Poemas, frases e mensagens de Moon

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares de Moon

Ainda bem que não escrevi

 
Ainda bem que o amor custou
E a noite te levou pra ela
Ainda bem que o sonho vingou
Do alto da minha janela
Ainda bem que a saudade chorou
E me pediu pra juntar á dela
Ainda bem que a vaidade falou
E me disse que era a mais bela
Ainda agora vi uma luz,
Que me leva pra longe, me segue pra outra viela
Ainda bem que a dor não passou
E alma virou Cinderela
Ainda bem que a Terra não sou
Eu não queria ser igual a ela
Ainda bem que não falas para mim
O mar engole esta e aquela
Ainda bem que á um poema
Que me leva do fundo da cela
Ainda bem que á quem diga o que quer
E se o destino quiser, serei ela!
 
Ainda bem que não escrevi

Amanhã

 
Prefiro-me assim,
Pelo tempo perdida,
Sentindo-me esquecida
e sem vida.
Ser ainda mais insegura,
Voltar a ser transparente,
Ser obscura,
Sem que ninguém me faça frente.
Afastar-me desta sina,
Sem perfume,
Que me excluam da rotina,
Façam o costume.
Tudo isto me resume...

...Resumia
Quero frisar neste dia,
Que antecede outro de mais-valia,
Que jamais quero voltar a ser assim,
Agora pretendo fazer-me frente a mim,
Deixar estes sentimentos para outro fim,
Progredir com o que nasceu há pouco.
Saibam que há-de ser louco,
Quem tentar afastar de mim,
O meu outro pouco que nasceu assim!
Agora quando falo ao vento,
Das folhas que se arrastam por este amadurecimento,
é como de noite imensa ver amanhecer,
Noite de negro que vos faz tremer,
Com o meu novo renascer.

Os meus olhos fecham-se para me procurar,
Até que não hajam mais estrelas no ar,
Nem mais ondas no mar.
Nunca mais me hão-de encontrar.
 
Amanhã

Zero

 
Pelo silêncio da mentira guardada, vê-se ferido na ilusão de um quarto pela alvorada, e perdido pelo chão imundo, lembra o seu cair bem fundo do topo do meu Mundo.
Foi tanto inteiro como vão, foi completamente meu, mas inteiramente não... no entanto só não pôde ser aquilo que não quis. Não me pôde acusar de tudo o que fiz, pois antes era a sua musa, das frias madrugadas, agora sinto-me intrusa, vasculhando as suas moradas... não quero perturbar o seu caminhar, ou desviar-lhe o olhar!
Por isso, larguei-o, num lugar onde se perderam desejos, onde faltaram beijos e lembraram vontades... Estará sempre enclausurado em saudades sem saber que caminho o levou, viverá sem querer no lugar onde estou, guardando-me por onde vou, mas deixar-me pelo que sou.
Por fora, tudo será á sua maneira, o beijo ás escondidas, o chorar á cabeceira, o abraço comedido, na minha vida inteira... Mas quando apagar os seus olhos do meu olhar, saberei esquecer o que me fez de primeiro chorar.
No entanto, ele não se trata de um inútil a criar atrito, pois a sua nulidade é bem maior que o infinito!
E é a sua falta, aquela que sofro e sinto.
 
Zero

Insónia

 
Começa a haver noite, e nascem com ela os desígnios escondidos que me serviram de recosto no passado. Sinto sossego ao avistar que já todos se preparam para ser embriagados de sono...
É sublime e doce, a dor de um fim, a apatia de um rosto... como se sentisse fogo em mim.
Para onde vou, perguntas tu. Nada neste Mundo me fará parar, largo-me do teu beijo, porque jamais me irás esperar.
São estas, memórias que receio, a angustia e o devaneio...
Sonolentamente de certa forma ainda o quero, velo o meu desespero, dou voz e passo ao exagero, porque três quartos da noite já terão passado, e o meu pensamento ainda se manterá por ti acordado...
Enche-me de vez o coração de coisas para dizer, ou cala-me a boca, arranjando outra forma de o fazer.
O céu citadino faz-se amanhecer, a rua e o rádio ritmados, trazem o ruído que tanto havia esperado.
Agora sei por onde me deixas-te... Eu? Ficarei sempre por trás das palavras que não falaste.
 
Insónia

Carta em papel perfumado

 
Usaste palavras em mim, como vontades inibidas que me preencheram as lacunas da vida, (não que isto fosse necessariamente algo mau..) mas ficava sem nada para te dizer de volta. Passeavas como um verso a meu lado como que a cada passo pisasses a lua, fazias nascer o sol desejado, e acordavas-me com vontade de ser tua.
Escrevias cartas em papel perfumado com a essência do amor, do despertar do sonho aguardado, mas que de nada serviram ao vento... que arrasta cinzas, que extingue o tempo.. que me desenha no peito a tua última carta.. O meu sonho desfeito, a carta rasgada!
Por castigo, respirei poesia e chorei, perdi-te ingénuamente, rasguei as cartas e esperei..
 
Carta em papel perfumado

Viajei para dentro de mim

 
Atropelo-me e desfaço-me em silêncios, que não param de me queimar a face num pesadelo sem fim..
Aguardo pelas palavras que não chegam, pelos dias que não passam, pelos impossíveis que não se convertem, e pelo que nunca te soube dizer...
E tinha ainda tanto para falar... mas nunca o suficiente para o fazer! Devo-me ter perdido entre palavras desditas que não me fazem sentir em mim e as miragens malditas que não me deixam pôr-te um 'fim'.
Eu nunca deixei de aqui estar, mas a minha alma decidiu fugir, se tudo aquilo que quero está agora enterrado no mais fundo dos cantos, deixa-me então até a mim partir.. Hoje preciso ver-me longe de ti, curar todas as minhas feridas e não pensar em mais nada, senão em mim. Porque toda esta chuva que me molhou o rosto, gelou-me a alma e trouxe-a de volta. Agora os olhos que antes eram teus, não conseguem mais ver, cegaram-me o coração que agora chora sempre que a noite chega.
Não voltarei a olhar para trás! Vou sem destino, sem bagagem e retorno. Hoje já não me assombra a tua ausência nem me pesa o teu olhar, por isso não te espalhes em saudades porque jamais hei-de voltar.
Quando sentires a minha falta não me tentes perceber, entende antes os meus silêncios...
 
Viajei para dentro de mim

Desabafos

 
O que fui, já não sou
O que ficou já se perdeu
Não estou mais em mim
Não sei o que sou eu

Onde fui, já não estou
Onde estive, acabou
Não estou em sítio certo
Já não há 'longe' nem 'perto '
Nem frio ou deserto

Tudo o que tive, já se apagou
O choro que caía jamais cessou.
O que quero, jamais hei-de ter
E o que temia, voltei a perder

Quem me odeia já me amou
Soltou-me os pensamentos
Roubou todos os momentos
Sabe se lhe minto
Por amor ou apenas instinto
(o ultimo verso está a verde) sinto.
 
Desabafos

Fiquei com o vento

 
Nunca recebi metade daquilo que dei, nunca senti o seu amor, no entanto amei. Nunca morri embora me sinta trespassada por balas das quais não me consigo ver livre… amachucada e mal tratada, num qualquer lugar abandonado. Sinto o mar em meu corpo acabado, e o espírito sobrevoando abalado. Embora o ar tenda a aquecer, o meu corpo esfria, tornando a arrefecer, estou a morrer sem na verdade o querer.
Se a morte me veio buscar, então porque é que não sinto mais dor? Sinto que posso viver eternamente, mas que perdi todo o seu calor. Perdi numa guerra com o amor.
Se vivesse uma nova vida, não me manteria escondida, satisfaria o meu coração vazio, sentir-me-ia agradecida... Há quem deseje o passado, há quem ame o impossível, há quem não deseje nada e quem queira o inatingível. Sigo agora o vento, a água, e a chuva. Tenho um desejo profundo, o teu sonho agora é o meu Mundo.

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DEBUSSY:" rel="nofollow">http://www.imeem.com/people/p0aS4D/mu ... e_lune/">DEBUSSY: CLAIR DE LUNE - PIANO - ROBIN ALCIATORE
 
Fiquei com o vento

Amanhecer da Lua

 
Amanhecer da Lua
 
Quisera eu lembrar-me que uma dia a lua se apaixonou plo amanhecer...

Amanhecer:
'Lua, não sei como to dizer, és de todos o mais perfeito Ser!
Noite sem Lua e estrelas é como o sol sem Amanhecer..
Não quero que vás.. não te quero perder!'

Lua:
'Que eu não perca a luz e o brilho do luar, que não deixe de parte a justiça e a razão por te amar. Dou-te de presente o outro lado da lua, para que me leves contigo, para ser tua!'

Amanhecer:
'Quis ser mais que o teu amanhecer, quis antecipar-me da escuridão, levar-te ao entardecer. Mas sou fraco não me queiras compreender, sou comprometido não te deixes mais prender.
Sou noivo da terra, e estou seguro dela!'

Lua:
'De nada te serve conquistares a Lua então, se acabares por perder a Terra..
Amanhecer, tal como todos os seres tendem a escurecer, tu acabas escuridão.. tornas-te vago, vazio, vão!'

Amanhecer:
'Tornei-me fugitivo tamanha foi a ausência de ti, jamais regressei.. nunca mais amanheci.
Todas as minhas dúvidas de ti acabaram por me atraiçoar...
Podia ter conquistado dois Mundos, se não fosse o meu medo de errar.'

Lua:
'Tinha um milhão de dúvidas para te questionar,
um milhão de coisas que não te sei explicar,
passo mais outro milhão á minha procura sabendo que continuo no mesmo lugar!

Amanhecer:
'Faz tanto tempo que não te vejo,
as horas não se acalmam para te procurar,
os dias não se findam para te reencontrar!'

Lua:
'Desaparece do meu Luar, não tentes jamais regressar!
Que os céus me permitam dizer: Quem me dera te voltar a esquecer antes que o dia se extinga, antes do teu próximo amanhacer!'
 
Amanhecer da Lua

Sombra

 
Não preciso mais de te chorar ao vento, porque quanto mais te sinto ainda mais te lamento. Mas choro... porque não quero dar voz e júizo à lourcura, escrever-te não é doença, mas cura..
Volto a ver-te com os olhos menos turvos e com uma alma menos tua e agarro cada chama de dor carregando o choro que acabou por findar.. não sei por quanto mais tempo terei de anunciar a derrota, não vejo qualquer sinal de remissão, e a alma não nota que o coração ainda sofre.
Estou acorrentada a uma solidão tão vazia, tão tua.. por entre uma luz escura tão sombria, quanto a lua. Nela, lembro-me de mundos e fundos, mares e oceanos e lembro-me de dias infinitos que se deixaram ir e se transformaram em anos.
Passou tanto tempo e não valeram as palavras..
 
Sombra

Quarto escuro

 
Esta noite, acordei no meio do escuro. Desperta por luzes de frio e inseguro. O segredo ficou sufocado, o sorriso do eterno dia desvaneceu, os embriagados desejos ficaram sóbrios e o teu ódio tocou o meu.
Fechei os olhos para não pensar, mas o Sol não me acordou na hora do pesadelo me alcançar. A janela não se abriu, pois a claridade não surgiu. O meu olhar não despertou, pois a noite no meu quarto não se findou.
Em silêncio, supus que as coisas simples eram devoradas pela vida, que o sonho e o amor eram uma revista lida. Quis chorar... derrotar-me em partículas dividas de sentimento que não via caídas no chão. Tamanha era a escuridão. A minha alma chorou, lágrimas de sangue e de dor. Não mais o meu mundo virou acolhedor. Eu não tinha nada, senão quatros paredes negras cobertas de dor.
As palavras desmedidas revoltaram-se em mim...
Nunca mais, era uma meia-verdade na minha alma dividida ao meio. Era toda a saudade do teu inteiro amor que não veio. *
 
Quarto escuro

Marcas

 
As coisas vulgares não deixam marcas nas vidas, não mancham o chão com os seus passos.
Em dunas de memórias perdidas, ainda me deturpes com os teus fracassos.
Fechas-me os lábios no silêncio que estes querem esquecer, beijas-me na memória de outros tempos do quão pouco ainda te sonho ter.
És tudo aquilo que pensei que nunca serias e tudo quanto ansiei que nunca fosses. Foste mais que um triste acaso do destino ou menos que uma longa noite de insónia.
Não existe cura para a marca que deixaste em minha alma, mas penso que o tempo é imenso e quando de novo te repenso sinto que o meu ódio te faz vencer.. não eternamente mas até ao dia em que finalmente vou esquecer.
 
Marcas

Hoja a vida chegou ao fim

 
Hoje, os olhos não vão adormecer
as horas não vão passar,
o retorno não vai acontecer,
porque ele jamais há-de voltar

Hoje.. a noite vai ser demorada,
E a luz ver-se-á cansada,
Pois não sinto a cama ou o sono,
Só dor e abandono
De uma noite que não se dá por terminada

Hoje, não contas os minutos para o ver,
não sentes nem longe, nem perto
Avarias o relógio, que estando certo
Anuncia a hora que não queres saber
Pois um lado da tua vida parece morrer

Hoje, o medo teve tudo..
a tua voz, talvez a minha..
e se estivéssemos sós
talvez também a nós o medo tinha..

Para morrer é só preciso estar vivo. Hoje há mais uma estrela no céu e menos um anjo na terra. Adeus *
 
Hoja  a vida chegou ao fim

Contra a luz

 
Tamanha foi a loucura, a demência o histerismo que me deitei sentando-me naquele quarto vazio e silencioso que não era quarto nem sala, mas um cubículo espaçoso ao qual eu chamo nada. Sentada com os olhos fechados vi o que desfiz sem nada ter antes feito e desmanchei-me em lágrimas, que não correram por me estar a sentir tão plena e tão pouco vaga num devaneio da alma.
Decidi ir em frente, pôr-me de pé, manter-me deitada, e sem sair do meu lugar percebi que embora calada estava bem ali, a ser picada, relembrada e enxovalhada de algo que já há muito não ouvia falar, num frenesim de diálogos que não podia mais entender, num aclamar de paz que não conseguia mais ignorar. Fartei-me destas vozes na minha cabeça, então gritei um pouco mais para me fazer ouvir no meio de todo aquele silêncio. Dentro de mim continua a estar escuro e frio, e é reconfortante essa sensação de conforto e vazio.
Sei descodificar no entanto alguma da informação que em abundância chega escassamente ao meu pensamento, sei quem sou, não me conhecendo, sei no que acredito, desacreditando tudo o que me completa.. Mas acima de tudo, sei onde estou, sei onde me encontrar.. Perdida em pensamentos, na minha cabeça a vaguear.
 
Contra a luz

O tempo não passa

 
Por momentos páro. Fico suspensa no tempo, como se nada houvesse a perder, como se um dia realmente voltasses a aparecer..
Não toco no chão à semanas. Vôo como se soubesse que a cada segundo já não me amas e que amanhã me irás esquecer.. Nunca tive jeito para me esconder do teu olhar.. no entanto também não posso dizer que foi realmente por tentar.. Conseguiste sempre ver para além de mim, para além de nós.. de tal modo que me tornei em vidros partidos e transparentes, caídos no chão e deixados a sós plo tempo. Sinto como se estivesse presa ás memórias como se já não houvesse mais vida para viver..

Deixa o tempo correr, deixa que ele se vá para eu não sofrer.. Sim, deixa o tempo morrer porque quando já não existir eu possa finalmente voltar-te a ver.. Um dia talvez nunca mais te hei-de ouvir dizer que.. 'quando estamos juntos, o tempo parece morrer'. *
 
O tempo não passa

Presa

 
Não fui feita para este mundo.
Porque ando sempre por ele perdida
Não sei manter-me forte, só no fundo
Por prender-me na rede de enganos da vida

Sou frágil em momentos de tensão
Uma sombra de noite esvaecida
Icógnita de silêncio, frio e paixão
Que me deixa só e incompreendida

Escrevi-lhe histórias impossíveis
Pintando-o em sonhos irreais
Procurei-o em todos eles
Mas ele não voltou mais

Toda esta minha mágoa desgraçada
Prende dor e ansiedade n'alma
Perco toda a minha fé esperançada
Que um dia ganharei o seu amor e calma

Mas é esta ânsia
Que me proibe de sucumbir ao silêncio
Que me faz gritar e dizer
'Enterra o nosso amor,
se já o deixaste morrer!'
 
Presa

Sentir-te uma última vez

 
Nem todo o amor vive de loucura, ou todo o forte de bravura.. E enquanto espalhas o teu erro, sinto saudade de te ter sentido, e enquanto o sinto vais-me perdendo de manso.. e quando te fores, deixa-me a um canto, guarda-me num manto para que não te oiça, não te veja nem te sinta de todo, que goze a dor de regressar a ti espalhando no meu riso inocente, o mais inconsciente segredo da tua verdade mais pura. Que me sinta segura, longe de ti em sorrisos profanos, em largos enganos de saudades que senti...
De tantas vezes que me perdi, mais um pouco se criou, mas saí á tua procura quando soube que o meu devaneio voltou.
Num desejo alheio, não te peço palavras nem alma nem expressões ou sentido, peço absolvição do erro cometido, do abraço não dado e do sonho adormecido.
Mesmo em silêncio, hei-de te ouvir sair, hás-de me ouvir chorar... parte devagarinho, mas não me deixes esperar pelo retorno do teu caminho... Leva-me a alma mas não me deixes com a dor.

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Sentir-te uma última vez

Imortal

 
Não era do género que se entregava sem qualquer desvario á primeira, apostava melhorar todas as suas qualidades á segunda, para que pudesse estar preparada para reencontrar algum conforto na terceira, mesmo que o chão fosse realmente a sua tentativa certeira, (até um dia esperava eu). No dia em que o nada que somos nos outros apague o nada que em nós se concretiza.
Fugi de um sonho que me consome, que um só beijo me torne num momento gasto, reabra uma imensidão de memoriais que te afastarão de colar os teus lábios nos meus. Mas sinto-te cada vez que asfixio vozes gritantes.
Gosto de ti assim, quando encantas tardes anoitecidas, quando te enlaças em mim com as tuas mãos compridas. Gosto quando não olhas a hora e o teu toque deixa a minha pele arrepiada, mas sofro se vais embora, deixando a minha fantasia adiada.
Sinto que seduzo o tempo, esqueço as horas e distraio a noite.
Para que ao sufocar de desassossego, te beijar sem boca, silenciando o teu ouvido para que te escreva na alma, todos os dias, para sempre... imortal.
 
Imortal

O homem da vida

 
Jamais algum ser captou desmesuradamente a minha atenção como ele (além de ti)...
Um homem sem tecto, uma alma em vão. Uma esperança no céu e o seu sorriso no chão.
As suas rugas reflectiam fadiga, os seus dedos, medo, em seu corpo magro, vagueava o seu enorme segredo.
Dependia da força das pernas para não deixar para trás as suas maleitas, vergava o orgulho, humilhando-se pelas ruas estreitas. Aproveita o desleixo, o plástico e o papel... depois some. Guarda a moeda preta na bolsa que mais tarde lhe compra a fome. Não tem data para a vida, não tem hora para a morte. Sem nome, o seu rosto é mistério, a sua mendicidade prolongada, num olhar sério vê a vida ser apagada. Eles não te vêem e não te ouvem, eu olho para ti e vejo o que não sentem. Acorda na sua rua da amargura, larga o jornal que segura, não existe mais a dor que perdura pois o frio que o congelava, era um arrepio que por mim passava. O mendigo nunca morreu...
 
O homem da vida

Enquanto me estiveres a ouvir

 
Enquanto me estiveres a ouvir, vou esquecer o que quiseres, vou sentir o que disseres... para que não percas tempo, nem te vás cedo, para que não me deixes só nem fujas por medo!
Vou vestir a escuridão de noite e despir o desejo de alma que se quis fechar em mim.
Esquecerei tudo quanto os teus olhos pedirem, obedecerei á tua vontade incessável de um simples beijo, desrespeitarei a todas as normas, a todas as faltas, por este desejo.
Mas porfavor diz-me, quando a escuridão da noite se mover ao som do meu coração, devo apagar a ultima luz de esperança? Quando todo o sonho cair em desgraça, devo acordar ou correr pelo sono como criança, á procura do teu nome, da tua lembrança? Deixo que as lágrimas, quentes e salgadas me inundem o pálido e sentido rosto? Ou rio de mim e faço o oposto?
Por agora deixa-me vaguear, não vou mais além do que isto, não estou cá, nem existo...
Aqueles que ainda olham para mim, serão estranhos que não estarão sós! Deixam sempre um pouco de si, mas levam sempre um todo de nós...
Enquanto me estiveres a ouvir, vou contar-te como o tempo se esvazia, quanto te amo e quanto te queria. *
 
Enquanto me estiveres a ouvir

Choro com os dedos para não o fazer com lágrimas!

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