És tu, flor!
Ajude-me poesia!
Vamos juntos...
É! esse é especial...
Como todos os outros
Mas, de grandiosidade única
Percorre os íntimos lírios dos grandes louros.
Enaltece-te com teu sorriso poético
Dos teus lábios a ressoar o gesto angelical
Da tua boca exalando palavras de doçura
Como o esplendor da aurora boreal
Singela, meiga, carismática...
Teus olhos refletem o brilho da simpatia
Profundos filósofos da vida estática
Flores saboreiam o perfume sublime de empatia
Sobrevoam por tu'alma transpondo a dor
E elevando tua face, tornam-te esbelta flor!
Nosso Amor (117)
Não chegou ao fim
Pois meu coração pertence a ti
E teu coração pertence a mim
Não iremos nunca desistir.
Ramal Aurora/Km 75
27/01/07
Palavra de Amor (175)
Pai... uma palavra só.
Palavra que se engrandece
Não por ser apenas uma palavra
Mas pelo significado e importância.
Quem pôde sempre me orientar?
Quem mostrou-me o fio de luz ao final?
Pai... uma palavra só.
Vamos junto caminhar
Pelos caminhos da vida afora
E sempre em frente e avante
Seguindo a luz que ofusca
O brilho de uma história de vitórias.
Pai... palavra de Amor.
Feliz Dia dos Pais para todos os Pais.
12/08/07
Rio Branco.
O bêbado, a latinha e o cigarro (159)
Passava eu por ali...
Em rumores de avenida descalça
A caminhar em passos curtos e desavisados
Quando ao léu miro-os...
Um bêbado, uma latinha e o cigarro.
As tragadas e goladas revezavam-se
Num bailar tóxico desnorteante
Evaporando fumaças de bocas.
Sim! de bocas, pois eram em dobro
E juntavam-se como em dueto.
Um dueto de bocas de fumaças e goles!
E o dito-cujo sujeito dançava...
Ou melhor, cambaleava em seus tetra-pés
Aos berros em meio à divisória de rua
Acenando aos amigos invisíveis e a todos.
Inclusive a mim (imaginando tombos e saliências).
Isso! prevendo os tropeços e tombos satíricos
Que não tardariam em acompanhá-lo!
E assim se foi o trio...
Entre cigarradas, goladas e tombos:
Viveram uma triste história de desgosto!...
29/05/07
Rio Branco.
No meu quintal, tu não entrares!
Oh! natureza...
Destreza
Pureza
Alteza
Vossa beleza!...
Ai! fumaça...
Desgraça
Esparsa
Coitada da garça
Devora só a carcaça!...
É!... é!... é sabido
Que natureza e fumaça
Não se pode ajuntar
Como a água e o óleo
Mergulha o petróleo...
E vai com os mares, taldar!...
O muro da vergonha (161)
Os mexicanos reclamam:
– El muro es una humillación para los mexicanos!
É sim! Situação humilhante
De se sentir vergonha e receio.
Mas o que há de fazer?
Se os boys do outro lado ditam as regras
Mandam e remandam em nós
Com total supremacia e veemente dicção.
E os mexicanos re-clamam:
– El muro es una humillación para los mexicanos!
Revela-se um novo Muro de Berlim
Revive das cinzas, agora sendo o Muro dos Boys...
Dos boys lá cima do mapa!
Hemos de continuar a erguer as muralhas da vida?
As muralhas do Amor;
As muralhas do Saber;
As muralhas da Amizade;
As muralhas da Felicidade;
As muralhas da Poesia.
Temos de derrubá-las uma por uma...
E só restarão os muros do passado.
02/06/07
Rio Branco.
Às Marias
Maria, Maria!
Assim é teu nome, nome de poder
Reina sobre os povos
Intenso no teu dizer
Ateia, profundamente, e fogo da alma...
Belíssima designação divina
Maria, mãe de Jesus.
À todas.
À Luiz Iris (123)
No seu íntimo vive o poeta
Ferido de mortal talento
O dom de palavrear em reta
Proferindo versos ao alento
Ao nascer versou a luz da vida
Com o choro da nova vitória
Pôs seu corpo em mãos de mãe contida
E assim deu-se início à história
O maior e perfeito poema que o fez
Foi à nós ter sido enviado
E com a Poesia nos embebedar de vez
De repertório único e agraciado
Teus versos são de total lucidez...
O poeta vive e sempre será entoado.
Esse é pra ti amigão.
Um Poeta sem-igual.
Observo-te! (156)
Ao longe... bem ao longe, observo-te!
Estagnada pela fusão pura de olhares
Vens! corres até cá e forte agarro-te
Após o beijo roubado em doces sabores
E calorosos, que costumávamos trocar
Sempre, ao bojo reluzente de nova lua.
E cantávamos... aos fluidos do amar
Encharcando-nos, em longas noites nuas.
Se te vais agora, dê-me o meu beijo
Último! e parta argüida de mim
Aos suspiros malogrados, e deixo
Em ti, o brio vivo do carmesim
Como rosas floridas dou-te ensejo
De bem ao longe, observar-me partir.
15/05/07
Rio Branco.
Fios de insanidade
A solidão me afoga nos teus vácuos,
Ergue-se no mastro da insanidade
Onde me ponho à tua espera,
Um pobre louco de amor e saudade.
Sinto meu corpo a deslizar na escuridez,
Desfigurar-se em teu olhar de açoite,
Perdido em meio à tua eterna noite,
Nos pedaços de tua esbelta palidez.
Sem teus lábios vis, que me alucinam
Viajo nos teus olhos de luz cintilante
E me imagino teu por um instante,
A percorrer vales de lírios de tua’alma,
A beber perfumes sacros do teu corpo,
Amando-te e abraçando a sorte
De ser só teu até a morte.
Feito por Edi e Di.