesada
Me vendi como Fausto, eu não sei o que é paz

Eu sou bipolar
E nisso não vejo problema algum
Eu não sei rezar
O que me falta está em hebreus 11:1

Eu que me orgulho de não chorar
Chorei ouvindo "Mandume"
Só não consigo suportar
Quando o choro vira costume

Nesse mundo a liberdade é amarga
É foda ter que contar com a sorte
Viver sonhando é o preço que a gente paga
Só que esperam morrer pro sonho ficar mais forte

Passam o inverno inteiro esperando
Pra ver a primavera florindo
Só que eu não perco tempo chorando
Só ganho tempo sorrindo

Querem fazer chiqueiro
Só porque enxergam o lamaçal
Sou brasileiro
Mas nem por isso eu gosto de carnaval

Sejamos Pitty seguindo na contramão
O tempo é abstrato na realidade
Não devemos acreditar na solidão
Nem sempre ela sabe dizer a verdade

A verdade é que a verdade respira por aparelho
Isso independe de crença
A dúvida cala o ordeiro
Como Getúlio assinando a própria sentença

Nunca se arrependa de se arrepender
Sinta, não importa o que você pensa
Mas não tenha medo de ler
O poema dos olhos da indiferença

Ouça o que eu vou falar:
O ego é bom, eles pintam como ruim
Eu não sei onde isso vai nos levar
São mil negativas a espera de um sim

Vivendo Death note
Os nomes já estão no caderno
Tô correndo igual Bolt
Eu tô fugindo do inferno

Isso é só o que eu penso
Não é sísmico, mas causa abalo
Todo mundo é Lourenço
E vai morrer com a cara no ralo

Olha só que perigo:
O machão me matando na internet
Mano, eu não ligo
Já morri tantas vezes depois de dezembro de 97

Onde o bem se conforma
O mal se faz nefasto
O foda é que aqui o bem está em reforma
Bem vindo ao holocausto

Eu moro em mim
E sentir saudade de casa é normal
Eu sou Odin
E minha sabedoria é banal

Não classifiquei este poema como polêmico, pois creio que a arte não deve ser censurada.

Um de meus poemas preferidos é "Poema sujo" de Ferreira Gullar, que em nome da arte faz uso de palavras de "baixo calão"...

De forma alguma estou me comparando a Ferreira. Estou apenas exemplificando.

Liberdade!
 
Adrenalina

Niilismo prático e passivo

 
Meus versos são psicografia
Eu sou médium de mim mesmo
Interpretando as fugas de minha alma
E coagindo-me pelas intempéries

Não nego os soluços de choro
Raros, rasos, mas existentes
Como se chorar fosse necessário
Pra lavar e levar minha ingenuidade

Opondo-me ao desespero
Não devo me curvar ao medo
Afinal, almas não sangram
O que sangra é a vontade da alma sangrar

Meus versos são psicografia
Eu sou médium de mim mesmo
Cada poesia é um dogma
E cada dogma um pedaço de nada
 
Niilismo prático e passivo

1964

 
É uma reação em cadeia
Onde o primeiro pecado é o pecado final
É sobre transferência de culpa
Argumentação irracional

É um cabo de guerra
Até a corda arrebentar
É um falso discurso de paz
Quero ver, pra quem o dedo vai apontar?

Lembram do evangelho de Maria Madalena
Apócrifo: "não há pecado"
Como forma de anistia
Perdão instaurado

É a prole em mistificação
E os ideais avulsos
A tortura virou Alzheimer
Em cada linha dos discursos

Eu falo das inversões
Do conformismo ao se contentar
Que liberdade é essa
Onde o cachorro é quem te leva pra passear?

Tentam caçar as ratoeiras
Armando os ratos
Cordeiros em pele de lobo
É a indiscrição dos fatos

Autocensura míope
A um palmo do nariz a escuridão
Só se enxerga o que se quer enxergar
Eu não culpo, "humanos" pensam com o coração

Mesmo amando o pacifismo de Gandhi
A revolução não deve esperar
Lembrei do Raul, o dia em que a terra parou
O Brasil decidiu continuar

No pleno gozo das suas faculdades mentais:
Brilhante Ustra ou Carlos Mariguela?
Quem atirou primeiro?
Quem sujou a bandeira verde e amarela?

Morrer afogado no raso
É o castigo dos conservadores
Mentes limitadas
Limitam também os amores

É o PACO opaco
De pensar de um lado só
Chega a gritar de medo
Chega a doer de dó

Eu não confronto opiniões
Eu respeito os dois lados
Mas são moedas distintas
Cara e coroa dos mal fadados
 
1964

Do equilíbrio (cordial)

 
"Não levo ninguém a sério o bastante para odiá-lo."
(Paulo Francis)

Me equilibro; e tento me equilibrar
Na gentileza e na estupidez
Na estupidez da gentileza
E na gentileza da estupidez
 
Do equilíbrio (cordial)

N° 1 (Aldravia)

 
Amor
nos
extremos
do
cordão
umbilical.
 
N° 1 (Aldravia)

Revoluções

 
Realidade avessa,
inversa
como a sombra da caverna.
Pontas e vontades soltas,
Absortas
presas no fio da navalha.
O paralelo da existência,
da sobrevivência,
Adaptação.
Vidas verticais.
Horizontes diminuídos.
Costumes e consumos.
Nesse imediatismo
De querer mundos inteiros.
(E são poucos os que querem
mundos internos)
 
Revoluções

Devotado as minhas dúvidas

 
Onde o diabo colocou o inferno
Senão no fardo de uma consciência pesada?
Onde está a consciência de ser
Senão na sutileza de uma alma atravessada?

Onde está a essência do pecado
Senão na natureza humana?
Onde está toda a razão
Senão nessa incoerência profana?

"Mas, me permito errar sempre que necessário
Sem medo do agora,
Escrevo meu próprio cântico do calvário
(Deixei meu ateísmo lá fora)"

Quem dera eu soubesse todas as respostas
E pudesse aqui transcrevê-las
Garanto que todos me virariam as costas
Por medo de conhecê-las

Mas do mundo não sei nada
E o mundo não sabe nada de mim
Eu tenho medo de começar
Pro começo não chegar no fim.
 
Devotado as minhas dúvidas

Claustrofóbicos da própria mente

 
Na clausura da tua postura
Toda a escassez de um sentimento
Na eloquência de minhas palavras
A revolução, o torpor, o tormento

Mas eu só sei fazer poesia
As vezes nem isso faço direito
E você não faz nada
Só que faz isso muito bem feito

Conservadorismo inútil, gritante
De braços cruzados, intransigente
Neoliberalismo afoito, conciso
De braços abertos, indiferente
 
Claustrofóbicos da própria mente

Sobre o ego que me habita

 
 
Frio,
ao ponto de saber amar.
Calculista,
ao ponto de direcionar meu amor.

Esperto,
ao ponto de se deixar enganar.
Radical,
ao ponto de não querer se opor.

Resiliente,
ao ponto de não se conformar.
Dedutivo,
ao ponto de não pressupor.

Silencioso,
ao ponto de querer gritar.
Racional,
ao ponto de não querer se impor.
 
Sobre o ego que me habita

Jeferson