Tentado falar de amor
Preciso de ti!, sim confesso que gosto de ti, és flor de primavera e floresceste em mim, regada pela chuva, crescendo ao sol.
Senti algo diferente chamando minha mente, como se fosse um íman agarrando-me, juntando todos os pedaços em mim, esperei sentado em pé e a dormir, mas não sabia o que estava para vir.
É lindo sentir amor, mesmo não sabendo de onde vem, talvez lei básica da natureza para afastar a pobreza e carência de qualquer coração.
Dois corpos selando união no tempo e no espaço, fazendo compasso com o universo, enquanto a lua observa e conta a toda a galáxia que o amor nos transforma, molda e deforma como plasticina.
Amor a vacina contra o mal que nos ataca, o amor se destaca na escuridão com a sua luz, aquela que nos seduz noutro alguém.
Não sei nada de amor, nem eu nem ninguém, amor é verdade impossível de limite inatingível, amor não tem medida, caminho de curvas ou rectas compridas.
Terra Minha
Oh terra minha
o quanto me encantas,
com essa doce vaidade
meu males espantas.
Oh terra minha
de tanto encanto,
meu recanto,
terra minha.
Perdida nas beiras
por entre as serras,
na baixas as oliveiras,
nas serras os pinhos e carvalhos.
Sente-se o orvalho
da manhã,
ouve-se os pássaros
pela manhã.
Dois Lados
O rio
sobe,
O rio
desce.
O frio
arrefece,
O calor
aquece.
A dor
passa,
A saudade
fica.
Poesias e prosas
Poesias
e prosas,
mares de rosas
lagos de amor,
rios profundos
que desaguam na foz.
2 cisnes
nesse lago,
num momento vago
perdido entre o tempo,
2 pássaros
que voam
sem rédea
ao sabor do vento.
União
destes 2 corpos
que se conjugam
julgando
saber de amor.
O que é Poesia?
O que é Poesia?
Poesia é tu,
como és,
quem és.
Poesia é um corpo,
junções de letras e palavras,
coligações de pensamentos
em choque
que trazes a reboque
num pensamento.
Poesia é o momento,
o sentimento
num papel,
a ligação
entre o poeta
e a sua caneta,
a conexão
entre a mão
e a imaginação.
Cartas de Amor
Podia falar de tudo
podia falar de nada
olhando para ti.
Podíamos ser dois em um,
multi funcionais,
fugindo ás trivialidades,
carinhos e amassos,
seriam apenas preliminares.
Poderias ser a Cinderela
e eu o príncipe encantado,
tu a bela
e eu o monstro,
como nos filmes de criança,
ou então dança
e mata-me levemente
com beijos suaves,
deixa os entraves de lado
e canta-me um fado
doce como um rebuçado.
Fala-me mansinho
ao ouvido
e derrete-me por dentro,
que eu deixo a porta aberta,
fecho as cortinas
e apago a luz.
Procura-me nas esquinas
das ruas,
nas fases da lua,
procura-me até me encontrares
e gostares.
Não te arrependas
e vem
desvendar mistérios,
ver os prédios crescer,
fazemos faisca,
magia se for preciso.
Procura-me nos jardins
sem fim,
tipo labirinto,
que eu digo-te o que sinto,
não minto
e confesso
deixo-te o mundo do avesso,
com um sorriso travesso
incendeio-te a paixão,
deixo-te perdida
a deriva
conquistando-te o coração.
ILUSÃO
Ilusão
de um sonho
criado num poço
sem fundo.
Um mundo
de tentações
um fosso de ilusões.
Perdição
de um ser,
tentação
de um querer.
Viver
entre a espada e a parede
morrer
sem nunca ter.
É amor
Amor
ai se é amor,
é mais que amor,
é tentação,
é perdição,
é amor profundo,
que bate fundo,
é perder-me no teu olhar
e encontrar-me no teu sorriso,
liso e sereno,
com um doce toque
que me leva a reboque.
Deixa que me perca
e me encontre em ti,
nessas curvas estreitas
de formas suspeitas.´
Provar teus lábios,
sentir seu veneno,
correr-me pelas veias
criando teias
que me envolvem em paixão,
enquanto me perder no teu sorriso
não quero acordar.
Sonhar num mundo encantado,
tu e eu,
à descoberta
deitados na praia
debaixo de uma lua aberta.
(Tu Eu e Algo mais)
Escrevo
meio perdido
sem sentido,
é fraco
o coração.
Tu eu e algo mais
pôr do sol no cais,
maré a subir
pequeno paraíso,
perdemos o juízo.
Doce toque
dessa pele
do fel ao mel,
me cativa
como uma tela
de Picasso a Dali,
era aqui
que te queria,
jantar a luz das velas
com piano
e quarteto de violinos
rosas e outras coisas.
Mostrava-te prosas
pequenas poesias
riscos e rabiscos
de algo rasgado,
meio tonto
dizia-te palavras,
embalado
em letras de romances,
lances de rotura
dessa cintura,
a cura
a doença,
vem e não pensa
o amanhã
é longe
e não foge.
Cura-me males
e faz-me voodoos,
sorriso meigo
que me deixa leigo,
voos nocturnos
na luz da cidade.
Abro a alma
calma e serena,
temperatura amena,
a vaidade sobressai
num escuro,
são charadas
palavras cruzadas,
um só dialecto
olhar puro.
Vamos
sentamos
nos bancos
vemos os pombos
aos tombos
no jardim,
raízes quadradas
e tangentes,
matemáticas complicadas.
Descomplica
e triplica
essa emoção
cetim
ou jasmim,
e assim nos perdemos
em linhas
e letras,
contamos estrelas
lançamos o dados
algo morre
ou floresce.
Caiem as chuvas de Setembro
e é de ti
que me lembro.
Procura-se a si mesmo
Andou só
para se encontrar
como a pauta
a procura da nota dó,
uma guitarra
a procura do seu mestre.
Andou
de norte a sul
de este a oeste,
caminhou pelos
4 cantos de um mundo
a procura do seu caminho,
percorreu a sua estrada
querendo
mais que nada
encontrar-se a si próprio.