Seiva da Noite
No soro da noite
A sua seiva é extraida
O lobo da noite
Ataca a presa adormecida
A sua alma é atacada
Pela labora
Aperta-lhe a garganta
O que aperta a Hora
Sobre o soro da noite
6 lobos jantam
Devoram a alma
Do pobre coitado
Sugam-lhe o sangue
E bebem-le o corpo
É o soro da noite
É a seiva do morto
Se quiserem podem comentar:)
eu não mordo...pois é de dia...he he he he ]:)
Esquecimento
Suspiro do vulto
A cada instante
Saí o sangue bruto
Constante
Saliva murmúrios
E palavras obsuras
Mata heróis
E destrói as suas aventuras
Canta esquecimento
Semeia desalento
Corta a ligação da vontade
Provoca alterações na realidade
Provoca o saber corrupto
O suspiro do vulto…
O meu filho
O meu lindo filho, o filho que eu vou amar, o filho que desejo ter.
"Cúcú, olá, olha para o pai filho, olha; dá-me as tuas mãozinhas,assim...olha para mim, cúcú..."olha, o teu pai é como tu filho, um sonhador, um pouco moido, mas ainda assim um sonhador, vem comigo filho, vamos abraçar a infancia que ainda temos, vamos brincar filho, vamos..."
O teu velho pai filho, o teu velho pai, que por enquanto ainda é novo, mas ainda assim já me sinto velho...Oh meu filho...O teu pai passou por tanta coisa em tão pouco tempo filho, amou e odiou, criou e destruiu, perdeu e achou tanta coisa filho, mas tu não filho, mas tu não , juro por todas as forças que este corpo gasto tem, filho; juro que nada te mal aconteçerá, e que eu desfaça quem te fizer mal filho...eu juro filho, eu juro.."vá fecha os olhinhos filho, fecha-os, e dorme, dorme descansado que o pai, protege-te dos perigos, o pai, ama-te filho, o pai ama-te muito..."
Texto dedicado ao meu pai.
Rei das cinco pontas (Reino da Psicose)
Tiveste azar meu amigo
De não poderes escolher
O teu destino
És fruto de uma má decisão
És um bom ódio de uma relação
Tiraram-te o que mais amavas
Arrancaram-te aquilo que acreditavas
Daí a tua rebelião e o teu amor pela destruição
Eu compreendo-te
Alias não sou o único
Não te deram escolha
Não te deram hipótese
Só te deram o
Reino da Psicose.
Entranças do Vazio
A vida corre nas entranças do vazio
calma paira no luar
como a alma acesa presente
no verbo amar;
Escolha de respirar
Ou de morrer subterrado
A alma e a minha vida
Pelo meu ser alado;
Vem de onde vieste
É para a calma que eu vou
Morte incerta de um ser
Que em tempos não amou;
Pela beleza pendente
Na noite que permanece
Na alma que se prende
E um sonho me enlouquece;
Amar os cortes
Lutar contra as mortes
Navegar ao sabor do rio
A vida sempre correrá
Nas entranças do vazio.
Vergonha
Despe-te… tira a roupa
Tira a carne,
Os olhos
E as orelhas,
Deixa a boca…
Saboreia a tua carne
Bebe o teu sangue
E inala o teu pecado,
Saboreia a tua alma
E o teu ser desonrado
Prova…
Prova o que é teu
E que sempre o será
Acostuma-te ao sabor
Pois ele nunca mais sairá…
Hospitalidade
Deixa-me deitar ao teu lado,
Vala…não tenhas medo
Deixas-me aqui ao frio?
Eu sei que tens um lugar
Para mim
Nesse coração vazio…
Já não nos vemos
Á tanto tempo…
Não queres matar a saudade
Por um só momento?
Depois de teres cada vez menos visitas
Não dás lugar a um velho amigo?
Vala…
Tenho os ossos a gelar!
Podias ao menos abrir
A tampa do caixão
Para me deixares entrar…