Poemas, frases e mensagens de Ludiro

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Ludiro

Nenhum homem é tão completo que não tenha uma meta, algo a desejar. Até mesmo aqueles que não acreditam mais na vida, mesmo assim, desejam algo... o amor é que infunde a qualidade deste desejo!
-- Ludiro

Folhas secas

 
Folhas secas

Abandonadas ao solo
largadas
Pelo vento levadas
De um lado para outro
Violentadas
Pela chuva da madrugada
Desprezadas pelo tempo
Pisoteadas pelos animais
Que passam em manadas
Estas
Alimentam a terra!
^^Ludiro^^

Poema destaque na Blocos Online
 
Folhas secas

Reflexos

 
Reflexos
Vidros
Espalhados pelo chão
Refletindo
Os cacos de vidas
De uma nação
Vendo
Em pequenos reflexos
Uma ilusão
A decepção
Um povo infeliz
Miserável
Caos
Sol na pele escura
Queimada
Mãos marcadas
Em chagas
Descalços
Desnutridos
Em longas caminhadas
Buscando água
Em grandes latas
Carregadas
Sobre suas cabeças
Uma ingratidão
Em pequenos cacos de vidros
A minha visão!
^^Ludiro^^
 
Reflexos

Substância orgânica

 
Substância orgânica

Caminhando pelos vales
No solo fértil
Hidratado
Em poças de sangue
Rubro escarlate
De mortos militantes
Jovens sonhadores
Buscando conquistas
Lutando entre si
Como inimigos co-patriotas
Conquistando
O solo
Onde tombavam
Sem serem felizes
E ali
Abraçados em suas conquistas
Como uma substância orgânica
Adubando a terra
Pereceram
Aguardando
A sua descoberta.
^^Ludiro^^
 
Substância orgânica

Pensamento ludiriano

 
Nenhum homem é tão completo que não tenha uma meta, algo a desejar. Até mesmo aqueles que não acreditam mais na vida, mesmo assim, desejam algo... o amor é que infunde a qualidade deste desejo!
-- Ludiro
 
Pensamento ludiriano

Sonhos

 
Transbordam
Afogam-me
Em lágrimas
Que traçam
Meu rosto
Formando desenhos
Desconexos
Sem sentido
Misturados ao suor
Do corpo cansado
Deixando encharcadas
As vestes da minh'alma
Nas profundezas
Do sonho
Angustiante
Onde
Acordei
Sem
Fôlego

-- Ludiro
 
Sonhos

Transporte

 
Transporte

Lata
Plena de água
Carregada sobre a cabeça
Pintada por cabelos brancos,
Onde a água escorre
Lavando sua fronte,
Refletindo de longe
A luz do sol
Que em seu rosto
Presenteia a cegueira.
Mãos calejadas,
Pernas esgueiras,
Pés rachados.
Inchados.
A cada passo,
Um pouco de poeira
Na bainha do seu vestido,
Sujo, surrado e rasgado.
Uma infeliz trabalhadora
Que passa
Levando
A água sobre sua carcaça,
No sustento de pequenos alentos,
dentro de um barraco,
Desidratados,
Sem alimento!

-- Ludiro
http://luzpoetica.blogspot.com
 
Transporte

Calafrios

 
Calafrios

A alma sustenta
o que o corpo não agüenta
Corre nas veias
O calafrio
O sangue contaminado que jorra
das injúrias em tormentas
Arrastando o corpo pelas ruas
Vendo a lama
A podridão
A sujeira
Escancaradas e nuas.
Para que as vestes?
Quando os olhos perceptivos
contemplam a falsa verdade
Retiro minhas vestes
Pêlos e peles
Para mostrar
Que a realidade é igual à de todos
Um monte de carne fétida!

-- Co-autoria Ludiro / Benvinda Palma
 
Calafrios

Insônia

 
Áspera e tardia
Aurora pra chegar
Nas entranhas dos meus sentimentos
A volúpia dos meus pensamentos

Na agonia, no anseio
Aflora a inspiração
Poucos versos, mais desejos
Ai! Quanta solidão

Palavras caem no papel
Como se fossem lágrimas
A distância do amor
O desejo, a dor

Fazem da caneta e papel
A união que faltou
Em traços e rabiscos
Veja o resultado que chegou
^^Ludiro^^
 
Insônia

O olho do urubu

 
.
Terra árida, cascalhada,
de serpentes e víboras.
Vagueia a cachorrada,
onde o gado é seco ou largado ao chão,
chifre sobre um esqueleto,
o couro corroído,
ninho de gavião.
Entre espinhos e cactos,
um gibão e o facão.
O sol sacramentando
a pele avermelhada,
boca rachada
em busca da
inexistente plantação.
Onde nasce a vontade
de vencer o sertão,
a sede e a insolação.
Atrás, o cão magro
acompanhando a fraca
desordenada criação
de cabras famintas.
Sinos no pescoço,
alertando o observador
que, à distância, acompanha
em olhos de urubu
o tombar das pequenas
fontes de alimentação.

-- Ludiro©copyright
 
O olho do urubu

Sal

 
Sal

Largo agora
os meus braços cansados!
Fecho meus olhos úmidos,
Lacrimejados...
De nada valem as palavras,
inverteu-se o verso.
O suco da minha dor!
Largo em cima do papel
o meu coração estampado...
sangrado em fios
de arame farpado,
quebrado o cristal
o lilás se fechou
na saudade esquecida.
Deixe-me quietinho
voltarei a sorrir.
Somente agora
neste efêmero momento.
Triste...meus versos
estão todos molhados
com perfume de jasmim
que meus olhos derramaram.

-- Ludiro e Cláudia Gonçalves

PS: No Brasil, úmido escreve-se sem "H"!
 
Sal

Antologia "Poemas Dispersos"

 
Antologia Poemas Diversos

Clique AQUI para ver a capa da Antologia!

Organizado por Elenilson Nascimento.
Prefácio por Antonio Naud Júnior.

Texto de Contra-capa por Ludiro:

Entre muros e paredes, sombras e grades, escondem-se as prostitutas palavras, como fantasmas, lendas poéticas, meras almas penadas, entregues por migalhas aos olhos adúlteros e leigos do leitor, à busca perdida, num grotesco mundo onde as imagens se corrompem aos governos abalados e medíocres, e em estabelecimentos de ensino sem incentivo. Por saberem que já tiveram vidas alegres, ocupadas com tantos objetivos certos, sofrem e lutam atrás do que lhes pertencera: os séculos, suas vidas milenares, decididas nas histórias como vencedoras e agora como “vencidas”. E estas malucas palavras, saem em busca de amantes fiéis e indispensáveis que as tratem decente e docemente como eram por seus súditos em realezas, altivadas como rainhas literárias.

O poder destas não findou, mas, preparadas e mais fortes em magias poderosas, esperam o momento certo de entrar em ação e sair do triste vale sombrio de concretos e grades, onde os animais têm formas humanas que buscam a destruição do reino literário: alienados vampiros que sugam a seiva culta e rica de energias filosóficas e culturais, deixando o mundo "caótico” e desprovido da ciência.

Seus momentos estão marcados para serem disseminados nos quatro cantos do planeta, devolvendo o devido lugar das merecidas princesas que aguardam suas coroações como rainhas da imaginação.

Reunidas em “Poemas Diversos”, fazem suas últimas estratégias de ataque aos corações esquecidos e adormecidos, com unhas e dentes, para a conquista de suas regiões, entrando em marcha contra o seu esquecimento, apodrecimento, ante a mais poderosa batalha poética, ante o discernimento intra-ocular das cabeças crentes na sabedoria, conquistando, ocupando e mantendo o território vago e oculto de massas pensantes, destruindo a ignorância e acendendo um sol poderoso -- a luz poética -- uma arma infalível na ação, a arma intelectual que transporta o cavaleiro leitor aos horizontes, nos quatro cantos do mundo, na dimensão do universo infinito, no qual o raciocínio imaginário pode cavalgar.

Após esta conquista merecida há décadas, o mundo da literatura voltará a ser cultivado, produtivo e rico em imaginações encantadas, com uma colheita de novos frutos alados por desbravados leitores, galopados por seus belos cavalos de porte chamados livro. Os garimpos darão jóias preciosas com um nome em comum chamado poesia!

Por ^^Ludiro^^
 
Antologia "Poemas Dispersos"

Absinto

 
Absinto

Bebo do teu nectar,
entrego-me em teus lábios!
Morro neste (Ab)sinto
que degusto em tua boca
e entrego minha alma,
te envolvo na melodia
dos meus braços.
Entrega-me e
Alivia minha dor
no deleite deste amor
e derruba-me
no gole mortal
deste (ab)sinto.
Que mal sinto
em meu corpo ardente
o labirinto de teu corpo.
Estou vivo e...
estou morto!
Mas sinto o teu (ab)sinto
em minha gartanta,
Queima a carne
levemente em teu olhar
profundo e profano.
Deixo absorver
a dor saborosa
deste alívio
partir--
pra dentro de ti
e te Sinto
num gole de (ab)sinto
de tua saliva--
que nos integra num único ser!

-- Ludiro
 
Absinto

Nos olhos dos Anjos ©

 
Um anjo,
entre as nuvens do meu olhar,
os escárnios de teus lábios,
o sorriso atrevido,
o gozo da alma,
Uma luz...
pousaste logo ao meu lado e...
acompanhado de mais um anjo alado,
de plumas e vestes alvas,
deixaste-me apavorado
na visão--
torpe e angelical.
Assim ... apaixonado!
De onde vieste?
Das nuvens?
Das estrelas?
Ou de um universo brilhante e desconhecido?
Ah lindo Anjo!
Escultura grega do amor!
Anjo de Afrodite!
Acompanhado do pequeno anjo cupido,
pareado com seu arco bandido
e flechas flamejantes,
acertaste-me em chamas
num grito de quem clama
beijos constantes.
Minh'alma te implora
Anjo malvado!
rasgaste-me o peito,
arrancaste-me o conforto
e deixaste-me no sufoco,
desejando feito louco
o doce de seus beijos.
Olhos de profundo oceano!
Meu corpo profano,
quis mergulhar!
Desejos, delícias e loucuras
dos olhos sem censura a observar.
Anjo safado, anjo sereno.
Trago-te uma rosa vermelha, escarlate, púrpura,
sangue das minhas veias!
Abraça-me forte em teu peito!
Arrebata-me ao inferno
e beija-me, beija-me e beija-me,
envolve-me em tuas asas
aquece-me em tuas plumas
o teu fogo ardente
e , conseqüentemente – [mata-me]
de prazer, de amor!

-- Ludiro
 
Nos olhos dos Anjos ©

Andarilho

 
Sou homem de pouco espaço
Tenho como companheira a vida
Abaixo do sol, chuva e tormentas
Sinto o chão umedecido em meus pés
E torrenciais sobre a cabeça
Carrego a graça em meu coração
A imagem de Nossa Senhora da Conceição
Nos braços a tralha dos pertences
Coisas meras, de pouca importância
Mas carrego junto a mim,
Pois são cacos de lembranças
Vagueando entre espaços
De tempos e distâncias
Uma viola de cordas e magias
Tocando e chamando a atenção
Para trovas de alegria
No calcanhar de minha vida
Rachado em agonia
Em poeiras levantadas!
Penetrando as sandálias
Perna esgueira, mas fortes sustentando este corpo
Pés carcomidos, andantes pelo mundo afora
De palavras e experiências
Já fiz mais do que imaginam
Na vida de andarilho esculachado
Atravessei o Brasil de lado a lado
-- Ludiro
 
Andarilho

Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!

 
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!
 
"As sementes da vida precisam ser semeadas com paz e amor, e assim, poder gerar o alimento que
precisamos para viver.

Viver com alegria, coragem e
determinação de seguir adiante.

Viver o presente com sabedoria
e plenitude para que o ontem
seja um sonho de felicidade e
cada amanhã uma visão de esperança.

Feliz Natal e

um Ano Novo cheio de realizações..."

São os verdadeiros votos do Poeta Ludiro

Luz Poética
 
Feliz Natal e Próspero Ano Novo!!

Mutilado

 
Do meu corpo mutilado
Dou um pedaço a você.
Meu coração explode
No pulso,
Doce impulso,
Leve fantasia.
-- Leve-me!
O pedaço do meu corpo
Dilacerado que te dou,
É uma poesia!
-- Ludiro
 
Mutilado

Droga de vida! Vida na droga!

 
Não queria ser este garoto abandonado
Que todos me deixam de lado
Não queria ver um menino beber um refrigerante
As vezes não tenho nem água
Olha aquele tenis maneiro no pé daquele boy com sua mãe
Hah! Não tenho nenhum dos dois
Duro é estar com fome
Passar na frente da padéra e ver tanta coisa gostosa
Nem mesmo uma senhora, uma moeda tem pra me dar
Aquele troquinho do pão
Um pedaço do pão
Saio, sento na calçada e olho pro chão
Vejo uma bituca de cigarro pela metade queimando
Fumei! Fazer o que! Nunca me falaram que faz mal
Não tenho televisão, como vou ver propaganda
"Ministério da Saúde adverte..."
É mesmo está escrito na embalagem
Não tenho uma moeda pra comprar um pão
Comprar maço de cigarro...
Mas já vi uma dessas caixinhas no chão
Infelismente naum sei ler
Pedir pra alguem ler pra mim!
Imagina! Não me dão atenção quando peço um pedaço de pão
Como vai ser com um maço vazio de cigarro na mão
É, o negócio é olhar pra frente!
Isso que vou fazer agora que já fumei...
Mas estou olhando pra frente, lá pro outro lado da rua
Olha lá, dando bobeira
Com sua carteira
Não quero fazer isso
Mas estou com fome, ninguém me dá, não posso trabalhar
Vou correndo pegar
Coitado, ficou gritando pega ladrão
Corri um montão, com a carteira do velho na mão
Ha! Ha! Ha!
Agora tenho dinheiro pra gastar
Tenho que tomar cuidado...
...E se a policia me pegar!
Vão me chamar de trombadinha ladrão
E posso preparar que muito vou apanhar
Além de tantas porcarias que vou escutar
"...seu Pivete, filho da puta, sem vergonha, ladrão..."
Com certeza isso vai ferir muito mais meu coração
Por causa da minha fome virei ladrão!
Ainda fico me imaginado sair de uma delegacia mancando depois de tanto bofetão
Mas eu continuo olhando pra frente!
Procurando um lugar escondido, pra poder contar o dinheiro que acabei de pegar
O que seria melhor se eu pudesse trabalhar
Sou pequeno, sem conhecimento, todo sujo, mal sei falar!
Já começou o preconceito, quem vai me arranjar
Aquele que aparece é pra abusar!
"Tremendo filho da puta", sou uma criança, tem que me respeitar
Deixa eu crescer...vou te matar
Mas que pensamento insânuo
"Já sou pobre fudido, ladrão, abandonado sem pai sem mãe"
E quando ficar adulto, um assassino me tornar, não!
Isso não! Deixa pra lá! Esse vagabundo um dia na vida vai pagar
E até mesmo não sei se chego lá, por que sempre estão tentando me matar
Vivo dormindo em vários lugares pra ninguém me achar
Até que aparece um mané, com algumas coisas na mão
Me falando: "...então, qualé, num vai pegá mané, te dou um dimdimzinho e ainda pode tomar um picolé..."
Fiquei feliz, vou trabalhar, não sei que porcaria era aquela, mas estou indo entregar
Coisa simples de fazer, ainda ganho um dinheirinho e um picolé
La está, o lugar pra entregar, vou chamar pra ver o que vai dar...
"...Oh seu fulano! Oh seu fulano! Trouxe aqui a parada do Sirclano, vem pegá"
Abriu a porta e..., e logo entreguei e já falei, cade o dinheirinho e o picolé
Ele me disse, "...entra ai muleque que vou te dar..."
"Puta que Pariu, que é isso?"
"É o seu picolé, não qué, vai ter que querer, vai tomar não é?"
Caraca, uma puta agulha vindu me furá, ai...Vazei
Nunca corri tanto, até escorreguei!
Que porra era aquela, hah! Ficar pra vê, escapei pela mercê que nem deu pra vê
Não quiz nem saber de fulano e sirclano, não quero morrer
Estou cançado, olho pro outro lado, vejo um menino sentado
Sujo e rasgado igualzinho a mim
Com um saquinho na mão, obah! Pensei que era pão
Vamos dividir irmão...
Ele colocava no rosto e brincava de encher e esvaziar, que diversão
Peguei o saquinho e olhei pro garoto que ria feito um bobão
No fundo do saco uma meleca, sei lá o que era, mas brinquei
Era legal, tinha um cheiro estranho e via o garoto rindo se divertindo
Cada vez que o saco esvaziava na minha cara era uma gargalhada que o muleque dava
"Ueh!! Ai pivete, tá me tirando?..."
Na verdade, quando percebi tudo estava rodando, milhares de sininhos tocando
Fiquei com ele brincando, rindo e sacaneando, nem percebi
Foi rápido, passou o tempo, quando descobri mais um pouquinho que vivi
Me virando aqui, ali, cresci, e aquele muleque é meu amigo, sempre me acompanhando
Virou família, virou irmão, grande procaria, só droga me trazia
Hoje sou viciado, aquela porcaria de cola não tá mais funcionando
É pedra pra todo canto, e eu! Eu ainda garoto, que alvoroço
Estou morrendo, ainda estou querendo, magro feito caniço, me ajudem, me acenda essa pedra que não consigo!
Hei você! O que quer que eu faça, me dá mais pedra, me dá!!
"Te dou, mas tu muleque, vai ter que matar, matar o beltrano pra me vingar
O "filho da puta" armou uma boca pra ele e uma tocaia pra me acabar
Pegar toda minha freguesia pra gerenciar.
Mas primeiro tem que fazer o serviço malandro, depois as pedras deixa que voi te dar
Aqui está a PT, não quero nem saber, amanhã vamu converçar"
Pronto to virando assassino, não queria, minha cabeça doia
A necessidade forçava, a pedra me chamava, que droga de vida!
Que vida na Droga!
Que vida acabada, abalada, sem acreditar em Deus, sem acreditar em graça.
Mas um anjo me apareceu, no meio do nada.
Ai! Ai acreditei!
Por que esse anjo me ergueu, na mesma hora em que apareceu, me deu a força
Me tirou da fossa! Ainda bem não matei, a PT nem sei, joguei fora não guardei
Me deu banho, comida, roupa e um quarto!
Estou cheirozinho, limpinho, nunca me senti assim antes
D'Maria, que me tirou da porcaria, me aceitou como filho de coração e me internou na clinica de recuperação
Noite e dia, eu sofria, minha carne, meu corpo queria, meu coração sangrava, eu chorava, eu morria
D'Maria, me amava, todo dia me visitava, ia pra casa e razava, no outro dia ali comigo estava
Converçava e chorava, minha dor, grande dor ela compartilhava, não era nada minha, era minha mãe que Deus me dava
Apareceu na hora certa em minha vida errada, minha vida estragada e dilacerada
A mãe que me adotava, a mãe...
Verdadeira e pura, que me afagava em sua cintura, tirava toda minha dor
Hoje eu sou um senhor, tenho minha linda família e nenhum de meus filhos faz o que eu fazia
Não tive infância, mas tive uma mãe, grande mãe
Vencedora, heróica e valente, meu coração hoje ainda sente
Por que quem venceu foi ela e não eu
Por aquele anjo que Deus me deu
Hoje são as lágrimas por ler a fraze de seu descanço
"Aqui jaz D'Maria, a heroína que me salvou"
^^Ludiro^^

O conto acima é fictício de minha própria autoria, não foi baseada na história de nenhum conhecido, embora possa haver algum caso semelhante que desconheça!
As palavras prejorativas utilizadas são apenas formas de ilustrar o conto, não sendo termos ofencivos ao leitor!
 
Droga de vida! Vida na droga!

Crônica para o dia das Mães

 
Crônica para o dia das Mães
 
Crônica - AMAR-TE-EI MAMÃE!

Nossos cordões umbilicais não foram cortados.
Vivemos constantemente ligados às nossas mães.
Elas partem e não cortam esta ligação divina em que nos apoiamos por toda nossas vidas;
-- "Mamãe!!" a primeira palavra do nosso vocabulário;
-- "Minha mãe!" Primeira coisa que pensamos quando precisamos de algo;
-- "Manheee!!" primeira coisa que gritamos após um susto.
Mãe, mãe e mãe...
Mãe isso, mãe aquilo, e lá está a mãe, chamando a atenção do filho que pede atenção.
Esta nossa proteção diária e divina que nos pegou no colo, mesmo quando velhinha afaga nossos cabelos --cabelos este que, ainda quando brancos, queremos suas mãos enrugadas, trabalhadas a nos acariciar.
Mãe com suas preocupações carregadas de orações, para com o filho que, nem sempre, lembra-se de avisá-la, de se preocupar com o que poderá advir de seu esquecimento, de sua falta de preocupação!
E lá estão elas, ocupadas em nos proteger de algo que possa nos acontecer, abraçadas em suas preces, nas suas conversas diárias com Deus! Assim, óbvio, Deus ouve nosso pedido sempre por último, pois nossas mãezinhas estão lá, rezando tanto por nós, até seus joelhos não agüentarem mais.
Deus as ouve, nos socorre e só depois verifica o que queremos!
Nosso anjo-da-guarda em constante proteção, é esta mãezinha de terno coração!
Mãe, sofrimento constante e amor eterno. Mãe, único e verdadeiro amor, tão grande e cabe perfeitamente neste diminuto coração materno, pequeno por fora, imenso, elástico por dentro!
Mãe mulher, verdadeira, pura, audaz, forte e, eu, apenas um filho, cheio de falhas, que provavelmente muito a tenha feito chorar e sofrer... um fraco, carente, sempre desejoso de seus abraços fortes, quase sem forças!
Filhos, filhos e filhos, não mudam. Serão sempre os que correm para agarrarem-se à barra de suas saias, onde secam seus olhos nos momentos tristes, onde se apegam nos momentos em que caem, sem forças para se recuperar!
Mãe, minha fortaleza, meu ser, minha alma e minha vida!
Mãe, tu deste e daria tua vida por mim! Eu, apenas um filho que gostaria de te dar o maior e mais precioso tesouro do mundo: meu imenso e puro amor acompanhado dos céus, dos mares, as estrelas, do espaço universal. Presentear-te com todas as jóias mais preciosas do mundo!
E, por ser filho, queria poder dar-te a vida eterna para estar ao teu lado
e abraçar-te, beijar-te a todo instante.
Que a nossa distância não passe de um simples estender dos lábios para beijar-te e receber seus doces beijos, a me acalentarem, me encherem de vigor e a me fazerem sentir um homem criança!
Minhas lágrimas mãe, são tuas, por este amor maior que me tens!
Mãezinha, infelizmente, não posso te dar tudo isso, mas o tesouro de Deus posso te enviar em pequenas e singelas palavras, palavras estas que explodem o coração e altivam a alma , te colocando no posto sagrado de mãe!
Este é meu eterno presente, que não tem preço e o tamanho é imensurável: EU TE AMO TANTO QUE MINHAS LÁGRIMAS ESCORREM!
Deixa-me dar todo o meu amor que não chega a uma fagulha do teu!!
EU TE AMO TANTO QUE MINHAS LÁGRIMAS ESCORREM!
^^Ludiro^^
 
Crônica para o dia das Mães

Um trago

 
Trago-te em meus braços,
dou um trago doce
nos teus lábios carnais,
te levanto em suspiros,
estrago o abrigo
que cobre seu ser
e...
toco teu umbigo.
Um arrepio,
vários gemidos,
te deixo (nua) vazia
e trago--
o mais doce trago--
num gosto de mel.
Nos teus lábios
encontro o meu céu,
e te trago junto a mim!
-- Ludiro
 
Um trago

Alegria ou Loucura

 
Alegria ou Loucura

Ora! Eu queria ouvir as estrelas...
Saber o que elas querem dizer,
Devem ter tantas coisas para falar...
Pois não param de piscar,
pular e cantarolar!
Se meus ouvidos fossem finos,
sensíveis o bastante,
confidências indecentes--
com elas compartilharia,
uma alegria!
Amizade confidente...
Uma linda e bela
estrela cadente--
fugiria conseqüente!
Eu, aqui na terra,
Impotente!
Seria preso, internado,
tachado de maluco,
doido, pirado,
por ficar parado,
no meio da rua,
falando o que não deve,
sem ter ninguém ao lado!

-- Ludiro
 
Alegria ou Loucura

Deus encanta-se quando os pássaros poetas tocam o céu com suas asas!

Cordiais e poéticos abraços!
^^Ludiro^^