O OUTONO...

Se deste outono uma folha,
apenas uma, se desprendesse
da sua cabeleira ruiva,
sonolenta,
e sobre ela a mão
com o azul do ar escrevesse
um nome, somente um nome,
seria o mais aéreo
de quantos tem a terra,
a terra quente e tão avara
de alegria.

Eugénio de Andrade


obrigado pela lembrança. as suas formigas trabalharam em mim.

abraço

sampaio(r)ego

Júlio,

«a gramática das folhas», na linha da «gramática expositiva do chão», de Manoel de Barros?, será um bom sítio para pintar um belo quadro como este.

DM

e nas pequenas nervuras
no colorido das veias
nas texturas
das íris
das folhas
das antenas
das formigas
(não só belas,
também feias)

eis que queda
em sol de outono
o verbo olhar

...............
fica aqui o meu pequeno olhar,neste prazer sempre renovado de te ler e de te "ver" outra vez por aqui,nesta casa da vida e, às vezes, da poesia.

beijo,julio

Nas folhas do papel
as folhas caídas
namoram Outonos.

Um abraçooo!

Abilio*

Camarada,
Eis um bom exemplo de como com pouco se faz muito. Um bom e melódico poema.
Um abraço
Xavier Zarco