Para ti, Coração
Coração diz-me a mim,
responde agora,
porque me sinto assim...,
como quem chora?
como quem ama?
Uma dor...cá dentro,
junto a ti,
que arde em lamento,
em cada momento.
Esta timidez tacanha,
que corrompe meu ser,
minha alma ja não estranha,
se nada acontecer.
Gemes em silencio.
Ser amargurado,
ou será apaixonado?!
Não sei...
talvez nunca saberei.
Cai em ti, meu coração.
Diz-me o que sabes,
mostra o que sentes,
responde de antemão.
Sentimento de ausência,
de incompletude da existência.
Sentes falta de alguém, coração?
É por isso que choras em lamentação?
De uma coisa eu sei.
essa ausência mirei,
falei, e gostei.
e talvez um dia direi.
que a também amei.
Por favor...
amaina teu calor,
é demais tal dor.
Aguenta em silencio,
Espera...
Há sempre esperança,
neste mundo de mudança.
Agora me despeço.
sei que me responderás.
Continua palpitando,
pois o mundo vai girando,
e amor receberás.
Minha Lua
Fria luz,
que me ilumina o espírito,
que reluz,
dentro do meu intimo.
Por entre risos e olhares,
fugazes mas eternos,
com imensos sabores,
grandiosamente ternos.
Brilha no alto,
por cima de nós,
por cada encanto,
com terna voz.
Beijos brilhantes,
cor de prata,
sentimentos alucinantes,
que meu coração arrebata.
Sei que nada sei,
mas saberei também
de o que agora não sei,
mais tarde saberei.
Chorai incautos!
que não ouvem o coração,
clamai em doces prantos,
fugi da razão.
Agora te digo minha lua,
que tudo vês a noite,
a vida é nua,
caso o amor não pernoite.
Por entre estrelas,
confusas e atarantadas,
guias os corações,
por entre emoções escarpadas.
Também tu tens um amor,
oh... minha lua,
sentes todo o seu calor,
por entre cada madrugadora rua.
Tem uma linda noite,
te acompanharei,
caso o amor pernoite,
contigo para sempre ficarei.
Doce musa
Musa, para ti escrevo,
Rimas espalhadas no meu ser.
Sou como um servo,
Que te faz enriquecer,
Não de dinheiro
Mas deste amor a crescer.
Morena da minha alma,
Teu ser brilha,
Tua pele escalda,
Como a areia de uma ilha.
Meus sonhos alados,
Voam por entre sentimentos,
Outrora perdidos,
Num coração amargurado,
Quase apagado.
Flor no meio da corrente
De água translúcida.
Cada pétala tua, contundente,
Por sua beleza única.
Teus olhos castanhos…
Intensos, penetrantes!
Para mim não são estranhos,
Antes apaziguantes.
Teus lábios suaves,
Brilham como mel,
Fazem voar como as aves,
Minha alma fiel.
Forte és…
Fraco sou…
Quando contigo estou,
Palavras saem tortas,
Passando entre portas.
Por fim termino.
Meu coração palpita.
Sabes que te amo,
Tal como uma torrente de água,
Que salpica,
Por entre rochas de sentimentos alados,
Profundamente maravilhados
E intensamente amados.
Vida
Vida, faço-te a pergunta.
Porque és tão atrevida?
Dás tantas voltas,
sem nunca parar...
já podias começar a assentar…
Trazes tantas alegrias,
amigos e simpatias,
e depois carregas tantas tristezas,
e incertezas.
Ando para aqui,
como barco sem leme,
perdido nas ondas,
tal navio imberbe.
Estrelas tentam me guiar,
mas já nada vejo…
as minhas cartas de marear,
já não me dão o que almejo.
Perdi-me...
já não sei onde estou,
tento m encontrar,
tentar ver para onde vou.
Esta névoa que me cerca,
não me dá hipótese,
no meu peito carrega,
um desejo precoce.
E então vida…
porque és tão atrevida?
deixa estar.....
não respondas.
vou m encontrar…
mesmo que me escondas,
irei me encontrar,
por entre as ondas.
atram it arap....
Poeta
Letras que saem de meus dedos,
como parte de minha alma,
falam de meus medos,
recitam meus desejos.
Formam frases integras,
fortes em sua espiritualidade,
ideias expressas,
com tamanha vontade.
Poemas iluminados…,
por uma alma brilhante,
que podem ser fraseados,
ou...apenas sonhados.
Um poeta é um apaixonado,
ser intensamente vivo,
que não fica restringido,
que nunca vai ser reprimido.
Fala do que lhe vai na alma,
através de uma escrita mareada,
uma estrutura amada,
jamais cesurada.
A todos os poetas,
amigos da rima apaixonada,
dedico este poema,
e que nunca contenham as poesias,
escritas em suas vidas.
Fogo Ardente
Mais uma noite chegou,
mais sentida do que qualquer outra.
Um dia passou,
fechou-se mais uma porta.
por entre cada perpendicular esquina,
por entre cada vertice desta vida,
casa habitada por sentimentos,
qua nascem como rebentos.
uma lareira beijando um recanto,
que emana suave calor,
doces odores de encanto,
quentes de amor.
arde e volta a arder,
este fogo intenso,
ate que algo o amaina
surgido do nada.
este triangulo quebrado,
despedaçado por entre cinzas,
mas ainda com brazas em seu comando,
que teimam em não perder o seu espanto.
qual chama delineada,
por entre cerrado fumo,
assim vai a minha vida,
por entre este mundo.
a vida é bela,
e continuará a ser sempre,
mas ate a beleza que encanta,
fere de um modo presente.
não tenho mais palavras...
para dizer aquilo que sinto,
mas para qué escrever rimas,
se ja estao escritas linhas,
dentro do meu ritmo.